Empreendedorismo - Cloud Coaching https://www.cloudcoaching.com.br/topicos/empreendedorismo/ Tue, 02 Dec 2025 14:36:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://www.cloudcoaching.com.br/wp-content/uploads/2023/10/cropped-favicon-1-32x32.png Empreendedorismo - Cloud Coaching https://www.cloudcoaching.com.br/topicos/empreendedorismo/ 32 32 165515517 Quando o Ciclo se Fecha: A Travessia da Sucessão em Empresas Familiares https://www.cloudcoaching.com.br/quando-o-ciclo-se-fecha-a-travessia-da-sucessao-em-empresas-familiares/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=quando-o-ciclo-se-fecha-a-travessia-da-sucessao-em-empresas-familiares https://www.cloudcoaching.com.br/quando-o-ciclo-se-fecha-a-travessia-da-sucessao-em-empresas-familiares/#respond_67748 Tue, 02 Dec 2025 13:20:28 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67748 A sucessão em empresas familiares é mais do que uma troca de comando: é uma travessia que envolve legado, técnica, governança, vínculos emocionais e coragem para encerrar ciclos. Descubra os pilares que tornam essa transição madura, segura e sustentável.

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Quando o Ciclo se Fecha: A Travessia da Sucessão em Empresas Familiares

À medida que um ano se encerra, empresas naturalmente revisitam estratégias, resultados e certamente decisões que moldarão o ciclo seguinte. E, entre todos os movimentos estratégicos possíveis, poucos têm impacto tão profundo quanto a sucessão em empresas familiares.

O fechamento de um ciclo organizacional, seja de liderança, de modelo de gestão ou de direção estratégica, é sempre simbólico. Ele marca a continuidade do negócio ao mesmo tempo em que encerra uma etapa construída por quem o liderou até aqui. E, sem dúvida, nenhum outro processo traduz tão bem esse equilíbrio entre continuidade e renovação quanto a passagem de bastão.

A sucessão não é apenas uma transição de comando: é uma travessia que exige preparo técnico, maturidade emocional bem como clareza entre todos os envolvidos. E, embora existam métodos consistentes para conduzi-la, o maior desafio não está na técnica, mas na forma como fundadores, sucessores e familiares vivenciam esse momento. Independentemente de quem assumirá o bastão, um herdeiro, um filho de sócio, um familiar agregado ou então um executivo de confiança, uma sucessão saudável costuma se apoiar em alguns pilares fundamentais:


O lado técnico: o que sustenta uma sucessão bem-sucedida

1. Diagnóstico profundo da maturidade de governança da empresa e da família

Antes de qualquer plano ou decisão, é indispensável entender “como a casa está”.

  • Mapeamento das relações formais e informais;
  • Avaliação da cultura organizacional e aplicação de pesquisa de clima;
  • Identificação de papéis e responsabilidades (formais e informais);
  • Avaliação da maturidade, do perfil e do grau de interesse de cada possível sucessor;
  • Clareza sobre expectativas, motivações e capacidades das partes envolvidas.

Esse diagnóstico reduz idealizações e abre espaço para que conversas mais objetivas e menos emocionais aconteçam.


2. Definição objetiva das “regras do jogo”

Com o diagnóstico em mãos, então o próximo passo é trazer clareza.

  • Contratação de um Business Advisor ou formação de um Conselho Consultivo/Administração para auxiliar nesse processo;
  • Definição do perfil ideal de sucessor alinhado à estratégia e à cultura da empresa;
  • Critérios claros de escolha: competência, preparo e alinhamento, não apenas consanguinidade;
  • Definição de modelos de remuneração, participação societária e governança entre familiares;
  • Clareza sobre papéis, limites bem como expectativas para cada envolvido;
  • Regras transparentes de entrada e saída para familiares, agregados e sócios.

Quando as regras são claras, a sucessão deixa de ser um tabu e passa então a ser um processo estruturado.


3. Preparação estruturada do(s) sucessor(es)
(foco no desenvolvimento, não na transição)

A prontidão não nasce espontaneamente, ela é construída ao longo do tempo.

Desenvolvimento prático e vivencial:
  • Vivência direta nas áreas-chave da empresa;
  • Exposição progressiva a decisões estratégicas;
  • Acompanhamento do dirigente atual e dos gestores;
  • Acompanhamento estruturado com Advisor.
Desenvolvimento técnico, comportamental e de liderança:
  • PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) estruturado;
  • Capacitação técnica alinhada às necessidades do negócio;
  • Desenvolvimento comportamental com apoio de Advisor;
  • Feedback estruturado e indicadores de evolução.

O fundador não prepara apenas um gestor: prepara alguém capaz de sustentar, de fato, um legado.


4. Plano de transição e passagem de bastão
(foco no planejamento da transferência de comando)

Depois de preparar, então é hora de planejar a travessia.

  • Construção de um cronograma com fases e marcos claros;
  • Definição dos momentos de transferência parcial e total de responsabilidades;
  • Critérios objetivos de prontidão para que seja possível avançar entre fases;
  • Planejamento da coexistência entre fundador e sucessor, evitando assim ruídos;
  • Definição da comunicação interna e externa sobre o processo.

A ausência de um plano claro é, sem dúvida, uma das principais causas de conflitos e sucessões que nunca se consolidam.


5. Implantação do plano + estruturação legal, societária, contábil e tributária
(o pilar mais negligenciado e o mais crítico)

Aqui se transforma intenção em segurança jurídica, financeira bem como patrimonial.

5.1 Execução da transição
  • Sobreposição inicial entre dirigente atual e sucessor;
  • Transferência gradual e monitorada de autoridade;
  • Acompanhamento de desempenho e validações formais;
  • Consolidação do papel do novo líder com apoio do Business Advisor ou do Conselho Consultivo.
5.2 Estrutura societária, jurídica e familiar
  • Revisão ou criação do Acordo de Sócios;
  • Criação ou atualização do Protocolo Familiar;
  • Planejamento sucessório: holding patrimonial, reorganização societária, testamento, doações programadas, com ou sem usufruto, regras de voto assim como sucessão de cotas;
  • Acordos de sócios;
  • Regras de participação (ou não) de cônjuges e agregados;
  • Políticas para evitar conflitos de interesse.
5.3 Estrutura tributária
  • Simulações de ITCMD, ganho de capital e reorganizações;
  • Estratégias para reduzir carga tributária na transmissão patrimonial.
5.4 Estrutura contábil e financeira
  • Valuation independente;
  • Diagnóstico financeiro completo;
  • Reorganização contábil para transparência;
  • Regras claras para pró-labore, distribuição de lucros e reinvestimentos.
5.5 Gestão de riscos e proteção patrimonial
  • Seguros empresariais e de sócios;
  • Políticas de compliance e mitigação de riscos.

O lado emocional: onde o processo realmente acontece

Mesmo quando todos concordam racionalmente com a necessidade da sucessão, o campo emocional costuma pesar e muito.

O fundador/dirigente atual vivência:
  • Orgulho da continuidade;
  • Medo de perder relevância;
  • Apego ao papel de “quem sempre decide”;
  • Dúvidas sobre a maturidade do sucessor;
  • Resistência à ideia de que o negócio seguirá sem ele — e possivelmente diferente.

É uma ambivalência humana e legítima.

O sucessor vivencia:
  • Pressão para provar competência;
  • Insegurança sobre corresponder às expectativas;
  • Medo de inovar e parecer desrespeitoso com o legado;
  • Temor de errar e ser visto como “não pronto”;
  • A necessidade de conquistar respeito, não apenas receber autoridade.

Muitas vezes, pensa silenciosamente: “Preciso ser eu mesmo, mas será que eles me permitem ser?”

E a empresa sente:
  • Duplicidade de comando;
  • Incerteza sobre quem decide o quê;
  • Momentos de paralisia ou tensão silenciosa.

Nada disso é falta de competência, mas excesso de vínculo emocional.


O que suaviza a travessia emocionalmente e na prática

  1. Reconhecer que a sucessão é um encerramento para uns, mas um início para outros. Fundadores elaboram um luto simbólico; sucessores constroem uma nova identidade;
  2. Criar espaços de diálogo transparente. Por exemplo, perguntas simples mudam tudo:
    • Do que você tem medo neste processo?
    • O que tornaria esta transição mais leve?
    • O que precisa ser revisto para que todos se sintam respeitados?
  3. Ter um terceiro neutro para facilitar. Um Advisor ou um Conselho cria o espaço seguro que a família, sozinha, muitas vezes não consegue;
  4. Separar legado de controle. O legado permanece. O controle muda e isso é natural;
  5. Criar rituais de passagem. Eles integram emoção e técnica, algo essencial em empresas familiares.

A verdadeira força está na maturidade da transição

Uma sucessão bem-sucedida não é a que acontece sem atritos, mas aquela que acontece com consciência, respeito e coragem para lidar com o que está realmente em jogo: a história de quem veio antes, a visão de quem continua e a capacidade da empresa de seguir viva, relevante e forte.

A técnica organiza o processo, mas é a conduta estratégica e humanizada que torna a sucessão possível.


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Quer saber mais sobre como conduzir a sucessão em empresas familiares com segurança, maturidade e respeito ao legado? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Desejo que este fim de ano traga clareza para os ciclos que se encerram e serenidade para os que começam. Que 2026 seja um período de decisões maduras, crescimento sustentável e recomeços conscientes para todos nós.

Abraços fraternos em seu coração,

Graziela Heusser Azeredo
https://www.linkedin.com/in/grazielaheusserazeredo/

Confira também: Esforço com Propósito: Como Driblar o Burnout na Liderança

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Mudanças no Imposto de Renda: O Que Muda para 2026 e Quem Será Impactado https://www.cloudcoaching.com.br/mudancas-no-imposto-de-renda-o-que-muda-para-2026-e-quem-sera-impactado/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=mudancas-no-imposto-de-renda-o-que-muda-para-2026-e-quem-sera-impactado https://www.cloudcoaching.com.br/mudancas-no-imposto-de-renda-o-que-muda-para-2026-e-quem-sera-impactado/#respond_67662 Tue, 25 Nov 2025 12:20:01 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67662 As novas regras do Imposto de Renda para 2026 incluem isenção até R$ 5 mil, tributação de dividendos e a criação do IRPFM. Entenda o que muda, quem será impactado e como essas alterações podem afetar seu planejamento financeiro.

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Mudanças no Imposto de Renda: O Que Muda para 2026 e Quem Será Impactado

Foi aprovado em 05.11.2025 o Projeto de Lei nº 1.087/25, que altera a Lei nº 9.250/1995, a qual trata do Imposto de Renda das pessoas físicas. O projeto apresentado pelo Governo Federal em março de 2025 e aprovado somente em novembro pelo Senado, segue então agora para a sanção presidencial.

Os principais pontos do Projeto de Lei são a isenção de contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) que recebam rendimentos até R$ 5 mil e a instituição do Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo (IRPFM) para as pessoas que recebem acima de R$ 600 mil por ano, ou seja, acima de R$ 50 mil mensais.


Dessa forma, a partir de janeiro de 2026, os contribuintes que receberem até R$ 5 mil mensais passam a ter isenção de IRPF. Já aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7.350,00 passam a contar com uma redução regressiva. A partir de 2027, ocorre redução do Imposto de Renda anual para contribuintes que receberem entre R$ 60 mil e R$ 88.200 na Declaração de Ajuste Anual (ano-calendário de 2026).


Outra alteração que está sendo muito discutida é a tributação de dividendos. A pessoa física que, a partir de janeiro de 2026, receber rendimentos mensais superiores a R$ 50 mil relativos a dividendos estará sujeita à retenção na fonte de Imposto de Renda (IRRF) à alíquota de 10% sobre o total pago. Vale destacar que, aos dividendos relativos ao ano de 2025, aprovados até 31.12.2025 e cujo pagamento ocorra até 2028, a nova regra não se aplica.

A partir de 2026, as pessoas físicas residentes no Brasil que recebam rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil estarão sujeitas ao pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo (IRPFM). A alíquota aplicada é progressiva e varia de 0% a 10% para rendimentos entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, e é fixa de 10% para valores acima de R$ 1,2 milhão.

O cálculo consolidado do IRPFM será realizado na Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) e incluirá na base de cálculo todos os rendimentos e ganhos. Haverá, contudo, exclusões previstas em lei e dedução de créditos.


O projeto prevê a exclusão, do cálculo do IRPFM, dos seguintes itens a saber:

  • ganhos de capital de operações fora do mercado da bolsa;
  • rendimentos recebidos acumuladamente tributados exclusivamente na fonte;
  • doação em adiantamento da legítima ou herança;
  • rendimentos de títulos incentivados (por exemplo: LCI, CRI, CDA, WA, CDCA, LCA, CRA, CPR, LIG, LCD, debêntures incentivadas de infraestrutura, FI-Infra, FII e FIAGRO);
  • juros e rendimentos de poupança;
  • certas indenizações;
  • certas aposentadorias e pensões;
  • títulos e valores mobiliários isentos ou tributados a 0%, exceto participações societárias; e
  • lucros e dividendos apurados e deliberados até 31.12.2025 e distribuídos até 31.12.2028.

O cálculo para o IRPFM terá como base os rendimentos anuais apurados e ocorrerá da seguinte forma:

  • para rendimentos entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, aplica-se uma alíquota progressiva de 0% a 10%, conforme a fórmula: alíquota IRPFM (%) = (total de rendimentos / R$ 60 mil) – 10;
  • para rendimentos superiores a R$ 1,2 milhão, aplica-se a alíquota fixa de 10%.

O contribuinte pode deduzir do IRPFM os créditos relativos às deduções de IRPF e IRRF. Também pode deduzir o redutor de tributação da pessoa jurídica e o IRRF de lucros e dividendos antecipados no período. Além disso, após a realização de todo o cálculo por meio da DIRPF, o contribuinte recebe a devolução dos valores retidos em excesso do IRRF de lucros e dividendos, porém sem correção monetária ou juros.


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Quer saber mais sobre Mudanças no Imposto de Renda 2026 e como elas podem influenciar seu planejamento financeiro? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Desejamos a você muito sucesso e até o próximo encontro!

Mária Pereira Martins de Carvalho
https://www.pnst.com.br/profile/maria-pereira-martins-de-carvalho

Confira também: Transação Tributária em São Paulo 2025: Como Funciona o Acordo Paulista

Palavras-chave: mudanças no imposto de renda 2026, imposto de renda pessoa física, irpf 2026, tributação de dividendos, irpfm imposto mínimo, isenção do imposto de renda. Alíquota progressiva irpfm, regras do imposto de renda para 2026, impacto das mudanças no imposto de renda, isenção imposto de renda 2026

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O Poder da Parceria: Como Ecossistemas e Plataformas Redefinem Valor e Competitividade https://www.cloudcoaching.com.br/o-poder-da-parceria-como-ecossistemas-e-plataformas-redefinem-valor-e-competitividade/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-poder-da-parceria-como-ecossistemas-e-plataformas-redefinem-valor-e-competitividade https://www.cloudcoaching.com.br/o-poder-da-parceria-como-ecossistemas-e-plataformas-redefinem-valor-e-competitividade/#respond_67635 Mon, 24 Nov 2025 13:20:06 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67635 Na nova economia, competir sozinho já não basta. Descubra como plataformas e ecossistemas estão transformando a lógica empresarial, criando valor integrado, acelerando resultados e redefinindo inovação, competitividade e experiência do cliente na economia digital.

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O Poder da Parceria: Como Ecossistemas e Plataformas Redefinem Valor e Competitividade

Do produto isolado à rede de valor integrada — a nova lógica da inovação e da competitividade empresarial.

Durante décadas, as empresas se organizaram segundo a lógica da cadeia linear de valor: cada elo cumpria uma função específica — fornecedores produziam insumos, fabricantes criavam produtos, distribuidores os entregavam, e por fim o cliente final consumia.

É um modelo eficiente, mas limitado: cada organização foca em seu próprio desempenho, e a experiência do cliente terminava no momento da compra.

Hoje, essa lógica não basta. Os consumidores esperam soluções completas, integradas e contínuas — e, na maioria dos casos, nenhuma empresa consegue atender sozinha a essa expectativa.

É nesse contexto que surge então a transformação para modelos de negócio baseados em plataformas e ecossistemas.


Do produto à solução: o novo olhar sobre o valor

Na economia digital, o valor não está apenas no produto, mas na experiência total que ele proporciona.

Os clientes não querem um software, querem produtividade. Não querem um carro, querem mobilidade. Não querem energia, querem segurança e sustentabilidade.

Essa mudança de foco — do produto para a solução completa — exige assim a colaboração entre diferentes atores.

Empresas que antes competiam passam então a cooperar para atender melhor o mesmo cliente.

“Na nova economia, competir isoladamente é caro; colaborar é estratégico.”


O que é um modelo de negócio baseado em plataforma

Um modelo de plataforma é aquele em que a empresa atua como orquestradora de interações, criando um ambiente que conecta múltiplos participantes — por exemplo, clientes, fornecedores, startups, desenvolvedores e até concorrentes — para cocriar valor.

A empresa deixa de ser apenas uma fabricante ou prestadora de serviço e então passa a ser um hub de conexões.

Exemplos inspiradores:

  • Amazon conecta vendedores, compradores;
  • Airbnb conecta anfitriões e viajantes, criando um mercado global de hospitalidade;
  • Nubank conecta clientes, parceiros de crédito e fornecedores de serviços financeiros;
  • Apple e Microsoft criam ecossistemas onde terceiros desenvolvem soluções que ampliam o valor da plataforma.

O diferencial não está mais no produto, mas na capacidade de gerar valor em rede.


A força dos ecossistemas: colaboração como vantagem competitiva

Um ecossistema de negócios é uma rede dinâmica em que empresas, universidades, startups, governos e clientes colaboram para gerar valor coletivo.

Diferentemente de uma cadeia tradicional, onde há hierarquia e dependência, o ecossistema é interdependente, horizontal bem como adaptativo.

Empresas inseridas em ecossistemas:

  • Aceleram a inovação, combinando expertises diversas;
  • Compartilham riscos e investimentos;
  • Ganham flexibilidade e velocidade de resposta;
  • Oferecem soluções mais completas ao cliente final.O foco deixa de ser otimizar processos internos e então passa a ser otimizar o valor entregue ao cliente em toda a jornada.

Parcerias estratégicas: o motor da nova economia

As parcerias deixaram de ser transações pontuais para se tornarem alicerces de inovação e crescimento.

Elas permitem que empresas unam forças complementares — por exemplo, tecnologia, capilaridade, reputação, ou conhecimento — para criar soluções que sozinhas jamais conseguiriam desenvolver.

Uma boa parceria transforma possíveis concorrentes em colaboradores e amplia o impacto de ambos.

Um exemplo claro é o setor de mobilidade: montadoras, startups de software, empresas de energia e governos locais estão se unindo para construir ecossistemas integrados de transporte inteligente, que conectam veículos, infraestrutura e usuários em tempo real.

O resultado? Experiências mais seguras, sustentáveis e centradas no cidadão.


O cliente no centro do ecossistema

O ponto de convergência de todo ecossistema bem-sucedido é a experiência do cliente.

O cliente não é mais um “ponto final” do processo, mas o ponto de partida.

Isso muda a pergunta estratégica:

  • De: “O que vendemos?”
  • Para: “Que necessidade completa resolvemos — e com quem podemos resolvê-la melhor?

Empresas verdadeiramente centradas no cliente pensam em jornadas completas, e não em transações isoladas.

Buscam entender todos os momentos de interação e todas as dores associadas à solução desejada, mobilizando parceiros para resolver cada uma delas de forma integrada.


Caminhos para transformar seu modelo de negócio

  • Etapa 1 – Repensar o propósito e a proposta de valor: Identifique o que realmente o cliente busca resolver e então mapeie onde a sua empresa cobre apenas parte dessa jornada.
  • Etapa 2 – Mapear e engajar parceiros complementares: Busque quem pode ampliar seu alcance ou agregar valor à solução — por exemplo: fornecedores, startups, universidades, fintechs, govtechs.
  • Etapa 3 – Criar a plataforma de interação: Desenvolva uma infraestrutura física ou digital que permita conexão, troca de dados bem como colaboração contínua.
  • Etapa 4 – Orquestrar com confiança: Estabeleça governança, padrões de interoperabilidade e mecanismos de confiança.
  • Etapa 5 – Aprender e evoluir continuamente: Ecossistemas são vivos. Seu valor cresce à medida que aumenta o número de interações e a profundidade das parcerias.

Conclusão: o poder de pensar em rede

Empresas que adotam a lógica de plataformas e ecossistemas não vendem mais apenas produtos — vendem resultados e experiências integradas.

Ao criar redes colaborativas, tornam-se mais resilientes, inovadoras e relevantes.

Na era da Indústria 5.0, a tecnologia é o meio que conecta pessoas, dados e propósitos.

E o verdadeiro diferencial competitivo deixa de ser “quem tem a melhor máquina” e passa então a ser quem cria o ecossistema mais confiável, humano e sustentável.

“No futuro dos negócios, vencerá quem souber colaborar melhor, não apenas competir melhor.”


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Quer saber mais sobre como plataformas e ecossistemas usam o poder das parcerias para ampliar valor, acelerar resultados e transformar a competitividade? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Até o próximo artigo!

Um abraço.

Marcelo Farhat
https://www.meetnetwork.net
https://www.linkedin.com/in/araujomf/

Confira também: Indústria 5.0: Avanço ou Retrocesso?


Referências: 

  • COMISSÃO EUROPEIA. Industry 5.0: Towards a sustainable, human-centric and resilient European industry. Brussels: European Commission, Directorate-General for Research and Innovation, 2021. Disponível em: <https://research-and-innovation.ec.europa.eu/publications/industry-50_en>. Acesso em: 16 out. 2025.
  • OECD. Business Ecosystems and Platforms: Enabling Innovation and Productivity. Paris: Organization for Economic Co-operation and Development, 2022. Disponível em: <https://www.oecd.org/innovation/>. Acesso em: 16 out. 2025.
  • ISMAIL, S.; MALONE, M.; VAN GEEST, Y. Exponential Organizations: Why new organizations are ten times better, faster, and cheaper than yours (and what to do about it). New York: Diversion Books, 2014.
  • IVES, B.; LEINER, S.; BARTHÉLEMY, J. How to Thrive in the Ecosystem Economy. MIT Sloan Management Review, Cambridge, v. 61, n. 4, p. 23–29, 2020.

Palavras-chave: parcerias, ecossistemas de negócios, plataformas digitais, parcerias estratégicas, valor integrado, competitividade empresarial, modelos de negócio, parcerias que geram valor integrado, ecossistemas como vantagem competitiva, transformação para modelos de ecossistema, soluções completas centradas no cliente

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RH Fora do Eixo: Por Que os Líderes Precisam Recuperar o Norte na Era da Inteligência Artificial https://www.cloudcoaching.com.br/rh-fora-do-eixo-por-que-a-inteligencia-artificial-exige-lideres-mais-presentes/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=rh-fora-do-eixo-por-que-a-inteligencia-artificial-exige-lideres-mais-presentes https://www.cloudcoaching.com.br/rh-fora-do-eixo-por-que-a-inteligencia-artificial-exige-lideres-mais-presentes/#respond_67519 Fri, 14 Nov 2025 13:20:24 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67519 Na Era da Inteligência Artificial, líderes e profissionais de RH enfrentam exaustão, perda de propósito e desorientação emocional. Entenda como recuperar o centro humano por meio da Liderança Presente e Sensorial para atuar com consciência, equilíbrio e impacto real.

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RH Fora do Eixo: Por Que os Líderes Precisam Recuperar o Norte na Era da Inteligência Artificial

O novo desequilíbrio humano

Vivemos uma era em que o humano perdeu o centro. O planeta continua girando, mas parece que o campo eletromagnético da Terra, e o emocional das pessoas, saiu do eixo.

Profissionais de RH, líderes e gestores de talentos estão exaustos, tentando cuidar de outros enquanto mal conseguem cuidar de si. Estamos diante de um fenômeno global de desorientação humana, que mistura aceleração tecnológica, excesso de estímulos e uma crise silenciosa de propósito.

Costumo brincar que uma vez ganhei uma bússola de presente e perguntei: “Por que isso? Eu não sou navegadora!” E ouvi: “Porque você é desnorteada.” Na época, rimos. Hoje, a piada virou diagnóstico coletivo.


Da Terra ao algoritmo: cada era nos tirou o chão

Quando Copérnico mostrou que a Terra não era o centro do universo, o mundo se desesperou. Quando Darwin afirmou que viemos do macaco, o ego humano estremeceu. E quando a ciência criou o bebê de proveta, parecia o fim da moralidade. Agora, com a Inteligência Artificial, a humanidade enfrenta um novo abalo: descobrimos que não somos os únicos seres inteligentes e, pior, que a IA domina uma linguagem de fato mais poderosa que a nossa.

O que antes dava sentido, a ideia de sermos o topo da cadeia, desabou. E o resultado é um ser humano fora de eixo, assustado, ansioso, sem chão e sem norte.


O RH no olho do furacão

Os profissionais de RH e líderes de pessoas são os primeiros a sentir os efeitos dessa crise invisível. Enquanto tentam equilibrar engajamento, performance, pertencimento e saúde emocional, eles próprios estão no limite. Quem cuida de gente precisa estar saudável, centrado, ancorado e, principalmente, presente.

Não dá mais para cuidar com o corpo cansado, a mente em sobrecarga e o coração desconectado. O cuidado hoje é fisiológico, não apenas psicológico. O corpo é o radar da consciência. Se ele adoece, então a liderança desintegra.


Liderança Presente: a bússola do novo humano

O futuro exige um novo tipo de liderança: a Liderança Presente. Uma liderança que está inteira no agora, que sente o ambiente, percebe nuances e, acima de tudo, sabe parar antes de reagir. É a habilidade de estar plenamente consciente em um mundo que tenta nos fragmentar.

E junto dela surge a Liderança Sensorial, o segundo pilar dessa nova era. Ela se ancora nos sentidos, na escuta do corpo, na respiração e na percepção fina do outro. Enquanto as máquinas ampliam sua capacidade de cálculo, nós precisamos ampliar nossa capacidade de sentir.

A tecnologia é funcional. O humano é sensorial. E é nessa diferença que mora a nossa vantagem competitiva.


Conclusão: recuperar o norte é um ato de liderança

A inteligência artificial vai continuar evoluindo. A biotecnologia vai criar úteros artificiais, corpos modificados, mentes aumentadas.

Mas nenhuma dessas inovações será capaz de substituir o que nos torna humanos: a consciência, o afeto e a presença.

Recuperar o norte é um ato de coragem. E talvez o primeiro passo seja lembrar que a bússola está dentro de nós.


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Quer saber mais sobre como a liderança presente pode se tornar a bússola humana essencial na era da Inteligência Artificial? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você a respeito.

Até a próxima!

Leila Navarro
Especialista em Saúde Integral, Liderança Sensorial e Cultura Regenerativa. Criadora dos conceitos de Ergonomia Sensorial, Inteligência Sensorial e Liderança Presente. Atua em empresas e eventos no Brasil e no exterior, unindo ciência, neurociência e experiência prática para provocar a reconexão entre corpo, emoção, propósito e tecnologia

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Confira também: É Pecado ou Libertação? Quando a Máquina Parece Mais Humana que o Humano

Palavras-chave: liderança presente, liderança sensorial, inteligência artificial, IA, RH, Recursos Humanos, RH fora do eixo, recuperar o norte, Recursos Humanos fora do eixo, profissionais de RH, recuperar o centro humano, era da Inteligência Artificial, como recuperar o centro humano

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Esforço com Propósito: Como Driblar o Burnout na Liderança https://www.cloudcoaching.com.br/esforco-com-proposito-como-driblar-o-burnout-na-lideranca/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=esforco-com-proposito-como-driblar-o-burnout-na-lideranca https://www.cloudcoaching.com.br/esforco-com-proposito-como-driblar-o-burnout-na-lideranca/#respond_67357 Tue, 04 Nov 2025 13:20:44 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67357 Liderar sem propósito cobra caro. O burnout surge quando o fazer perde o sentido. Descubra como transformar esforço em energia renovável e propósito em direção, fortalecendo sua liderança e preservando bem-estar, foco e inspiração.

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Esforço com Propósito: Como Driblar o Burnout na Liderança

Vivemos tempos em que “dar conta de tudo” virou um padrão silencioso de desempenho. Para muitos empresários e líderes, sucesso se mede por faturamento, dinheiro em caixa, entregas e metas cumpridas. Mas o que raramente aparece nos gráficos é o preço que se paga para sustentar tudo isso.

Há um esgotamento discreto que se instala quando o profissional vence por fora e desaba por dentro. Quando a energia se esvai, mas o ritmo não permite parar. Quando o reconhecimento vem, mas já não traz satisfação. É o cansaço de quem tem que dar conta de tudo! De quem precisa decidir o tempo todo e, ainda assim, dormir com a dúvida se escolheu certo. De quem cuida de tudo e de todos, mas raramente é cuidado.

Por trás de cada decisão difícil, há alguém tentando fazer o melhor possível com o que tem e do jeito que dá. E essa é uma verdade que costuma passar despercebida nos bastidores da gestão. Empresários e líderes não são máquinas de resultado. São pessoas atravessadas por pressões, expectativas e dilemas éticos que nem sempre cabem em uma reunião de performance.

Além do impacto pessoal, o burnout também se reflete nas pessoas ao redor. Liderar esgotado significa transmitir cansaço, impaciência e insegurança, afetando clima, decisões e resultados. Cuidar das próprias emoções e da saúde mental não é apenas autocuidado, é proteger sua capacidade de liderança.


O perigo é normalizar o excesso.

Naturalizar jornadas insustentáveis, decisões solitárias e a crença de que “aguentar firme” é sinal de competência. Esse é o terreno fértil do burnout — quando o corpo e a mente cobram a conta do ritmo imposto pelo próprio sistema. E, ao contrário do que se imagina, o burnout não nasce apenas da carga de trabalho, mas da falta de sentido: quando o fazer se desconecta do porquê.

Prevenir — ou driblar — esse esgotamento não é sobre parar tudo, mas sobre reorganizar o ritmo. O esforço não é o vilão, ele é o que nos move. O problema é quando o esforço é cego, gastando energia sem pensar, sem refletir nas possibilidades e consequências, ele perde o sentido, quando deixamos de escolher conscientemente onde colocar nossa energia e apenas reagimos ao que o dia exige.

O burnout não prejudica apenas quem o sente: transmitimos nossos estados emocionais, palavras e atitudes. Uma liderança desgastada pode se tornar menos inspiradora, mais reativa e, em última instância, menos eficaz. Cuidar de si mesmo é cuidar do impacto que você tem sobre os outros.


É justamente aqui que algumas estratégias podem ajudar a driblar o burnout e fortalecer a liderança:

  • Autoconhecimento e atenção ao piloto automático: reconhecer sinais de estresse, irritabilidade ou falta de motivação antes que se tornem crônicos. Observar como você reage às pressões permite agir de forma consciente, evitando o desgaste silencioso.
  • Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: reservar tempo para atividades que recarregam energia física e mental, como exercícios, hobbies ou convivência familiar. Liderar com qualidade depende de estar bem consigo mesmo.
  • Rede de apoio estratégica: ter alguém para conversar sobre decisões difíceis — mentor, conselho consultivo ou psicólogo, cada qual com sua função e propósito específico. Compartilhar desafios ajuda a evitar isolamento e sobrecarga emocional.
  • Revisitar constantemente o propósito de cada esforço: perguntar-se por que faz o que faz e se suas ações estão alinhadas com o impacto que deseja gerar. Um esforço conectado ao propósito traz clareza, energia e motivação genuína.

Chega novembro, e a pressão cresce: metas, resultados, fechamento fiscal, contas a pagar e a receber. Tudo parece urgente. E é justamente nessa hora que muitos confundem intensidade com direção — correm mais, mas sem enxergar para onde estão indo.


Seguir com propósito não é diminuir o ritmo, é ajustar o foco.

É lembrar que esforço sem clareza cansa; esforço com propósito constrói. Talvez o desafio deste fim de ano não seja “aguentar firme”, mas agir com sentido. Encerrar o ciclo honrando o trabalho feito, cuidando das pessoas e preparando terreno para o novo, sem se perder no meio do caminho.

Porque, no fim, o que realmente sustenta um resultado não é a pressa, é o propósito e o direcionamento correto. O esforço com propósito gera evolução. O esforço sem sentido, apenas exaustão.

Espero que essas reflexões tenham ressoado em seu coração e sua mente, ajudando você a construir uma rotina mais saudável para você e seus liderados.


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Quer saber mais sobre como o esforço com propósito pode ajudar líderes a driblar o burnout e manter energia, clareza e equilíbrio na liderança? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um grande abraço,

Graziela Heusser Azeredo
https://www.linkedin.com/in/grazielaheusserazeredo/

Confira também: Governança Corporativa: O Silêncio Que Custa Caro

Palavras-chave: burnout na liderança, esforço com propósito, liderança consciente, equilíbrio emocional, saúde mental, prevenção do burnout, liderança e saúde mental, equilíbrio entre vida pessoal e profissional

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Transação Tributária em São Paulo 2025: Como Funciona o Acordo Paulista https://www.cloudcoaching.com.br/acordo-paulista-2025-novo-programa-de-transacao-tributaria/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=acordo-paulista-2025-novo-programa-de-transacao-tributaria https://www.cloudcoaching.com.br/acordo-paulista-2025-novo-programa-de-transacao-tributaria/#respond_67247 Tue, 28 Oct 2025 13:20:24 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67247 O Acordo Paulista permite negociar débitos de ICMS, IPVA, ITCMD e multas do PROCON com descontos de até 75% em juros e multas. Saiba como aderir, parcelar e aproveitar as novas condições da transação tributária em São Paulo.

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Transação Tributária em São Paulo 2025: Como Funciona o Acordo Paulista

No início de setembro de 2025, a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo publicou o Edital PGE/Transação nº 1/2025, também chamado de Acordo Paulista. Um programa para negociação de débitos tributários e não tributários inscritos na dívida. Poderão ser incluídos no Acordo Paulista os débitos referentes a:

  • ICMS – Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços;
  • ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos;
  • IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; e
  • Multas PROCON – multas aplicadas pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor.

O Acordo Paulista é uma transação tributária na modalidade por adesão, ou seja, quando o devedor aceita as condições e os termos previstos no edital publicado pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo. Vale ressaltar que, o prazo para adesão vai até o dia 27 de fevereiro de 2026 e deve ser realizada por meio eletrônico.


Estão previstos no Acordo Paulista descontos sobe os juros e multas que, de acordo com previsão podem variar conforme o grau de recuperabilidade, sendo que os créditos considerados irrecuperáveis podem ter desconto de 75% nos juros e multas, os créditos de difícil recuperação podem ter desconto de 60% nos juros e multas.

Entretanto, não haverá nenhuma concessão de descontos aos créditos considerados recuperáveis. A Resolução PGE SP nº 6 de 2024 já prevê esses critérios. Além disso, a PGE concede os descontos apenas sobre juros e multas, nunca sobre o valor principal do débito.

Uma novidade trazida pelo Acordo Paulista é a possibilidade de pagamento da dívida com a compensação com créditos acumulados de ICMS e o uso de precatórios para quitação, porém, os valores não poderão ultrapassar 75% do valor devido.

Outro ponto importante é que, se existirem depósitos judiciais em processos em andamento, o contribuinte deve apresentá-los para abatimento do valor a ser transacionado no momento da adesão ao programa.


O número de parcelas e apresentação ou não de garantia, irá depender do tipo do crédito.


Com relação aos créditos considerados recuperáveis, o contribuinte pode parcelar a dívida em até 84 vezes. E não há obrigatoriedade de apresentação de garantias está dispensada, salvo se já constituída nos autos judiciais.

Outra possibilidade para os créditos recuperáveis é o parcelamento da dívida entre 85 e 120 vezes, desde que o contribuinte apresente seguro garantia, fiança bancária ou imóvel, próprio ou de terceiros. Já no caso dos créditos considerados de difícil recuperação ou irrecuperáveis, o contribuinte pode parcelar a dívida em até 120 vezes, sem obrigatoriedade de apresentar garantias, salvo se já houver garantia constituída nos autos judiciais.

Tendo em vista as modalidades é necessária a realização de uma análise criteriosa, ou seja, a relação custo-benefício à adesão ao Acordo Paulista e dos impactos jurídicos e financeiros. Por essa razão, é sempre recomendável solicitar o apoio de um profissional qualificado para auxiliá-lo.

Se você tiver alguma dúvida, por favor, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em responder!


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Quer saber mais sobre como funciona o Acordo Paulista 2025 e quais os benefícios e vantagens de aderir à transação tributária em São Paulo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Desejamos a você muito sucesso e até o próximo encontro!

Mária Pereira Martins de Carvalho
https://www.pnst.com.br/profile/maria-pereira-martins-de-carvalho

Confira também: Diretores de Empresas: Como Contratar um CEO ou Diretor Corretamente?

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Indústria 5.0: Avanço ou Retrocesso? https://www.cloudcoaching.com.br/industria-5-0-avanco-ou-retrocesso/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=industria-5-0-avanco-ou-retrocesso https://www.cloudcoaching.com.br/industria-5-0-avanco-ou-retrocesso/#respond_67217 Mon, 27 Oct 2025 14:20:17 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67217 Será que a Indústria 5.0 é um avanço ou retrocesso? Quando a automação decide resgatar o papel humano, surge um novo dilema. Descubra como a colaboração entre humanos e máquinas, guiada por ética e propósito, pode redefinir o futuro da inovação.

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Indústria 5.0: Avanço ou Retrocesso?
Quando o futuro da automação depende de resgatar o papel humano — e da confiança nas máquinas inteligentes

Durante anos, o discurso da Indústria 4.0 construiu uma visão quase utópica da automação total. Fábricas autônomas, algoritmos de decisão, robôs inteligentes e processos autoajustáveis prometiam eficiência ilimitada. O ser humano parecia caminhar para um papel secundário — observador da própria criação.

Mas agora surge um novo paradigma: a Indústria 5.0.

E, ao contrário do que muitos esperavam, ela propõe um movimento de volta às origens — recolocar o ser humano no centro da inovação.

Uma proposta que, à primeira vista, pode soar como um retrocesso. Será mesmo?


Da automação à colaboração: o salto de paradigma

A Indústria 4.0 tinha como objetivo máximo a eficiência operacional. Suas bases eram a integração cibernética, os sistemas inteligentes e a conectividade total entre máquinas e dados. Era o império da automação.

Já a Indústria 5.0 propõe um salto de consciência.

Mais do que automatizar, ela busca harmonizar a relação entre humanos e máquinas, enfatizando assim valores como criatividade, propósito e sustentabilidade. Aqui, o foco deixa de ser apenas o como produzir e passa então a ser o porquê produzir.

De acordo com a Comissão Europeia:

“Na Indústria 5.0, a tecnologia deixa de ser o fim e volta a ser o meio — a serviço do ser humano, da sociedade e do planeta.”


O conceito central: Trustworthy AI

No coração dessa nova revolução está o conceito de Trustworthy AI — ou Inteligência Artificial Confiável. O termo foi formalizado pela Comissão Europeia, por meio do High-Level Expert Group on Artificial Intelligence (AI HLEG), que estabeleceu as diretrizes éticas para o desenvolvimento e o uso responsável da IA em 2019.

Essas diretrizes são a base para o AI Act, a legislação europeia que regula o uso da IA no bloco da União Europeia, aprovada em 2024.

De acordo com o relatório do AI HLEG, uma IA confiável deve atender a sete princípios fundamentais:

  1. Agência e supervisão humana: a IA deve apoiar, não substituir, o julgamento humano;
  2. Robustez técnica e segurança: o sistema precisa ser resiliente e auditável;
  3. Privacidade e governança de dados: garantir o controle e a proteção dos dados;
  4. Transparência e explicabilidade: decisões devem poder ser entendidas e rastreadas;
  5. Diversidade, não discriminação e equidade: eliminar vieses e promover justiça algorítmica;
  6. Bem-estar social e ambiental: gerar impacto positivo e sustentável;
  7. Responsabilização: assegurar mecanismos claros de prestação de contas.

Esses pilares formam o núcleo da Indústria 5.0, em que a inteligência artificial não substitui o ser humano, mas amplifica suas capacidades, mantendo-o sempre no comando.


Por que isso parece um retrocesso?

Para quem viveu a era da Indústria 4.0, com sua promessa de automação completa, falar em “supervisão humana” pode soar antiquado. Por que limitar o poder das máquinas se elas podem aprender, decidir e otimizar por conta própria?


A resposta está na confiança

Os últimos anos mostraram os riscos da inovação sem ética: algoritmos discriminatórios, manipulação de informações, vazamentos de dados e perda de controle sobre decisões críticas. Em diversas situações, a IA reproduziu — e até ampliou — os vieses humanos que deveria eliminar.

Nesse contexto, a Trustworthy AI não é um retrocesso, mas uma correção de rota.

É o amadurecimento de uma tecnologia que precisa ser não apenas eficiente, mas também segura, justa e responsável.


O verdadeiro avanço: confiança como ativo estratégico.

A Indústria 5.0 redefine o conceito de vantagem competitiva.

Na era da automação, o diferencial era a velocidade.

Na era da confiança, o diferencial passa a ser a responsabilidade.

Empresas que adotam práticas de IA confiável conquistam algo muito mais valioso do que produtividade:

  • Legitimidade e sustentabilidade de longo prazo;
  • Clientes escolherão marcas que explicam como utilizam IA;
  • Investidores valorizarão empresas com governança tecnológica clara;
  • Reguladores priorizarão quem cumpre os princípios éticos e legais de confiança (AI Act, ISO/IEC 42001:2023, LGPD).

A confiança se tornará a nova moeda da inovação.

E as empresas que entenderem isso antes das demais sem dúvida construirão relacionamentos mais sólidos com seus stakeholders — humanos ou digitais.


Humano + máquina: a colaboração inteligente

A grande virada da Indústria 5.0 é a substituição do antagonismo por colaboração. Não se trata de humanos contra máquinas, mas de humanos com máquinas.

Em vez de buscar a autonomia total da tecnologia, o novo paradigma estimula a cocriação. Máquinas inteligentes assumem tarefas repetitivas e analíticas, liberando assim o ser humano para o pensamento criativo, estratégico e empático.

Em fábricas, isso se traduz em robôs colaborativos (cobots).

Nos negócios, em decisões assistidas por IA explicável.

Na sociedade, em sistemas inteligentes que de fato respeitam direitos e valores humanos.


Conclusão: o avanço que parecia retrocesso

A Indústria 5.0 é, acima de tudo, uma evolução de consciência.

Depois de décadas buscando a eficiência a qualquer custo, estamos aprendendo que o progresso tecnológico sem propósito é, sem dúvida, insustentável.

Recolocar o ser humano no centro — e exigir confiança das máquinas — não é um passo atrás.

É o passo mais importante para que a inovação continue sendo um instrumento de progresso, e não de risco.

A inovação do futuro não será medida pela quantidade de algoritmos, mas pela qualidade da confiança que construímos com eles.


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Quer saber mais sobre como a Indústria 5.0 transforma a colaboração entre humanos e máquinas em inovação ética, sustentável e inteligente? Então, me chame no WhatsApp (12) 99605-1999. Terei o maior prazer em conversar a respeito!

Até o próximo artigo!

Um abraço.

Marcelo Farhat
https://www.meetnetwork.net
https://www.linkedin.com/in/araujomf/

Confira também: O Impacto da Inteligência Artificial na Carreira de um Futuro Engenheiro de Computação


Referências

COMISSÃO EUROPEIA. Ethics Guidelines for Trustworthy AI: High-Level Expert Group on Artificial Intelligence (AI HLEG). Brussels: European Commission, 2019. Disponível em: https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/library/ethics-guidelines-trustworthy-ai. Acesso em: 16 out. 2025.

UNIÃO EUROPEIA. Artificial Intelligence Act (AI Act): Regulation (EU) 2024/1689 of the European Parliament and of the Council. Official Journal of the European Union, 2024. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=CELEX:32024R1689. Acesso em: 16 out. 2025.

ISO/IEC. ISO/IEC 42001:2023 — Artificial intelligence management system — Requirements. Geneva: International Organization for Standardization, 2023.

COMISSÃO EUROPEIA. Industry 5.0: Towards a sustainable, human-centric and resilient European industry. Brussels: European Commission, Directorate-General for Research and Innovation, 2021. Disponível em: https://research-and-innovation.ec.europa.eu/publications/industry-50_en. Acesso em: 16 out. 2025.

Palavras-chave: Indústria 5.0, inteligência artificial confiável, Trustworthy AI, automação e ética, colaboração humano-máquina, o que é Indústria 5.0, o que caracteriza a indústria 5.0, como funciona a Indústria 5.0, inteligência artificial confiável na indústria, colaboração entre humanos e máquinas, ética e inovação tecnológica, indústria 5.0 e transformação digital

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É Pecado ou Libertação? Quando a Máquina Parece Mais Humana que o Humano https://www.cloudcoaching.com.br/automacao-e-humanidade-o-limite-entre-pecado-e-libertacao/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=automacao-e-humanidade-o-limite-entre-pecado-e-libertacao https://www.cloudcoaching.com.br/automacao-e-humanidade-o-limite-entre-pecado-e-libertacao/#respond_67046 Fri, 17 Oct 2025 14:20:12 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=67046 Quando a máquina parece mais humana que o humano, surge um dilema: é pecado buscar eficiência ou libertação encontrar propósito? Entender essa resposta pode realmente mudar a forma como enxergamos o futuro, o trabalho e a vida.

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Automação e Humanidade: O Limite Entre Pecado e Libertação

Quando a máquina parece mais humana que o humano, surge um dilema incômodo: será pecado desejar eficiência ou será libertação buscar sentido? Este artigo é um convite a refletir sobre o futuro do trabalho, a automação e o lugar da nossa humanidade nesse novo cenário.


A confissão

Eu confesso: muitas vezes, quando sou mal atendida, penso e às vezes até digo que seria melhor ser atendida por uma máquina. Quando compartilho isso em palestras, observo as reações da plateia. Em alguns lugares, ninguém levanta a mão, e eu me sinto quase uma vilã. Será que estou desejando o fim do emprego das pessoas? Será que estou sendo cruel ao pensar que uma máquina poderia fazer melhor?

Esse incômodo foi crescendo dentro de mim. Não se trata apenas de uma frase solta. É um dilema profundo, que toca nossa vida, nossas carreiras e o futuro das empresas. É a pergunta que insiste em voltar: qual é o verdadeiro valor do trabalho humano?


O pecado

É pecado pensar que uma máquina poderia ser melhor que um humano? De certo modo, fomos ensinados a acreditar que sim. Aprendemos a valorizar o trabalho como algo sagrado, intocável, quase um dogma social. O ato de trabalhar carrega uma aura de dignidade que não pode ser questionada.

Mas… e quando esse trabalho já não tem mais sentido? E quando a pessoa que o executa já não coloca energia, nem alma, nem presença no que faz? O que sobra, então? Apenas um corpo no automático.

O exemplo clássico é o do assessorista de elevador. Houve um tempo em que sua função fazia sentido. Ele estava ali para dar segurança e atender passageiros. Mas, com o tempo, essa tarefa se tornou apenas apertar botões. A pessoa virou parte do mecanismo. O trabalho já estava automatizado muito antes da automação chegar. O humano havia sido reduzido a engrenagem.


A libertação

Talvez, então, não seja pecado. Talvez seja libertação.

Ninguém deveria passar a vida inteira em uma função que esvazia a alma e sufoca a criatividade. Trabalhar não deveria ser sinônimo de sobrevivência mecânica, mas de vida em movimento, de conexão com propósito.

A automação pode parecer uma ameaça, mas também pode ser entendida como uma janela aberta. Uma janela que nos convida a repensar para onde vai a energia humana quando a máquina assume o que é repetitivo. Assim como a eletricidade, que um dia foi vista com medo, mas logo se tornou indispensável, a inteligência artificial e a automação também podem ser transformadas em aliadas da nossa liberdade.


O momento atual: dados e tendências

Essa transição já está acontecendo diante dos nossos olhos.

A Salesforce, por exemplo, demitiu 4 mil pessoas em funções de atendimento após adotar inteligência artificial em larga escala.

Estudos indicam que até 92 milhões de empregos podem desaparecer até 2030. Mas, em contrapartida, podem surgir 170 milhões de novas funções ligadas à tecnologia, à inovação e, principalmente, ao cuidado humano.

Um relatório da PwC mostra um dado revelador: em setores altamente automatizados, os salários dos profissionais criativos, analíticos e estratégicos estão crescendo duas vezes mais rápido do que nos setores menos expostos. Ou seja, não se trata de haver menos trabalho. Trata-se de outro tipo de trabalho. Um trabalho que exige humanidade ampliada, não reduzida.


Sociedade 5.0: o humano no centro

O Japão já fala em Sociedade 5.0: uma sociedade em que a tecnologia e a humanidade caminham lado a lado, sempre com o ser humano no centro das soluções.

Esse é o ponto crucial. O desafio não é conter a máquina, nem barrar seu avanço. O verdadeiro desafio é garantir que a máquina libere o humano para que seja mais humano.

Se a era industrial nos colocou dentro do elevador automático, a era digital pode ser a chance de abrir as portas e escolher novos andares. Não se trata de resistir à inovação, mas de ressignificar o papel humano dentro dela.


A pergunta final

E então, volto à minha inquietação inicial: quando penso que preferiria ser, de fato, atendida por uma máquina, estou cometendo um pecado?

Eu acredito que não. Estou apontando para algo maior: para a necessidade de libertação.

O verdadeiro pecado seria continuar aceitando que seres humanos gastem a vida em funções que já não fazem sentido, que os reduzem a peças de um sistema. O futuro não pede que escolhamos entre humanos ou máquinas. Ele pede que criemos espaços onde o humano floresça e a tecnologia seja, sem dúvida, parceira nesse florescimento.

E você, líder: vai manter sua equipe presa ao elevador da era industrial?

Ou vai ter a coragem de abrir as portas para o futuro?


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Quer saber mais sobre como equilibrar humanidade e tecnologia no futuro do trabalho? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você a respeito.

Até a próxima!

Leila Navarro
Palestrante Internacional, Escritora, Mentora de Transições e Especialista em Liderança e Futurabilidade – Referência em Inovação e Desenvolvimento Humano
https://www.leilanavarro.com.br/

Confira também: Chega de Burnout: A Ergonomia Sensorial Pode ser a Resposta que falta na sua Empresa 

Palavras-chave: humanidade e tecnologia, automação, inteligência artificial, futuro do trabalho, propósito humano, relação entre humanos e máquinas, impacto da automação no trabalho humano, como a tecnologia afeta a humanidade, futuro do trabalho e propósito humano, equilíbrio entre humanos e máquinas

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Governança Corporativa: O Silêncio Que Custa Caro https://www.cloudcoaching.com.br/governanca-corporativa-o-silencio-que-custa-caro/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=governanca-corporativa-o-silencio-que-custa-caro https://www.cloudcoaching.com.br/governanca-corporativa-o-silencio-que-custa-caro/#respond_66946 Tue, 07 Oct 2025 14:20:26 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=66946 O silêncio nas empresas tem um custo alto. Descubra como condutas abafadas e a falta de alinhamento ético corroem a cultura, aumentam riscos e comprometem a governança corporativa, mesmo quando tudo parece sob controle.

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Governança Corporativa: O Silêncio Que Custa Caro

No silêncio corporativo, vale tudo? A que preço?

Essa é a pergunta que precisa ecoar nas organizações. O silêncio, muitas vezes, não é neutro. Ele pode encobrir dilemas éticos, comportamentos tóxicos, pequenos “jeitinhos” que parecem inofensivos no início, mas que com o tempo se transformam em condutas inadequadas, assédios e fraudes, capazes de comprometer toda a empresa.

A sabedoria milenar já nos lembra que aquilo que se tenta esconder cedo ou tarde vem à tona. E no mundo corporativo não é diferente: condutas abafadas acabam aparecendo, geralmente com impacto muito maior do que se tivessem sido tratadas de forma transparente desde o início.

O ponto não é denunciar, mas refletir: o que a empresa tolera ou não está realmente claro para todos? Dos sócios aos acionistas, da alta liderança aos colaboradores da base, existe um alinhamento verdadeiro sobre quais valores são inegociáveis?

Quando esse alinhamento não existe, abre-se espaço para que a integridade vire apenas discurso, e não prática. É nesse vazio que riscos silenciosos se transformam em ameaças estruturais.


Governança não é luxo de grandes empresas

Muitas vezes, vemos a governança como obrigação de multinacionais ou grandes corporações. Mas empresas menores correm os mesmos riscos e, sem estruturas preventivas, tornam-se vulneráveis. Precisamos entender que a Governança Corporativa é investimento estratégico, não custo.

Registros antigos de sabedoria mostram que construir sobre bases sólidas é o que garante a resistência às tempestades. No universo corporativo, não é diferente: organizações que estruturam pessoas, processos e cultura de forma integrada resistem melhor às crises; aquelas que ignoram esses fundamentos certamente desmoronam ao primeiro sinal de instabilidade.

Eu costumo orientar meus clientes a integrar pessoas, cultura e processos internos, de forma que os valores não fiquem restritos a manuais ou políticas burocráticas, mas sejam vividos no dia a dia da organização. E quando falamos em governança, falamos de sua dimensão completa — ESG, com riscos ambientais, sociais e de governança, que precisa ser aplicada de forma concreta, além da mera legalidade.


O papel da liderança e do RH

  • Liderança: o exemplo começa no topo. Ética não se sustenta apenas em discursos; é prática diária, especialmente em situações de pressão e dilemas complexos. Princípios milenares já ensinam que quanto maior a responsabilidade, maior deve ser a consciência e o exemplo do líder;
  • RH: contratações assertivas são estratégicas. Alinhar os valores do profissional aos da organização reduz riscos e fortalece a cultura. Pessoas desalinhadas, mesmo que talentosas, podem comprometer integridade e clima;
  • Empresários, diretores, acionistas e boards: não podem se limitar a políticas bonitas no papel. Como já se dizia na antiguidade, valores sem prática não passam de discurso vazio. Governança precisa ser vivida, desde a tomada de decisão estratégica até as relações do dia a dia.

Riscos humanos são riscos sistêmicos

Assédios, desvios ou condutas inadequadas não são problemas isolados. Eles refletem a cultura da organização, a clareza de valores e a consistência da liderança. Quando esses pilares falham, o risco humano se transforma em risco sistêmico, impactando assim a reputação, o clima e a sustentabilidade do negócio.

  • A falha humana é lamentável;
  • a falha estrutural, imperdoável.

A pergunta que fica é: sua empresa está construindo sobre bases sólidas ou sobre areia movediça?


Governança corporativa é sobre pessoas, valores e decisões do dia a dia.

É sobre alinhar estratégia, processos e cultura para que a ética não seja apenas obrigação, mas convicção interna.

Empresas que compreendem isso transformam riscos silenciosos em oportunidades de fortalecimento.

As que não compreendem… cedo ou tarde descobrem que o silêncio custa caro.


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Quer saber mais sobre como fortalecer a governança corporativa e transformar o silêncio em transparência e valor nas organizações? Então, entre em contato comigo. Vamos trocar ideias e crescer juntos com propósito!

Um grande abraço,

Graziela Heusser Azeredo
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Diretores de Empresas: Como Contratar um CEO ou Diretor Corretamente? https://www.cloudcoaching.com.br/diretores-de-empresas-como-contratar-um-ceo-ou-diretor-corretamente/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=diretores-de-empresas-como-contratar-um-ceo-ou-diretor-corretamente https://www.cloudcoaching.com.br/diretores-de-empresas-como-contratar-um-ceo-ou-diretor-corretamente/#respond_66850 Tue, 30 Sep 2025 13:20:27 +0000 https://www.cloudcoaching.com.br/?p=66850 Você sabe qual é a forma mais segura de contratar um CEO ou diretor? Essa escolha pode definir o futuro da sua empresa. Descubra os tipos de diretores e suas diferenças, e saiba qual a melhor escolha para sua empresa.

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Diretores de Empresas: Como Contratar um CEO ou Diretor Corretamente?

É comum que haja as seguintes dúvidas: minha empresa precisa de um diretor? E, se precisar, como contratar?

Essas dúvidas são comuns e a resposta à primeira é: depende do tamanho da empresa e da complexidade das atividades desenvolvidas. Se sua empresa for de médio a grande porte ou, mesmo não sendo, possuir uma atividade muito complexa, pode ser necessária a contratação de um diretor.

Os diretores executivos de empresas, comumente chamados pela sigla inglesa CEO (Chief Executive Officer), são responsáveis pela condução das atividades, pela criação de uma estrutura organizacional, pelo exercício de poderes de gestão e coordenação de pessoas e negócios e pela definição de metas e objetivos. Em suma, são responsáveis pelo sucesso da empresa e por garantir que ela funcione sem problemas.


Quanto à contratação, eles podem ser estatutários, quando eleitos na forma do estatuto (S.A.) ou contrato social (Ltda.), ou empregados, quando contratados com carteira de trabalho assinada.


Diretores Estatutários

Os diretores estatutários têm poder de tomar decisões em nome da entidade e não estão sujeitos ao controle de jornada de trabalho. Entretanto, os diretores contratados como empregados têm sua autonomia mais restrita e podem estar sujeitos ao controle de jornada.

Com relação à remuneração, o diretor estatutário pode receber uma parcela fixa mensal (pró-labore) e uma variável (participação nos lucros e/ou bônus). A empresa tributa esses valores pelo imposto de renda retido na fonte e pela contribuição previdenciária, enquanto o recolhimento do FGTS permanece opcional. Além disso, a empresa deve pagar 20% de INSS patronal sobre a remuneração do diretor, mas geralmente não cobra contribuições a terceiros (como SENAI, SESC etc.) sobre o pró-labore.


Diretores Empegados

O diretor contratado como empregado receberá um salário pelo desempenho de suas atividades e terá direito a 13º salário, férias e todas as verbas previstas na legislação trabalhista. O FGTS é obrigatório, e sobre sua remuneração incidem o imposto de renda retido na fonte, as contribuições previdenciárias, incluindo o INSS patronal, além das contribuições a terceiros.

Com o intuito de reduzir a carga tributária, diversas empresas contratam diretores como prestadores de serviços. Nesse caso, o titular de uma pessoa jurídica emite mensalmente nota fiscal para o recebimento de sua remuneração. Vale destacar que não se trata de terceirização. Essa forma de contratação é realizada porque é a menos onerosa.

Entretanto, esse tipo de contratação traz muitos riscos, pois os tribunais têm reconhecido a contratação de empresas como fraude trabalhista. Nessas situações, declaram a existência de vínculo empregatício quando comprovam a onerosidade, a não eventualidade, a pessoalidade e a necessidade de prestação laborativa com reciprocidade. Diante disso, condenam o empregador a arcar com todos os direitos trabalhistas decorrentes do vínculo de trabalho.

Há diversos julgados do Conselho Administrativo da Receita Federal (CARF) no sentido de que a prestação de serviço que decorre de desempenho individual é de caráter personalíssimo e não pode ser terceirizada. A prestação de serviços como diretor estatutário é um desses casos.


Portanto, a empresa precisa avaliar os riscos na hora de contratar um diretor, tanto na esfera trabalhista quanto na fiscal.

Se você tiver alguma dúvida, por favor, entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em responder!

Desejamos a você muito sucesso e até o próximo encontro!


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Quer saber mais sobre como contratar um CEO corretamente e evitar riscos para sua empresa? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Sucesso a você e até o próximo encontro!

Mária Pereira Martins de Carvalho
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