O post Como a Comunicação Não Violenta (CNV) fortalece a autoconsciência em tempos de julgamento e intolerância apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>De que maneira a Comunicação Não Violenta (CNV) Contribui para a Autoconsciência?
O convite da CNV é que olhemos para dentro de nós mesmos com mais profundidade e compaixão.
Aprendemos a observar o que está acontecendo e revisitando o julgamento que fazemos em 1,2 milésimos de segundos, daí ressignificando os rótulos e as interpretações. Para que possamos exercitar a autoconsciência, precisamos prestar atenção aos nossos próprios pensamentos, sentimentos e reações sem nos criticarmos por tê-los.
Por exemplo, em vez de pensar “Eu sou preguiçosa porque não me levantei cedo”, a CNV nos encorajaria a observar: “Eu não levantei cedo”. Essa simples mudança de perspectiva já nos liberta de um julgamento interno e abre espaço para autorresponsabilidade e termos novas perspectivas.
A CNV nos apoia para que identifiquemos e possamos nomear nossos reais sentimentos. Diversas vezes, confundimos sentimentos com não sentimentos, que na verdade são pensamentos com julgamentos.
Por exemplo quando eu digo “Eu me sinto ignorado” é avaliação do que eu acho que o outro esteja fazendo comigo, o que chamamos de pseudosentimentos e não nos conectamos com o real sentimento que pode ser tristeza, frustração, etc. Ao nos conectarmos com nossos sentimentos, ganhamos uma compreensão mais clara de nossas experiências internas. Para a autoconsciência, isso significa reconhecer: “Quando eu não levantei cedo, eu me sentia cansada.”
O coração da CNV, pois por trás de cada sentimento, existe uma necessidade precisa ser atendida ou não atendida. Se prestar a atenção os sentimentos que temos quando nossa necessidade é atendida e é diferente quando não a atendemos.
Ao identificarmos nossos sentimentos, podemos perguntar: “Que necessidade minha está por trás desse sentimento?”. No exemplo anterior, o cansaço pode estar ligada a necessidades de descanso, recuperação ou suporte.
Quando reconhecemos nossas necessidades nos ajuda a entender o que é realmente importante para nós, promovendo uma autoconsciência profunda sobre nossos valores e motivações.
Precisamos ser claros, objetivos e no positivo para que seja possível atender às nossas necessidades. No contexto da autoconsciência, isso pode significar fazer um pedido a nós mesmos, ou seja, o pedido não necessariamente precisa ser feito a outra pessoa se não puder: Daí você busca o pedido dentro de você. “Para atender à minha necessidade de descanso, eu me comprometo a ir para a cama mais cedo hoje à noite.”
Não precisamos usar os 4 elementos nessa ordem, na medida que praticamos a CNV e sim a busca pela autoconsciência.
O cenário atual, marcado por polarização, julgamento rápido e intolerância, é exatamente onde a CNV pode ter um impacto transformador, visto ser uma abordagem relacional e a linguagem do coração.
A CNV nos ensina a observar sem julgar. Essa habilidade, quando aplicada internamente, nos ajuda a reconhecer nossos próprios preconceitos, rótulos, vieses, pensamentos automáticos e julgamentos sobre nós mesmos e sobre os outros. Ao nos tornarmos mais conscientes disso, podemos começar a desconstruir esses padrões e cultivar mais autocompaixão.
Quando nos deparamos com o julgamento e a intolerância conosco e consequentemente com o outro, a CNV nos oferece uma forma de responder sem retaliar ou nos fechar nos mecanismos de defesa. Em vez de reagir com mais julgamento, podemos tentar:
Em suma, a CNV nos apoia para uma autoexploração mais profunda e gentil, ao mesmo tempo em que nos oferece um mapa para interagir com o mundo de uma forma que possa apoiar a redução de conflito, promova a empatia e trabalhe a intolerância, que muitas vezes começa conosco.
A confusão sobre autoconsciência várias vezes se deve à mistura entre autoavaliação e autoconsciência verdadeira. Diversas pessoas acreditam que ser autoconsciente significa apenas saber o que sentem ou pensam, mas ser autoconsciente vai além disso. Envolve buscar perceber suas próprias motivações, reconhecer como suas emoções influenciam, suas ações, comportamentos e perceber como você é percebido pelos outros, isso fazendo parte do processo de autoconhecimento.
Essa compreensão profunda costuma ser desafiadora, pois exige vulnerabilidade e disposição para confrontar aspectos de si mesmo que podem ser desconfortáveis.
Além disso, a autoconsciência não é estática; é um processo contínuo de crescimento e aprendizado. Por isso, é normal se sentir perdido em alguns momentos, mas o importante é continuar explorando.
Desaprender para aprender!
Quer saber mais de que forma a prática da CNV pode transformar a maneira como você lida com seus julgamentos e os dos outros? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: O que a Resistência Pode Provocar Diante de uma Comunicação Desafiadora?
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]]>A resistência faz parte do ser humano, pois ativa mecanismos de defesa presentes em todos nós, especialmente diante de situações ou conversas difíceis e desafiadoras.
A resistência está relacionada às nossas crenças que, quando engatilhadas, podem se tornar rígidas, ficando diretamente conectadas às necessidades: atendidas, não atendidas ou parcialmente atendidas.
Quando sentimos resistência em uma comunicação, seja da nossa parte ou da do outro, uma série de mecanismos são então acionados e nenhum deles é confortável. Um dos mais marcantes é o julgamento, do qual não abrimos mão por orgulho. O outro precisa sofrer o que fez comigo e então não tem conversa que possa seguir em frente, a não ser que um dos dois se permita sair desse lugar.
A resistência funciona como um muro. As palavras podem não fluir, as ideias não se conectam, e a conversa simplesmente para ou então se torna superficial. Na CNV, dizemos que as palavras podem ser janelas ou muros.
Em vez de resolver, a resistência pode escalar a situação. A pessoa que sente a resistência pode se fechar ainda mais, ou reagir de forma defensiva, o que, por sua vez, pode gerar mais resistência no outro. E Friedrich Glasl descreve que existem nove estágios que representam a intensificação de um conflito, divididos em três níveis principais: ganha-ganha, ganha-perde e perde-perde.
Diante da resistência, tendemos a preencher as lacunas com nossas próprias interpretações, frequentemente distorcidas e negativas. Podemos supor que o outro está sendo teimoso, desinteressado ou até mesmo hostil, quando, na verdade, pode haver outras necessidades não atendidas. Porém, quando o conflito já foi escalado, dificilmente damos espaço para percebê-las.
Tanto para quem resiste quanto para quem tenta comunicar, a sensação pode ser de estar “batendo cabeça” ou de não ser compreendido. Isso gera frustração e pode levar à desistência da comunicação, a desistência do outro, por considerá-la uma forma mais fácil, acreditando que resolve o problema “quando acha que esquece”, mas ele estará diante de você novamente, na primeira oportunidade.
A resistência persistente em conversas importantes pode minar a confiança e a intimidade entre as pessoas, criando assim uma distância emocional, possivelmente levando à demissão, mudança de área ou término da relação.
Se não abordamos a resistência, então os mesmos padrões de comunicação desafiadora tendem a se repetir, impedindo o crescimento e a evolução do relacionamento, levando isso ao longo da vida, sem se dar conta de que estamos fugindo.
Lidar com resistência, seja própria ou alheia, consome muita energia emocional. Isso pode gerar estresse, ansiedade e até mesmo um sentimento de esgotamento. Além disso, essa sobrecarga pode refletir no corpo, desencadeando doenças como gastrite, úlceras, sinusites, resfriados, dores de garganta e até câncer.
Resolvi trazer esse tema, pois venho trabalhando nele de forma recorrente e uma das coisas que precisamos perguntar a nós mesmos é: em que momento da situação eu deixei de ser responsável por esse conflito?
É aí que entra a CNV e como ela pode nos apoiar no processo de reaprender a se comunicar.
A CNV, criada por Marshall Rosenberg, traz uma abordagem relacional para transformar essas dinâmicas. Ela nos convida a focar em observações destituídas de julgamentos moralizadores, identificar nossos sentimentos, reconhecer quais necessidades precisam ser atendidas e que definir que pedidos gostaria de fazer ao outro. Essa prática se aplica tanto a nós mesmos quanto ao outro.
Para ajudar a reaprender a se comunicar, podemos usar a CNV de várias formas, a saber:
Quando você sentir resistência em falar ou ouvir, pare e então se pergunte: “O que estou sentindo agora? Que necessidade minha não está sendo atendida que me leva a resistir?”. Pode ser a necessidade de segurança, de ser compreendido, de evitar conflito etc.
Reconheça que sentir resistência é humano. Em vez de se julgar, acolha essa sensação. Diga a si mesma: “Está tudo bem sentir isso. É um sinal de que algo importante está em jogo para mim.”
Antes de reagir, respire fundo e busque identificar qual necessidade sua está por trás da resistência. Isso já pode começar a diminuir a tensão.
Quando o outro demonstra resistência (se fecha, fala mais grosso, evita o assunto), o primeiro passo é escutar além das palavras. Ou seja, ouvir sem misturar com nossos próprios pensamentos e sem já preparar uma resposta, mas sim se perguntar: O que ele pode estar sentindo? Que necessidades dele podem não estar sendo atendidas?
Exemplo: Se alguém se fecha em uma conversa, então você pode buscar dizer: “Percebo que você ficou mais quieto agora. Você está se sentindo desconfortável com o que estamos conversando? Talvez a necessidade de se sentir seguro ou de ter tempo para processar seja importante para você neste momento?”
A resistência muitas vezes vem de uma necessidade não atendida, e a pessoa está usando uma estratégia (fechar-se, gritar) para tentar atendê-la. A CNV nos ensina a focar na necessidade subjacente. E se não sei qual a minha necessidade, então muito provavelmente minha estratégia será um tiro no pé.
Exemplo: Em vez de pensar “Ele está sendo teimoso”, então pense “Ele pode estar precisando de autonomia ou de ser ouvido antes de concordar”.
Antes de insistir em um ponto, você pode perguntar, por exemplo: “Você estaria aberto(a) a ouvir o que eu tenho a dizer sobre isso?” ou “Seria um bom momento para falarmos sobre este assunto?”. Isso dá ao outro a chance de se preparar e de se sentir mais no controle.
Quando for sua vez de falar, use a estrutura da CNV:
Faça um pedido claro e concreto. “Você estaria disposto(a) a me explicar melhor o que quis dizer com isso?” ou “Podemos encontrar um momento mais calmo para conversar sobre isso?”. E também precisamos estar abertos a ouvir um não, ou seja, sem a expectativa de ouvir um sim, entendendo que isso não é nada pessoal.
Em resumo, a CNV nos ensina que a resistência é um sinal de que alguma necessidade importante não está sendo atendida. Em vez de lutar contra ela, podemos transformá-la em um convite para uma escuta mais profunda e para a autoconsciência. Além disso, ela pode servir como ponto de partida para a busca de novas formas de atender às necessidades de todos os envolvidos.
É um processo de reaprender a se conectar, priorizando a compreensão mútua e o respeito.
E você, como tem lidado com suas resistências na comunicação?
Quer saber mais como lidar com a resistência para transformar conversas desafiadoras e difíceis em oportunidades de conexão? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: Autocompaixão e Compaixão: Por que Precisamos das Duas em um Mundo Interdependente
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]]>Hoje estava vendo uma aula e veio uma citação de Buda que me fez refletir sobre a compaixão e como as pessoas me perguntam como sentir compaixão mesmo quando estão sofrendo.
“Uma mulher perdeu seu único filho e pediu para Buda ajudá-la a trazê-lo de volta. Então Buda pediu que ela fosse até o vilarejo e pedisse uma semente de mostarda de todas as casas que não tivessem tido uma perda. A mulher voltou sem nenhuma semente, pois não existia nenhuma casa sem perdas.”
Dessa forma, a mulher compreendeu o princípio da morte.
Muitas vezes, não conseguimos resolver os problemas alheios, mas apenas estando presentes, oferecendo um abraço ou um ombro amigo, podemos proporcionar conforto ao outro.
No entanto, é essencial reconhecer que também podemos praticar a autocompaixão. Muitas vezes, nos colocamos na posição de vítimas ou nos martirizamos por erros cometidos. Quando nos sentimos vítimas, acreditamos que não temos responsabilidade pelo que ocorreu, o que pode nos trazer um benefício secundário. Por outro lado, quando nos martirizamos, assumimos o papel de culpados ou envergonhados, o que dificulta assumir uma nova perspectiva.
Vale lembrar que somos responsáveis pelas situações que vivemos, pois os meus pensamentos criam meus sentimentos, que por sua vez moldam a realidade. Muitas vezes, atraímos o que não queremos devido à nossa mentalidade.
Se não conseguir mudar imediatamente, tudo bem; isso é normal. Mudar não é fácil e exige disciplina, persistência e determinação.
Além disso, é importante entender que o que atraímos pode ser um sinal para refletirmos sobre o que precisamos mudar em nós mesmos. Muitas vezes, as características que não gostamos nos outros são reflexos da nossa própria sombra.
Kristin Neff, especialista em desenvolvimento humano pela Universidade de Berkeley, destaca que, para cultivarmos a autocompaixão, precisamos de autoconhecimento e do exercício da compaixão. Isso nos ajuda a nos libertar de sentimentos como frustração, culpa ou vergonha.
Muitas vezes, projetamos nossas falhas nos outros para satisfazer nosso ego. O medo de enfrentar a verdade sobre nós mesmos nos leva a nos esconder. A compaixão que oferecemos a nós mesmos deve ser igual à que damos aos outros, pois compartilhamos uma condição humana imperfeita e vulnerável.
Kristin Neff afirma que “qualquer experiência emocional, seja ela leve ou intensa, causa dor”.
É quando percebo que existe sofrimento no mundo — e não só o meu único e exclusivo sofrimento. Dessa forma, sou capaz de sair do meu desespero para a compaixão e ampliar a perspectiva do que está além de mim.
Ser compassivo é poder perceber que todos nós erramos, que todos nós julgamos em qualquer instância. Nossa tendência é apontar o dedo para o outro, sem ao menos olhar para dentro de nós mesmos e em várias situações pensar: Ah! Eu não sou igual a ele ou a ela!
Essa é uma afirmação que precisa ser questionada, pois cada um de nós, de alguma forma, já cometeu erros e possui sua própria régua. Quando julgamos o outro, qualquer pessoa também terá o mesmo direito de nos julgar — seja por qualquer coisa.
O sofrimento salta aos olhos, mas só é buscado o que é bom e legal. A tendência é pensar que o sofrimento do outro não me diz respeito, eu não fiz nada para isso acontecer ou dizer ele mereceu. Porém, tenho algo a dizer: somos seres interdependentes, nada acontece que não reflita em nós de volta, por mais que não se perceba. Somos uma unidade dentro do todo.
Este artigo é um convite à reflexão: que tipo de mundo estamos ajudando a construir, em que valorizamos apenas o que é bom e agradável, ignorando a parte que sofre em silêncio?
Quer saber mais como a autocompaixão e a compaixão podem transformar a forma como você lida com a dor, a culpa e os julgamentos — e te ajudar a se reconectar consigo mesmo e com os outros com mais leveza e humanidade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: Resiliência: O Poder de se Adaptar e Crescer em Tempos de Desafios
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]]>A resiliência é um conceito fascinante que as pessoas confundem com traço de personalidade. Trata-se de uma habilidade dinâmica que todos podemos desenvolver e aprimorar ao longo da vida.
Ao contrário da ideia comum de que resiliência é simplesmente suportar dificuldades e retornar ao estado anterior, ela envolve uma flexibilidade mental que nos permite enfrentar desafios, encontrar soluções criativas e nos adaptar às mudanças.
Quando estamos sob pressão, a resiliência se torna nossa aliada mais poderosa. Sem ela, podemos tomar decisões impulsivas que afetam negativamente nossas relações pessoais e profissionais.
Para cultivar essa habilidade, é essencial estarmos atentos aos Modelos de Crenças Determinantes (MCDs). São modelos fundamentais no Processo de Coaching e Mentoria em resiliência, apoiados pela Neurociência e pela Comunicação Não Violenta.
Os MCDs nos ajudam a identificar padrões de comportamento, como a intolerância, passividade e equilíbrio, possibilitando criar um mapa para desenvolver nossa resiliência em momentos desafiadores.
A resiliência científica, fundamentada em princípios da Psicologia e Neurociência, nos capacita a lidar com adversidades e, ao entender o estresse, identificar fatores protetores e desenvolver habilidades práticas para enfrentar crises. Além disso, destaca a importância da rede de apoio social e do autocuidado na manutenção da saúde mental.
Com uma mentalidade de crescimento, aprendemos a ver desafios como oportunidades, cultivando assim uma perspectiva positiva que nos fortalece diante das dificuldades.
A Neurociência tem uma influência significativa na compreensão da resiliência relacional, que se refere à capacidade de manter relacionamentos saudáveis e funcionais, mesmo diante de situações estressoras e desafios.
A Neurociência mostra que o cérebro é plástico, ou seja, é capaz de se adaptar e mudar ao longo do tempo. Isso significa que, com prática e esforço, as pessoas podem desenvolver habilidades emocionais e sociais que fortalecem seus relacionamentos, buscando crenças inovadoras para poder lidar com o caos, estresse e adversidades.
Estudos em Neurociência indicam que áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal e a amígdala, estão envolvidas em processos de empatia e conexão social. Quando entendemos melhor como essas áreas funcionam, podemos então cultivar a empatia e melhorar a comunicação nos relacionamentos. Vale lembrar que nosso cérebro tem redes neurais de empatia e que quando não são usadas não se desenvolvem.
A resiliência relacional muitas vezes depende da capacidade de regular emoções, ou seja, do autocontrole. A Neurociência identifica mecanismos cerebrais que ajudam na regulação emocional, permitindo que as pessoas respondam a conflitos de maneira mais construtiva.
O estresse pode impactar negativamente os relacionamentos. A Neurociência ajuda a entender como o estresse afeta o cérebro e o comportamento, permitindo dessa maneira identificar necessidades e buscar estratégias para gerenciar o estresse e proteger a saúde dos relacionamentos.
A pesquisa sobre oxitocina, o “hormônio do amor”, fornece insights sobre como os vínculos afetivos são formados e mantidos. Compreender esses processos pode, sem dúvida, ajudar as pessoas a fortalecerem suas conexões interpessoais.
A Neurociência também apoia práticas como mindfulness, que podem aumentar a consciência emocional e promover interações mais saudáveis entre as pessoas.
Essas descobertas ajudam não apenas no processo de autoconhecimento e autodescoberta, mas também em contextos cotidianos, oferecendo ferramentas para construir relacionamentos mais resilientes e satisfatórios e ressignificando traumas.
Por fim, a resiliência científica nos fornece ferramentas valiosas para superar obstáculos com confiança e eficácia.
Então, como anda sua resiliência? Quais dos 8 Modelos de Crenças Determinantes (MCDs) você já reconhece em si mesmo — e quais ainda precisa, de fato, desenvolver para fortalecer sua resiliência diante dos desafios? Está pronto para explorar maneiras de fortalecê-la ainda mais?
Quer entender melhor como aplicar os 8 Modelos de Crenças Determinantes para fortalecer a resiliência em sua vida pessoal e profissional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: O Ciclo do Medo: Como o Receio de Julgamentos Transforma Erros em Barreiras Emocionais
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]]>O medo de errar é uma emoção universal que afeta a vida pessoal e profissional. Podemos perceber que o medo cria uma barreira psicológica, prejudicando a saúde mental.
Errar pode levar as pessoas a se fecharem devido ao medo de julgamentos e à pressão social. O medo do erro pode nos levar à sensação de culpa, paralisação ou embotamento. Muitas pessoas têm tanto medo que podem chegar à fobia social, na qual, diante de certas situações, muitas sensações podem surgir, como algumas abaixo:
Quando alguém comete um erro e sente que será criticado ou rotulado por isso, é comum que essa pessoa se torne mais cautelosa e evite situações em que possa falhar novamente.
O medo pode ser, de fato, alimentado por estereótipos e expectativas sociais, fazendo com que a pessoa sinta que não é boa o bastante ou que não pode atender às normas sociais impostas.
Esse ciclo de medo e evitação pode resultar em baixa autoestima, pois a pessoa começa a internalizar a ideia de que seus erros definem seu valor. Com o tempo, isso pode levar a sentimentos de inadequação, tristeza e até depressão. A sensação de estar constantemente sob julgamento pode ser extremamente desgastante, afetando não apenas a saúde mental, mas também as relações sociais e a capacidade de engajar-se em novas experiências.
Promover um ambiente onde as falhas sejam vistas como oportunidades de crescimento, em vez de motivos para crítica, certamente pode ajudar a quebrar esse ciclo negativo. Ter apoio emocional e um espaço seguro para expressar vulnerabilidades também é essencial para restaurar a autoestima e combater assim esses sentimentos.
A pressão social e o medo de errar podem levar a sentimentos de baixa autoestima. Quando nos sentimos inadequados por causa de erros passados, nossa autovalorização pode despencar e criar um ciclo vicioso, onde o medo de errar nos impede de buscar novas experiências, nos levando a uma vida mais limitada e à possibilidade de desenvolver problemas mais sérios, como a depressão.
Criar um ambiente mais acolhedor e menos crítico é fundamental para ajudar aqueles que estão lutando com esses sentimentos. Ressignificar o erro pode ser o primeiro passo para uma autoestima mais saudável e uma vida mais plena.
Cultivar a compaixão e a autoconfiança é fundamental para lidar com erros de maneira saudável. Quando desenvolvemos a compaixão, aprendemos então a ser mais gentis conosco mesmos. Isso significa que, ao cometer um erro, em vez de nos criticarmos severamente, somos capazes de nos tratar com compreensão e aceitação.
Essa atitude nos permite aprender com a situação, em vez de ficarmos presos na culpa e/ou na vergonha.
A autoconfiança, por sua vez, nos dá a coragem de enfrentar os desafios e a disposição de seguir em frente após um erro. Quando acreditamos em nossas habilidades e sabemos que podemos superar dificuldades, sem dúvida é mais fácil ver os erros como oportunidades de crescimento, em vez de fracassos definitivos.
Juntas, essas qualidades criam um ciclo positivo: quanto mais compassivos e confiantes somos, mais estamos dispostos a arriscar e aprender com nossos erros. Isso não só melhora nosso bem-estar emocional, mas também nos ajuda a desenvolver resiliência e adaptabilidade ao longo da vida.
Você já teve alguma experiência em que isso fez diferença para você?
Deixe nos comentários suas experiências.
Quer saber mais sobre como ressignificar o medo de errar, e desenvolver sua autoconfiança para viver com mais leveza e liberdade emocional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
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Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: Você Está Presente em Suas Interações ou Apenas Espera para Responder?
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]]>Você já reparou quantas vezes alguém está falando algo e quando ele acaba normalmente tem alguém que pergunta algo que a pessoa já falou?
Quantas vezes você já percebeu que mesma pergunta ou a mesma fala é repetida por outras pessoas porque ninguém escutou quem falou ou quem perguntou?
Porque na verdade não se está presente. Podemos observar esse fenômeno em diversas situações:
Segundo Daniel Kahneman, autor do livro Rápido e Devagar duas formas de pensar colocar que vivemos 95% do nosso tempo no automático, que foi dado o nome de Sistema 1 e apenas 5% do tempo no esforço, no sistema 2, ou seja, no presente.
Normalmente só ficamos no sistema 2 quando começamos a aprender algo novo, quando mudamos de caminho, quando começamos em uma nova empresa, aprender a dirigir e depois que nos acostumamos ou aprendemos vamos para o sistema 1 de novo. O que é bom lembrar que estar presente é estar no sistema 2 para podermos prestar atenção às pessoas.
Marshall Rosenberg, o criador da Comunicação Não Violenta (CNV), aborda o estado de presença como um componente fundamental para a prática da CNV. Para ele, estar presente significa estar totalmente consciente e atento ao que está acontecendo dentro de nós e ao nosso redor, permitindo uma conexão mais profunda com os outros.
A presença começa com a autoconsciência, onde nos tornamos cientes de nossos próprios sentimentos, necessidades e reações. Essa consciência nos ajuda a nos conectar com nossas emoções sem julgamentos, desenvolvendo uma abertura para o outro;
Estar presente também envolve a capacidade de escutar os outros com empatia. Isso significa prestar atenção não apenas às palavras que estão sendo ditas, mas também ao que está por trás delas, as necessidades e sentimentos. Essa escuta empática é fundamental para criar um espaço seguro para o diálogo. Podemos dizer que é escutar, sem misturar com o próprio pensamento, ou seja, estado de presença;
Rosenberg enfatiza que a presença na CNV requer uma atitude de não julgamento. Estar presente implica suspender críticas e interpretações, permitindo que a comunicação flua de maneira mais livre e honesta. Porém o julgamento é inerente e julgamos em 1,2 milésimos de segundos. O que podemos fazer é colocar uma lupa e revisitar esse julgamento para ampliar a perspectiva;
A prática da CNV visa estabelecer conexões genuínas entre as pessoas. O estado de presença facilita esse processo, pois permite que as interações sejam mais autênticas e significativas;
A presença está ligada à intenção que trazemos para as nossas interações. Rosenberg sugere que é importante nos perguntar qual é a nossa intenção ao comunicar algo, se é promover compreensão, conexão ou resolver um conflito.
É possível dizer que o estado de presença pode contribuir para que possamos curar feridas antigas e a evitar novas.
Essa presença não só melhora a qualidade da comunicação, mas também promove um ambiente onde todos se sentem escutados e respeitados.
Estar presente é estar conectado consigo mesmo e com o outro, buscando limpar o que está passando na sua cabeça, que não é o que o outro está falando. Escutar requer atenção e dessa forma damos importância ao outro que está na nossa frente.
E você escuta para entender ou escuta para responder?
Quer saber mais sobre como o estado de presença pode melhorar a comunicação e fortalecer as relações interpessoais? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
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Wania Moraes Troyano
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Confira também: Valores em Harmonia: A importância dos Valores na Vida e no Desenvolvimento Pessoal
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]]>Você sabe quais são seus valores?
Quando você se irrita com o outro ou com alguma situação, você consegue perceber quais dos seus valores estão sendo inferidos?
Também podemos entender o valor como necessidades humanas universais, termo utilizado pela CNV. Ele é profundo, e cada um de nós o percebe de formas diferentes. Nos valores estão inseridos crenças, cultura, ambiente socioeconômico e social, bem como família, experiências e vivências.
Podemos observar os valores sob vários aspectos:
Cada um de nós possui um valor intrínseco, que é independente de qualquer coisa. Podemos dizer que ele é inerente à condição humana e está ligado à dignidade e ao respeito que todos nós, de fato, merecemos por sermos humanos.
O valor de uma pessoa também pode ser percebido nas relações que ela estabelece com os outros. Isso envolve a capacidade de amar, conectar-se e impactar a vida das pessoas ao seu redor. O valor relacional enfatiza a importância das interações humanas e como elas moldam nosso sentido de valor.
Podemos medir o valor de uma pessoa pelas contribuições que ela faz à sociedade, seja por meio do trabalho, da arte, do voluntariado ou então em pequenas ações cotidianas que fazem a diferença na vida dos outros. Isso inclui o impacto positivo que uma pessoa pode ter em sua comunidade ou no mundo.
Dentre eles, podemos destacar o altruísmo, que está intrínseco em muitas pessoas, para as quais fazer o bem é primordial. Se fizermos um paralelo com diversas religiões, há uma frase significativa que diz: “Sem a caridade não há salvação.
A forma como uma pessoa se vê e se valoriza também influencia seu próprio sentido de valor. É assim que ela percebe sua autoconfiança, seu amor-próprio e sua autoaceitação, elementos fundamentais para reconhecer o próprio valor, independentemente das opiniões externas.
Todas as pessoas no mundo, independentemente do país, cultura, raça ou classe social, possuem um conjunto de valores humanos universais, por exemplo, respeito, honestidade, empatia e justiça, que orientam o comportamento e a tomada de decisões. Por consequência, esses valores moldam a identidade da pessoa e influenciam como ela se relaciona com os outros.
Na CNV, dizemos que esses valores norteiam nossa vida e que, quando inferidos, geram-se os conflitos.
Muitos buscam um propósito, um sentido de vida. Esse propósito ou sentido pode ser encontrado em diversas áreas, como carreira, família, espiritualidade ou contribuições para a sociedade. O valor que temos, muitas vezes, está ligado à busca e realização desse propósito.
Um propósito pode ser grande, mas também pode ser pequeno e mudar dependendo do momento da nossa vida. Eu desenhei meu propósito por meio de uma certificação e, há muitos anos, vivo esse propósito diariamente em diversas situações da minha vida cotidiana.
O valor de uma pessoa também pode ser visto no seu crescimento pessoal ao longo do tempo. O aprendizado contínuo, a superação de desafios e a busca por autoaperfeiçoamento, autoconhecimento e autodescoberta são, sem dúvida, aspectos importantes para agregar valor à forma como a pessoa se percebe.
Vale lembrar que cada um de nós tem valores únicos e inegociáveis, independentemente das circunstâncias ou avaliações externas. Quando desrespeitados, esses valores podem, de fato, muitas vezes, nos deixar com as emoções à flor da pele.
Você sabe dizer quais são seus valores e aqueles que são inegociáveis? Aqueles que fazem você reagir emocionalmente, quando inferidos?
Se você ainda não tem clareza sobre isso, então lembre-se: há diversas formas de descobrir seus valores. A CNV oferece vários exercícios que podem, sem dúvida, ajudar você a trazê-los à consciência.
Quer saber mais sobre como os valores pessoais influenciam nossas decisões e relações interpessoais? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
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Wania Moraes Troyano
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Confira também: O Papel do Medo na Coragem: Transforme Obstáculos em Estímulos
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]]>Coragem é quando você não tem medo? Ou coragem é quando você tem medo?
A coragem é a capacidade que temos para enfrentar desafios, obstáculos, incertezas ou situações assustadoras. Coragem não é ausência de medo, mas sim enfrentá-lo quando ele tenta nos impedir de agir com coragem.
Coragem também está na capacidade que temos de defender no que acreditamos e aprender a lidar com a vulnerabilidade. E ser vulnerável é ser honesto consigo mesmo, estando disposto a aprender e a crescer com as vivências e experiências que a vida traz.
A coragem nos impulsiona a sair da zona de conforto e a trilhar novos caminhos.
“A coragem encara o medo e o controla. A covardia reprime o medo e é assim controlada por isso.” (Martin Luther King)
O medo é uma emoção que pode nos levar a três possibilidades:
Procuramos reprimir o medo a qualquer custo, não queremos senti-lo e, muitas vezes, fingimos que ele não existe. No entanto, o medo pode ser uma fera quando enjaulado.
Na Psicanálise, dizemos que, quando uma pessoa sente medo, ela procura reprimi-lo por meio de mecanismos de defesa, que são estratégias inconscientes para protegê-la de sentimentos dolorosos.
Curiosamente, a maioria de nós passa a vida buscando segurança e estabilidade para evitar sentir medo.
Podemos refletir que, se uma pessoa tem um grande desafio, mas pouca habilidade, o medo cresce e a ansiedade surge. Por outro lado, se tem muita habilidade, mas o estímulo é pequeno, ela se desmotiva.
Portanto, se a habilidade for maior, será preciso aumentar o desafio, senão perde a graça. E, se o desafio for muito maior que a habilidade, a pessoa tende a fugir.
Gaudêncio também afirma que quem não tem medo é irresponsável e inconsequente, pois o medo é uma emoção natural e animal. Ele nos diz que coragem é ter medo de enfrentar a situação.
Na Neurociência trazemos a amígdala cerebral, que parece uma amêndoa, que fica em uma parte do cérebro que se localiza atrás e no interior da metade anterior do único giro parahipocampal, que também chamamos de sistema límbico, na qual controla nossas emoções.
Diante do medo, podemos paralisar, fugir ou reagir de forma agressiva, e fazemos isso em milésimos de segundo.
Imagine que você consiga viver uma vida sem riscos. Ela se tornaria entediante, porque não haveria desafios a superar. Agora, imagine uma vida cheia de riscos, a ponto de você paralisar — isso levaria ao estresse extremo. O importante é construir uma vida com desafios proporcionais à sua capacidade. Dessa forma, ela se torna estimulante, curiosa e interessante.
Em resumo, podemos dizer que a coragem é importante, mas é o medo que a estimula. No entanto, vivemos em uma cultura que nos ensina a tomar cuidado, a ser prudentes e, para isso, a evitar o medo.
Isso vale para a vida profissional, social e amorosa.
Quantas pessoas você conhece que estão no mesmo trabalho há 20, 30 ou 40 anos, sem que nada de interessante aconteça? Ou casais que estão juntos há décadas, cujo relacionamento é sem sal, porque não tem nada de estimulante, o que os leva a se separarem?
Então, pergunto: como tornar a vida estimulante sem perder o interesse?
Quer saber mais sobre como o medo pode impulsionar a coragem e tornar a vida mais estimulante? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: Pensamento e Sentimento: A Base para Gestão e Crescimento
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]]>Quero começar com uma frase de Antonio Damásio, Prof. de neurologia, psicologia e filosofia: “Não somos máquinas pensantes. Somos máquinas sentimentais que pensam”. Como você recebe essa frase? Ela desconstrói o que você aprendeu ao longo da sua vida?
Pensar é algo mais complexo do que podemos imaginar: Aí a frase de René Descartes, filosofo, e matemático francês, nos traz para outra reflexão que contraria Damásio: “Penso, logo existo”.
Esse era o pensamento cartesiano de Descartes que Damásio questiona em seu livro “O Erro de Descartes”, quando coloca que não podemos separar a emoção, sentimento e a razão da função do problema, está tudo incluído na raiz biológica da vida.
O Homem é um ser sentimental que pensa, porém nas organizações as empresas acreditam que o sentimento atrapalha, a questão é, se só a razão predominasse não chegaríamos a uma decisão.
O pensamento é uma das capacidades mais fundamentais que possuímos e desempenha um papel fundamental em nossas vidas, apesar de nos apoiarem na tomada de decisão vale ressaltar que o sentimento é que apoia em uma gestão mais equilibrada e eficaz nos seguintes aspectos:
O pensamento nos permite avaliar diferentes opções e suas consequências. Ao refletirmos sobre nossas escolhas, podemos então tomar decisões mais assertivas em diversas situações, observando por diferentes perspectivas as situações que se apresentam, sejam elas simples ou complexas, sem deixar de ter no radar o que sente e o que é importante.
O pensamento crítico e analítico é essencial para resolver problemas. Quando enfrentamos desafios, a capacidade de pensar de forma lógica e criativa nos ajuda, de fato, a encontrar soluções eficazes e inovadoras. E mesmo com toda a lógica não podemos esquecer do que sentimentos e quais os valores importantes no contexto.
Pensar sobre o próprio pensamento, nos ajuda a perceber nossas emoções, valores e crenças. Essa introspecção é essencial para o crescimento pessoal, permitindo assim que façamos mudanças positivas em nossa vida. O autoconhecimento está junto da autodescoberta e da autoconsciência.
O pensamento também é fundamental para compreender as perspectivas dos outros. Ao refletirmos sobre as experiências e sentimentos alheios, conseguimos desenvolver empatia e assim construir relacionamentos mais saudáveis. Na empatia será importante cultivar a empatia por si mesmo, pois só assim poderá abrir espaço para buscar compreender o outro, mesmo que discorde dele.
A capacidade de pensar nos permite aprender com nossas experiências, sejam elas positivas ou negativas. Essa reflexão nos ajuda a flexibilizar e adaptar nosso comportamento. Dessa maneira, construímos estratégias para enfrentar novas situações no futuro, que podemos chamar de resiliência.
O pensamento é a base da criatividade. Ele nos permite imaginar novas ideias, conceber projetos inovadores e expressar nossa individualidade de maneiras únicas. Vale lembrar que a criatividade surge a partir do que já temos dentro de cada um de nós.
Pensar sobre o futuro nos ajuda a estabelecer metas e planejar ações que nos levarão a alcançá-las. Essa visão de longo prazo é essencial para o sucesso pessoal e profissional, porém precisamos estar abertos para fazer mudanças de rotas, caso seja necessário. Ficar rígido pode nos bloquear o crescimento. O futuro é construído no presente.
Pensar de forma criteriosa sobre questões sociais, políticas e ambientais é, sem dúvida, fundamental para formar cidadãos conscientes e engajados. Isso nos capacita a participar ativamente na sociedade e a buscar por mudanças positivas que começam a partir de nós. Eu não mudo o outro, mas posso mudar em mim e minha mudança causa impacto, no outro e ambos na sociedade.
Em resumo, o pensamento é uma ferramenta poderosa que molda nossa vida em diversos aspectos. Ele influencia nossas decisões, relações, aprendizado e criatividade, além de ser fundamental para nosso desenvolvimento pessoal e social.
Pensar é parte integrante de nossas vidas, quando não pensamos e deixamos a vida nos levar, acabamos entrando em um lugar de tristeza e acusação de que os outros é que estão fazendo errado, se isentando da própria responsabilidade.
Pensar não significa julgar, acusar, avaliar, criticar o outro, pensar é procurar crescimento interno para ser melhor a cada dia e procurar fazer a sua parte no processo de crescimento social.
Quer saber sobre como o equilíbrio entre pensamento e sentimento pode impactar a tomada de decisões e a construção de relações interpessoais no ambiente profissional e pessoal? Como chega para você esse artigo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: A Psicanálise e Suas Conexões com a Comunicação Não Violenta (CNV)
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]]>A Psicanálise é uma abordagem terapêutica desenvolvida pro Sigmund Freud, para compreender o funcionamento da mente humana, enfatizando a importância do inconsciente na formação dos pensamentos, emoções e comportamentos.
A Psicanálise propõe que grande parte do que motiva nossas ações e sentimentos está fora da nossa consciência. O inconsciente abriga desejos reprimidos, memórias e conflitos que influenciam nosso comportamento.
Durante a terapia, os pacientes podem projetar sentimentos e experiências passadas em relação ao terapeuta. Essa dinâmica é usada para explorar relações interpessoais e ajudar no processo de cura.
Freud acreditava que os sonhos são uma via de acesso ao inconsciente, revelando desejos e conflitos ocultos. Podemos observar isso também quando estudamos sobre o espiritismo, em que os sonhos revelam os desejos e conflitos ocultos. Vale ressaltar que em uma das leituras foi colocado que os sonhos são em preto e branco.
A Psicanálise examina como conflitos entre diferentes partes da mente (id, ego e superego) podem levar a problemas emocionais e comportamentais. Para a CNV, esses conflitos internos, ou intrapessoais, nos levam a pensamentos, emoções, sentimentos e comportamentos automáticos e que não são conscientes.
O tratamento psicanalítico geralmente envolve sessões regulares onde o paciente fala livremente sobre seus pensamentos e sentimentos, permitindo que o terapeuta ajude a explorar questões mais profundas. Essa abordagem pode ser chamada de “associação livre de ideias”.
A Psicanálise tem influenciado não apenas a Psicologia, mas também áreas como Literatura, Arte e Cultura.
A Psicanálise e a Comunicação Não Violenta (CNV) se entrelaçam de maneiras interessantes, pois ambas abordam a compreensão das emoções, dos pensamentos e das necessidades humanas. Além disso, a compreensão das dinâmicas intrapessoais, interpessoais e sistêmicas.
Adiante estão alguns pontos que ilustram essa conexão, a saber:
A Psicanálise enfatiza a importância de explorar e entender as emoções, muitas vezes ocultas no inconsciente. Da mesma forma, a CNV busca reconhecer e expressar emoções de maneira autêntica, promovendo uma comunicação mais empática e consciente, saindo do piloto automático.
Tanto na Psicanálise quanto na CNV, há um foco em identificar as necessidades subjacentes que motivam comportamentos. A CNV ensina que, por trás de cada sentimento, há uma necessidade não atendida, enquanto a Psicanálise explora como conflitos internos podem surgir de necessidades não reconhecidas, reprimidas ou não atendidas.
A Psicanálise valoriza a escuta atenta do terapeuta para compreender as experiências e a atenção flutuante do paciente. A CNV promove uma escuta empática, que busca entender o outro, evitando julgamentos, escutando sem misturar, de fato, com o próprio pensamento do psicanalista. Ambas as abordagens reconhecem a importância da empatia na construção de relacionamentos saudáveis. Em ambas, é na escuta que a cura emerge.
A Psicanálise incentiva a expressão dos sentimentos e pensamentos reprimidos, ajudando os indivíduos a se conectarem com seu verdadeiro eu. A CNV também promove a expressão honesta das emoções e necessidades, mas com um foco adicional em evitar a culpa e o julgamento, bem como ressignificar as crenças que não servem mais.
A Psicanálise pode ajudar a entender os padrões de comportamento que levam a conflitos nas relações interpessoais. A CNV oferece práticas para apoiar na resolução de conflitos de forma pacífica, focando na colaboração e na compreensão mútua, tendo como pilar principal as necessidades humanas.
Ambas as abordagens incentivam o autoconhecimento como caminho para o crescimento pessoal. Na Psicanálise, isso ocorre através da exploração do inconsciente, enquanto na CNV, ela acontece por meio da reflexão sobre sentimentos e necessidades.
Em suma, a Psicanálise e a Comunicação Não Violenta se complementam de maneira poderosa, oferecendo práticas valiosas para a compreensão das complexidades humanas.
Ao explorar o inconsciente e as emoções, a Psicanálise nos ajuda a desvendar os padrões que moldam nossos comportamentos e relações. Por sua vez, a CNV nos ensina a expressar essas emoções de forma autêntica e empática, promovendo assim um diálogo mais construtivo e respeitoso com sintonia e conexão.
Integrar essas abordagens em nossas vidas diárias não apenas enriquece nosso autoconhecimento, autodescoberta, autoconsciência e também transforma nossas interações, criando um espaço onde o entendimento mútuo e a empatia podem florescer.
Ao adotarmos essas práticas, estamos então investindo em relacionamentos mais saudáveis e na construção de uma sociedade mais consciente. Portanto, ao refletirmos sobre nossos pensamentos, emoções, sentimentos, necessidades, e ao nos comunicarmos de maneira mais eficaz, damos um passo importante em direção ao nosso crescimento pessoal e ao fortalecimento das conexões humanas.
Que possamos continuar explorando essas interseções para promover um mundo mais empático, respeitoso e com menos conflitos desnecessários.
Quer saber sobre como a Psicanálise e a Comunicação Não Violenta (CNV) abordam o autoconhecimento e o que cada uma considera essencial para o crescimento pessoal? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: O Desafio de Ser Verdadeiro: Como Equilibrar Sinceridade e Empatia
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