O post Como Você Lida com a Raiva Quando Alguém Diz “Foi Sem Querer”? apareceu primeiro em Cloud Coaching.
]]>Você explode ou procura elaborar lhe dando autoempatia e daí poder lidar com a situação de forma assertiva e consciente?
Uma das coisas que costumamos fazer ficar furioso com o outro e ele diz que foi sem querer e não faz nada sobre isso ao mesmo tempo responsabilizamos o outro pela situação, acreditando que também nada tenho de responsabilidade com a situação porque não fui eu quem provocou.
Aí entra a CNV como uma forma de dar clareza, que tanto eu quanto o outro temos responsabilidades diante da situação e ambos precisamos olhar e desculpar-se mutuamente. Nesse sentido estes dias vi um vídeo do Simon Sinek colocando sobre isso, ou seja, mesmo quando faço algo que seja sem querer, preciso expressar que sinto muito, ou seja, pedir desculpas significa eu me responsabilizar pelo que fiz ou falei, mesmo não sendo de proposito e acreditando que esteja errada, mas minha atitude ou fala teve um impacto e continua sendo minha responsabilidade, pois partiu de mim.
A CNV nos mostra que a raiva é um alerta de necessidades não atendidas e propõe um caminho para lidar com ela que vai além de explosões ou retraimento: oferecer espaço para observar, sem julgamento, nomear o sentimento, reconhecer a necessidade não atendida ligada ao sentimento e, finalmente, se for possível, fazer um pedido concreto, claro, objetivo e no positivo, para o outro ou para mim mesmo.
Diante da raiva será importante buscar o caminho da autoempatia em primeiro lugar, pois só damos o que recebemos.
A CNV convida à autoempatia e à investigação das próprias escolhas e percepções na situação.
O caminho que a CNV propõe ajuda a transformar gatilhos de explosões ou engolir a raiva se retraindo de forma a termos conversas autênticas e construtivas, cuidado para não repetirmos padrões reativos e buscando promover vínculos mais respeitosos e empáticos.
Um bom exercício, diante de situações assim, é se perguntar: “O que em mim impactou essa fala ou atitude? O que eu esperava que tivesse acontecido?”
Essa pergunta muda o contexto da conversa, saindo da culpa para a responsabilidade mútua — o espaço onde o diálogo verdadeiro acontece.
Quando ambos se permitem reconhecer o próprio impacto, sem buscar culpados, abre-se a possibilidade de reparar sem punição.
Pedir desculpas, mesmo quando “não foi de propósito”, é um ato de vulnerabilidade e maturidade emocional. É reconhecer que nossas ações tocam o outro e que isso importa. Quando a conversa se apoia nesse reconhecimento, deixamos de disputar quem tem razão e passamos então a cuidar da relação como um campo compartilhado de aprendizado e criamos outra possibilidade.
Precisamos aprender que em qualquer situação somos todos responsáveis e na medida que observamos nossas falas e atitudes independentemente de ter sido feito com intenção ou sem querer, pois o que eu faço ou falo impacta o outro e o outro me impacta.
Como você recebe essa reflexão, deixe seus comentários.
Quer saber mais sobre como lidar com a raiva de forma madura, consciente e alinhada à CNV para transformar conflitos em diálogo verdadeiro? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: Como Estabelecer Limites com Empatia: Use a CNV para Criar Relações Mais Saudáveis e Equilibradas
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]]>A CNV nos ensina a importância de aprendermos a dizer “não”, sem que precisemos ser grosseiros. A importância dos limites está diretamente relacionada a dizer “não” para o outro e “sim” para mim, como uma forma de preservar minha saúde emocional, autoestima e autoconfiança. Porém, impor limites é, muitas vezes, difícil e desconfortável porque temos medo de magoar o outro, e isso nos gera culpa.
É aí que a Comunicação Não Violenta (CNV) surge como uma poderosa maneira para podermos expressar nossos limites com clareza e, ao mesmo tempo, manter uma conexão empática com o outro.
São as nossas fronteiras pessoais em que buscamos cuidar das nossas necessidades, valores e sentimentos. Os limites nos ajudam a trazer clareza na definição do que é aceitável para nós e dessa forma evitar o ressentimento. Mostrar limites não é um ato de agressividade, mas, sim, um ato de amor-próprio e respeito, tanto por si quanto pelo outro.
À medida que aprendemos a dar limites ao outro, na verdade estamos aprendendo sobre nós mesmos.
A CNV, desenvolvida por Marshall Rosenberg, ao contrário do que muitos pensam, não é um conjunto de passos, mas um processo no qual aprendemos a tornar nossa comunicação mais autêntica e compassiva.
Isso acontece quando observamos sem julgar — o que é muito difícil —, mas somos convidados a colocar uma lupa e ampliar esses julgamentos, procurando investigar o que está por trás das palavras. Assim, aprendemos a expressar nossos sentimentos, identificar nossas necessidades e fazer pedidos claros.
Saímos dos próprios erros e dos erros dos outros para necessidades não atendidas, sendo uma forma para estabelecer limites, evitando culpar, criticar ou criar defesas desnecessárias.
Um exemplo: ao invés de dizer para o outro “Você me atrapalha quando me interrompe para perguntar”, é dizer: “quando você interrompe enquanto eu falo (observação), me sinto frustrado (sentimento) porque preciso de espaço para expressar meus pensamentos (necessidade). Você estaria disposto a me deixar terminar antes de perguntar? (pedido)”. Essa é uma forma de estabelecer limite, sem ser grosseiro, de modo que o outro não leve como critica.
Uma das coisas que mais gostei quando comecei minha jornada na CNV foi perceber que a CNV nos ajuda a ouvir o “não” do outro sem levar para o lado pessoal, cultivando a empatia e o respeito mútuo.
Podemos entender que todos nós precisamos dar e receber limites, pois são vias de mão dupla e, à medida que os compreendemos, podemos expressar nossas necessidades, escutar as do outro e construir relações mais equilibradas e saudáveis. Em uma das minhas imersões, aprendi “que é sair da briga para uma dança”.
Tudo isso nos permite cuidar de nós mesmos e, ao mesmo tempo, manter a conexão com quem desejamos ou precisamos.
Em resumo, estabelecer limites não é apenas um desafio, mas uma oportunidade para nos comunicarmos de forma mais verdadeira e compassiva. A Comunicação Não Violenta nos guia nesse caminho, mostrando que é possível dizer “não” e, ao mesmo tempo, dizer “eu me importo com você”.
Todos nós precisamos nos sentir pertencentes e, ao mesmo tempo, queremos dar importância a nós mesmos, sem precisar ceder, mas buscando atender às necessidades tanto nossas quanto do outro, mantendo uma conexão genuína.
Quer saber mais sobre como estabelecer limites com empatia e fortalecer suas relações por meio da Comunicação Não Violenta (CNV)? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: Quer Mudança? Descubra Por Que Ela Começa em Você!
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]]>Nas vezes em que fica com raiva de alguém por algo que essa pessoa tenha feito ou falado, isso o leva para um lugar de insatisfação com o outro, fazendo você acreditar que é ele o responsável pelo que sente e que é ele quem precisa mudar.
Quando isso acontece, sentimos incômodo, raiva, ódio ou frustração diante da fala ou atitude de alguém que, para você, parece rude, indiferente ou insensível.
Na grande maioria das vezes, nossa primeira reação é desejar que essa pessoa mude, que seja mais gentil ou compreensiva. Mas e se você percebesse que a responsabilidade por como reage à fala ou à atitude do outro é sua, e que a mudança começa em você mesmo?
Comecemos por uma frase que costumo utilizar nas oficinas de CNV, do filósofo Ralph Waldo Emerson, do século XIX:
“Suas atitudes falam tão alto que não consigo ouvir o que você diz”.
Essa frase mostra que as ações da pessoa são mais relevantes e reveladoras do que as suas palavras. A ideia central é reforçar que o comportamento e a conduta podem contradizer o que é expresso verbalmente — e que são as ações que definem quem a pessoa realmente é.
Ou seja, essa frase nos leva à importância da coerência entre a fala e a ação, pois as atitudes demonstram um peso maior do que as palavras — em outras palavras, ser o exemplo.
Na medida em que você escolhe agir com gentileza e empatia, mesmo diante de situações difíceis, acaba sendo uma influência positiva para quem está à sua volta. A gentileza gera gentileza — e é contagiante. Um gesto simples pode transformar o clima de uma conversa, aliviar tensões e abrir espaço para o respeito mútuo.
Antes de você esperar que o outro mude, vale olhar para dentro de si e se questionar:
“Estou sendo gentil? Estou reagindo com empatia ou apenas replicando hostilidade?”
A autorreflexão é fundamental para que você possa evoluir enquanto pessoa e promover relações mais saudáveis.
Ao buscar compreensão, escuta e respeito, as diferenças tornam-se oportunidades de crescimento. Quando você muda, o outro percebe seu esforço e, frequentemente, responde de maneira semelhante. Ambos impactam o ambiente em que estão inseridos. Ser o primeiro a pedir perdão, oferecer ajuda ou sorrir são pequenos gestos que podem se transformar em pontos de partida para grandes mudanças.
Assim, se você quer um ambiente mais harmonioso e com mais gentileza, comece sendo mais gentil e autêntico. A verdadeira transformação começa quando você decide ser essa mudança.
Na medida em que age com empatia e gentileza, você não apenas melhora suas relações, mas também inspira, cura feridas e ajuda a resolver conflitos ao seu redor.
Afinal, mudar o mundo começa por mudar a si mesmo.
Quer saber mais sobre como iniciar sua mudança interior e inspirar o outro pelo exemplo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: Como a Comunicação Não Violenta (CNV) fortalece a autoconsciência em tempos de julgamento e intolerância
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]]>De que maneira a Comunicação Não Violenta (CNV) Contribui para a Autoconsciência?
O convite da CNV é que olhemos para dentro de nós mesmos com mais profundidade e compaixão.
Aprendemos a observar o que está acontecendo e revisitando o julgamento que fazemos em 1,2 milésimos de segundos, daí ressignificando os rótulos e as interpretações. Para que possamos exercitar a autoconsciência, precisamos prestar atenção aos nossos próprios pensamentos, sentimentos e reações sem nos criticarmos por tê-los.
Por exemplo, em vez de pensar “Eu sou preguiçosa porque não me levantei cedo”, a CNV nos encorajaria a observar: “Eu não levantei cedo”. Essa simples mudança de perspectiva já nos liberta de um julgamento interno e abre espaço para autorresponsabilidade e termos novas perspectivas.
A CNV nos apoia para que identifiquemos e possamos nomear nossos reais sentimentos. Diversas vezes, confundimos sentimentos com não sentimentos, que na verdade são pensamentos com julgamentos.
Por exemplo quando eu digo “Eu me sinto ignorado” é avaliação do que eu acho que o outro esteja fazendo comigo, o que chamamos de pseudosentimentos e não nos conectamos com o real sentimento que pode ser tristeza, frustração, etc. Ao nos conectarmos com nossos sentimentos, ganhamos uma compreensão mais clara de nossas experiências internas. Para a autoconsciência, isso significa reconhecer: “Quando eu não levantei cedo, eu me sentia cansada.”
O coração da CNV, pois por trás de cada sentimento, existe uma necessidade precisa ser atendida ou não atendida. Se prestar a atenção os sentimentos que temos quando nossa necessidade é atendida e é diferente quando não a atendemos.
Ao identificarmos nossos sentimentos, podemos perguntar: “Que necessidade minha está por trás desse sentimento?”. No exemplo anterior, o cansaço pode estar ligada a necessidades de descanso, recuperação ou suporte.
Quando reconhecemos nossas necessidades nos ajuda a entender o que é realmente importante para nós, promovendo uma autoconsciência profunda sobre nossos valores e motivações.
Precisamos ser claros, objetivos e no positivo para que seja possível atender às nossas necessidades. No contexto da autoconsciência, isso pode significar fazer um pedido a nós mesmos, ou seja, o pedido não necessariamente precisa ser feito a outra pessoa se não puder: Daí você busca o pedido dentro de você. “Para atender à minha necessidade de descanso, eu me comprometo a ir para a cama mais cedo hoje à noite.”
Não precisamos usar os 4 elementos nessa ordem, na medida que praticamos a CNV e sim a busca pela autoconsciência.
O cenário atual, marcado por polarização, julgamento rápido e intolerância, é exatamente onde a CNV pode ter um impacto transformador, visto ser uma abordagem relacional e a linguagem do coração.
A CNV nos ensina a observar sem julgar. Essa habilidade, quando aplicada internamente, nos ajuda a reconhecer nossos próprios preconceitos, rótulos, vieses, pensamentos automáticos e julgamentos sobre nós mesmos e sobre os outros. Ao nos tornarmos mais conscientes disso, podemos começar a desconstruir esses padrões e cultivar mais autocompaixão.
Quando nos deparamos com o julgamento e a intolerância conosco e consequentemente com o outro, a CNV nos oferece uma forma de responder sem retaliar ou nos fechar nos mecanismos de defesa. Em vez de reagir com mais julgamento, podemos tentar:
Em suma, a CNV nos apoia para uma autoexploração mais profunda e gentil, ao mesmo tempo em que nos oferece um mapa para interagir com o mundo de uma forma que possa apoiar a redução de conflito, promova a empatia e trabalhe a intolerância, que muitas vezes começa conosco.
A confusão sobre autoconsciência várias vezes se deve à mistura entre autoavaliação e autoconsciência verdadeira. Diversas pessoas acreditam que ser autoconsciente significa apenas saber o que sentem ou pensam, mas ser autoconsciente vai além disso. Envolve buscar perceber suas próprias motivações, reconhecer como suas emoções influenciam, suas ações, comportamentos e perceber como você é percebido pelos outros, isso fazendo parte do processo de autoconhecimento.
Essa compreensão profunda costuma ser desafiadora, pois exige vulnerabilidade e disposição para confrontar aspectos de si mesmo que podem ser desconfortáveis.
Além disso, a autoconsciência não é estática; é um processo contínuo de crescimento e aprendizado. Por isso, é normal se sentir perdido em alguns momentos, mas o importante é continuar explorando.
Desaprender para aprender!
Quer saber mais de que forma a prática da CNV pode transformar a maneira como você lida com seus julgamentos e os dos outros? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: O que a Resistência Pode Provocar Diante de uma Comunicação Desafiadora?
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]]>A resistência faz parte do ser humano, pois ativa mecanismos de defesa presentes em todos nós, especialmente diante de situações ou conversas difíceis e desafiadoras.
A resistência está relacionada às nossas crenças que, quando engatilhadas, podem se tornar rígidas, ficando diretamente conectadas às necessidades: atendidas, não atendidas ou parcialmente atendidas.
Quando sentimos resistência em uma comunicação, seja da nossa parte ou da do outro, uma série de mecanismos são então acionados e nenhum deles é confortável. Um dos mais marcantes é o julgamento, do qual não abrimos mão por orgulho. O outro precisa sofrer o que fez comigo e então não tem conversa que possa seguir em frente, a não ser que um dos dois se permita sair desse lugar.
A resistência funciona como um muro. As palavras podem não fluir, as ideias não se conectam, e a conversa simplesmente para ou então se torna superficial. Na CNV, dizemos que as palavras podem ser janelas ou muros.
Em vez de resolver, a resistência pode escalar a situação. A pessoa que sente a resistência pode se fechar ainda mais, ou reagir de forma defensiva, o que, por sua vez, pode gerar mais resistência no outro. E Friedrich Glasl descreve que existem nove estágios que representam a intensificação de um conflito, divididos em três níveis principais: ganha-ganha, ganha-perde e perde-perde.
Diante da resistência, tendemos a preencher as lacunas com nossas próprias interpretações, frequentemente distorcidas e negativas. Podemos supor que o outro está sendo teimoso, desinteressado ou até mesmo hostil, quando, na verdade, pode haver outras necessidades não atendidas. Porém, quando o conflito já foi escalado, dificilmente damos espaço para percebê-las.
Tanto para quem resiste quanto para quem tenta comunicar, a sensação pode ser de estar “batendo cabeça” ou de não ser compreendido. Isso gera frustração e pode levar à desistência da comunicação, a desistência do outro, por considerá-la uma forma mais fácil, acreditando que resolve o problema “quando acha que esquece”, mas ele estará diante de você novamente, na primeira oportunidade.
A resistência persistente em conversas importantes pode minar a confiança e a intimidade entre as pessoas, criando assim uma distância emocional, possivelmente levando à demissão, mudança de área ou término da relação.
Se não abordamos a resistência, então os mesmos padrões de comunicação desafiadora tendem a se repetir, impedindo o crescimento e a evolução do relacionamento, levando isso ao longo da vida, sem se dar conta de que estamos fugindo.
Lidar com resistência, seja própria ou alheia, consome muita energia emocional. Isso pode gerar estresse, ansiedade e até mesmo um sentimento de esgotamento. Além disso, essa sobrecarga pode refletir no corpo, desencadeando doenças como gastrite, úlceras, sinusites, resfriados, dores de garganta e até câncer.
Resolvi trazer esse tema, pois venho trabalhando nele de forma recorrente e uma das coisas que precisamos perguntar a nós mesmos é: em que momento da situação eu deixei de ser responsável por esse conflito?
É aí que entra a CNV e como ela pode nos apoiar no processo de reaprender a se comunicar.
A CNV, criada por Marshall Rosenberg, traz uma abordagem relacional para transformar essas dinâmicas. Ela nos convida a focar em observações destituídas de julgamentos moralizadores, identificar nossos sentimentos, reconhecer quais necessidades precisam ser atendidas e que definir que pedidos gostaria de fazer ao outro. Essa prática se aplica tanto a nós mesmos quanto ao outro.
Para ajudar a reaprender a se comunicar, podemos usar a CNV de várias formas, a saber:
Quando você sentir resistência em falar ou ouvir, pare e então se pergunte: “O que estou sentindo agora? Que necessidade minha não está sendo atendida que me leva a resistir?”. Pode ser a necessidade de segurança, de ser compreendido, de evitar conflito etc.
Reconheça que sentir resistência é humano. Em vez de se julgar, acolha essa sensação. Diga a si mesma: “Está tudo bem sentir isso. É um sinal de que algo importante está em jogo para mim.”
Antes de reagir, respire fundo e busque identificar qual necessidade sua está por trás da resistência. Isso já pode começar a diminuir a tensão.
Quando o outro demonstra resistência (se fecha, fala mais grosso, evita o assunto), o primeiro passo é escutar além das palavras. Ou seja, ouvir sem misturar com nossos próprios pensamentos e sem já preparar uma resposta, mas sim se perguntar: O que ele pode estar sentindo? Que necessidades dele podem não estar sendo atendidas?
Exemplo: Se alguém se fecha em uma conversa, então você pode buscar dizer: “Percebo que você ficou mais quieto agora. Você está se sentindo desconfortável com o que estamos conversando? Talvez a necessidade de se sentir seguro ou de ter tempo para processar seja importante para você neste momento?”
A resistência muitas vezes vem de uma necessidade não atendida, e a pessoa está usando uma estratégia (fechar-se, gritar) para tentar atendê-la. A CNV nos ensina a focar na necessidade subjacente. E se não sei qual a minha necessidade, então muito provavelmente minha estratégia será um tiro no pé.
Exemplo: Em vez de pensar “Ele está sendo teimoso”, então pense “Ele pode estar precisando de autonomia ou de ser ouvido antes de concordar”.
Antes de insistir em um ponto, você pode perguntar, por exemplo: “Você estaria aberto(a) a ouvir o que eu tenho a dizer sobre isso?” ou “Seria um bom momento para falarmos sobre este assunto?”. Isso dá ao outro a chance de se preparar e de se sentir mais no controle.
Quando for sua vez de falar, use a estrutura da CNV:
Faça um pedido claro e concreto. “Você estaria disposto(a) a me explicar melhor o que quis dizer com isso?” ou “Podemos encontrar um momento mais calmo para conversar sobre isso?”. E também precisamos estar abertos a ouvir um não, ou seja, sem a expectativa de ouvir um sim, entendendo que isso não é nada pessoal.
Em resumo, a CNV nos ensina que a resistência é um sinal de que alguma necessidade importante não está sendo atendida. Em vez de lutar contra ela, podemos transformá-la em um convite para uma escuta mais profunda e para a autoconsciência. Além disso, ela pode servir como ponto de partida para a busca de novas formas de atender às necessidades de todos os envolvidos.
É um processo de reaprender a se conectar, priorizando a compreensão mútua e o respeito.
E você, como tem lidado com suas resistências na comunicação?
Quer saber mais como lidar com a resistência para transformar conversas desafiadoras e difíceis em oportunidades de conexão? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: Autocompaixão e Compaixão: Por que Precisamos das Duas em um Mundo Interdependente
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]]>Hoje estava vendo uma aula e veio uma citação de Buda que me fez refletir sobre a compaixão e como as pessoas me perguntam como sentir compaixão mesmo quando estão sofrendo.
“Uma mulher perdeu seu único filho e pediu para Buda ajudá-la a trazê-lo de volta. Então Buda pediu que ela fosse até o vilarejo e pedisse uma semente de mostarda de todas as casas que não tivessem tido uma perda. A mulher voltou sem nenhuma semente, pois não existia nenhuma casa sem perdas.”
Dessa forma, a mulher compreendeu o princípio da morte.
Muitas vezes, não conseguimos resolver os problemas alheios, mas apenas estando presentes, oferecendo um abraço ou um ombro amigo, podemos proporcionar conforto ao outro.
No entanto, é essencial reconhecer que também podemos praticar a autocompaixão. Muitas vezes, nos colocamos na posição de vítimas ou nos martirizamos por erros cometidos. Quando nos sentimos vítimas, acreditamos que não temos responsabilidade pelo que ocorreu, o que pode nos trazer um benefício secundário. Por outro lado, quando nos martirizamos, assumimos o papel de culpados ou envergonhados, o que dificulta assumir uma nova perspectiva.
Vale lembrar que somos responsáveis pelas situações que vivemos, pois os meus pensamentos criam meus sentimentos, que por sua vez moldam a realidade. Muitas vezes, atraímos o que não queremos devido à nossa mentalidade.
Se não conseguir mudar imediatamente, tudo bem; isso é normal. Mudar não é fácil e exige disciplina, persistência e determinação.
Além disso, é importante entender que o que atraímos pode ser um sinal para refletirmos sobre o que precisamos mudar em nós mesmos. Muitas vezes, as características que não gostamos nos outros são reflexos da nossa própria sombra.
Kristin Neff, especialista em desenvolvimento humano pela Universidade de Berkeley, destaca que, para cultivarmos a autocompaixão, precisamos de autoconhecimento e do exercício da compaixão. Isso nos ajuda a nos libertar de sentimentos como frustração, culpa ou vergonha.
Muitas vezes, projetamos nossas falhas nos outros para satisfazer nosso ego. O medo de enfrentar a verdade sobre nós mesmos nos leva a nos esconder. A compaixão que oferecemos a nós mesmos deve ser igual à que damos aos outros, pois compartilhamos uma condição humana imperfeita e vulnerável.
Kristin Neff afirma que “qualquer experiência emocional, seja ela leve ou intensa, causa dor”.
É quando percebo que existe sofrimento no mundo — e não só o meu único e exclusivo sofrimento. Dessa forma, sou capaz de sair do meu desespero para a compaixão e ampliar a perspectiva do que está além de mim.
Ser compassivo é poder perceber que todos nós erramos, que todos nós julgamos em qualquer instância. Nossa tendência é apontar o dedo para o outro, sem ao menos olhar para dentro de nós mesmos e em várias situações pensar: Ah! Eu não sou igual a ele ou a ela!
Essa é uma afirmação que precisa ser questionada, pois cada um de nós, de alguma forma, já cometeu erros e possui sua própria régua. Quando julgamos o outro, qualquer pessoa também terá o mesmo direito de nos julgar — seja por qualquer coisa.
O sofrimento salta aos olhos, mas só é buscado o que é bom e legal. A tendência é pensar que o sofrimento do outro não me diz respeito, eu não fiz nada para isso acontecer ou dizer ele mereceu. Porém, tenho algo a dizer: somos seres interdependentes, nada acontece que não reflita em nós de volta, por mais que não se perceba. Somos uma unidade dentro do todo.
Este artigo é um convite à reflexão: que tipo de mundo estamos ajudando a construir, em que valorizamos apenas o que é bom e agradável, ignorando a parte que sofre em silêncio?
Quer saber mais como a autocompaixão e a compaixão podem transformar a forma como você lida com a dor, a culpa e os julgamentos — e te ajudar a se reconectar consigo mesmo e com os outros com mais leveza e humanidade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: Resiliência: O Poder de se Adaptar e Crescer em Tempos de Desafios
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]]>A resiliência é um conceito fascinante que as pessoas confundem com traço de personalidade. Trata-se de uma habilidade dinâmica que todos podemos desenvolver e aprimorar ao longo da vida.
Ao contrário da ideia comum de que resiliência é simplesmente suportar dificuldades e retornar ao estado anterior, ela envolve uma flexibilidade mental que nos permite enfrentar desafios, encontrar soluções criativas e nos adaptar às mudanças.
Quando estamos sob pressão, a resiliência se torna nossa aliada mais poderosa. Sem ela, podemos tomar decisões impulsivas que afetam negativamente nossas relações pessoais e profissionais.
Para cultivar essa habilidade, é essencial estarmos atentos aos Modelos de Crenças Determinantes (MCDs). São modelos fundamentais no Processo de Coaching e Mentoria em resiliência, apoiados pela Neurociência e pela Comunicação Não Violenta.
Os MCDs nos ajudam a identificar padrões de comportamento, como a intolerância, passividade e equilíbrio, possibilitando criar um mapa para desenvolver nossa resiliência em momentos desafiadores.
A resiliência científica, fundamentada em princípios da Psicologia e Neurociência, nos capacita a lidar com adversidades e, ao entender o estresse, identificar fatores protetores e desenvolver habilidades práticas para enfrentar crises. Além disso, destaca a importância da rede de apoio social e do autocuidado na manutenção da saúde mental.
Com uma mentalidade de crescimento, aprendemos a ver desafios como oportunidades, cultivando assim uma perspectiva positiva que nos fortalece diante das dificuldades.
A Neurociência tem uma influência significativa na compreensão da resiliência relacional, que se refere à capacidade de manter relacionamentos saudáveis e funcionais, mesmo diante de situações estressoras e desafios.
A Neurociência mostra que o cérebro é plástico, ou seja, é capaz de se adaptar e mudar ao longo do tempo. Isso significa que, com prática e esforço, as pessoas podem desenvolver habilidades emocionais e sociais que fortalecem seus relacionamentos, buscando crenças inovadoras para poder lidar com o caos, estresse e adversidades.
Estudos em Neurociência indicam que áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal e a amígdala, estão envolvidas em processos de empatia e conexão social. Quando entendemos melhor como essas áreas funcionam, podemos então cultivar a empatia e melhorar a comunicação nos relacionamentos. Vale lembrar que nosso cérebro tem redes neurais de empatia e que quando não são usadas não se desenvolvem.
A resiliência relacional muitas vezes depende da capacidade de regular emoções, ou seja, do autocontrole. A Neurociência identifica mecanismos cerebrais que ajudam na regulação emocional, permitindo que as pessoas respondam a conflitos de maneira mais construtiva.
O estresse pode impactar negativamente os relacionamentos. A Neurociência ajuda a entender como o estresse afeta o cérebro e o comportamento, permitindo dessa maneira identificar necessidades e buscar estratégias para gerenciar o estresse e proteger a saúde dos relacionamentos.
A pesquisa sobre oxitocina, o “hormônio do amor”, fornece insights sobre como os vínculos afetivos são formados e mantidos. Compreender esses processos pode, sem dúvida, ajudar as pessoas a fortalecerem suas conexões interpessoais.
A Neurociência também apoia práticas como mindfulness, que podem aumentar a consciência emocional e promover interações mais saudáveis entre as pessoas.
Essas descobertas ajudam não apenas no processo de autoconhecimento e autodescoberta, mas também em contextos cotidianos, oferecendo ferramentas para construir relacionamentos mais resilientes e satisfatórios e ressignificando traumas.
Por fim, a resiliência científica nos fornece ferramentas valiosas para superar obstáculos com confiança e eficácia.
Então, como anda sua resiliência? Quais dos 8 Modelos de Crenças Determinantes (MCDs) você já reconhece em si mesmo — e quais ainda precisa, de fato, desenvolver para fortalecer sua resiliência diante dos desafios? Está pronto para explorar maneiras de fortalecê-la ainda mais?
Quer entender melhor como aplicar os 8 Modelos de Crenças Determinantes para fortalecer a resiliência em sua vida pessoal e profissional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
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Confira também: O Ciclo do Medo: Como o Receio de Julgamentos Transforma Erros em Barreiras Emocionais
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]]>O medo de errar é uma emoção universal que afeta a vida pessoal e profissional. Podemos perceber que o medo cria uma barreira psicológica, prejudicando a saúde mental.
Errar pode levar as pessoas a se fecharem devido ao medo de julgamentos e à pressão social. O medo do erro pode nos levar à sensação de culpa, paralisação ou embotamento. Muitas pessoas têm tanto medo que podem chegar à fobia social, na qual, diante de certas situações, muitas sensações podem surgir, como algumas abaixo:
Quando alguém comete um erro e sente que será criticado ou rotulado por isso, é comum que essa pessoa se torne mais cautelosa e evite situações em que possa falhar novamente.
O medo pode ser, de fato, alimentado por estereótipos e expectativas sociais, fazendo com que a pessoa sinta que não é boa o bastante ou que não pode atender às normas sociais impostas.
Esse ciclo de medo e evitação pode resultar em baixa autoestima, pois a pessoa começa a internalizar a ideia de que seus erros definem seu valor. Com o tempo, isso pode levar a sentimentos de inadequação, tristeza e até depressão. A sensação de estar constantemente sob julgamento pode ser extremamente desgastante, afetando não apenas a saúde mental, mas também as relações sociais e a capacidade de engajar-se em novas experiências.
Promover um ambiente onde as falhas sejam vistas como oportunidades de crescimento, em vez de motivos para crítica, certamente pode ajudar a quebrar esse ciclo negativo. Ter apoio emocional e um espaço seguro para expressar vulnerabilidades também é essencial para restaurar a autoestima e combater assim esses sentimentos.
A pressão social e o medo de errar podem levar a sentimentos de baixa autoestima. Quando nos sentimos inadequados por causa de erros passados, nossa autovalorização pode despencar e criar um ciclo vicioso, onde o medo de errar nos impede de buscar novas experiências, nos levando a uma vida mais limitada e à possibilidade de desenvolver problemas mais sérios, como a depressão.
Criar um ambiente mais acolhedor e menos crítico é fundamental para ajudar aqueles que estão lutando com esses sentimentos. Ressignificar o erro pode ser o primeiro passo para uma autoestima mais saudável e uma vida mais plena.
Cultivar a compaixão e a autoconfiança é fundamental para lidar com erros de maneira saudável. Quando desenvolvemos a compaixão, aprendemos então a ser mais gentis conosco mesmos. Isso significa que, ao cometer um erro, em vez de nos criticarmos severamente, somos capazes de nos tratar com compreensão e aceitação.
Essa atitude nos permite aprender com a situação, em vez de ficarmos presos na culpa e/ou na vergonha.
A autoconfiança, por sua vez, nos dá a coragem de enfrentar os desafios e a disposição de seguir em frente após um erro. Quando acreditamos em nossas habilidades e sabemos que podemos superar dificuldades, sem dúvida é mais fácil ver os erros como oportunidades de crescimento, em vez de fracassos definitivos.
Juntas, essas qualidades criam um ciclo positivo: quanto mais compassivos e confiantes somos, mais estamos dispostos a arriscar e aprender com nossos erros. Isso não só melhora nosso bem-estar emocional, mas também nos ajuda a desenvolver resiliência e adaptabilidade ao longo da vida.
Você já teve alguma experiência em que isso fez diferença para você?
Deixe nos comentários suas experiências.
Quer saber mais sobre como ressignificar o medo de errar, e desenvolver sua autoconfiança para viver com mais leveza e liberdade emocional? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: Você Está Presente em Suas Interações ou Apenas Espera para Responder?
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]]>Você já reparou quantas vezes alguém está falando algo e quando ele acaba normalmente tem alguém que pergunta algo que a pessoa já falou?
Quantas vezes você já percebeu que mesma pergunta ou a mesma fala é repetida por outras pessoas porque ninguém escutou quem falou ou quem perguntou?
Porque na verdade não se está presente. Podemos observar esse fenômeno em diversas situações:
Segundo Daniel Kahneman, autor do livro Rápido e Devagar duas formas de pensar colocar que vivemos 95% do nosso tempo no automático, que foi dado o nome de Sistema 1 e apenas 5% do tempo no esforço, no sistema 2, ou seja, no presente.
Normalmente só ficamos no sistema 2 quando começamos a aprender algo novo, quando mudamos de caminho, quando começamos em uma nova empresa, aprender a dirigir e depois que nos acostumamos ou aprendemos vamos para o sistema 1 de novo. O que é bom lembrar que estar presente é estar no sistema 2 para podermos prestar atenção às pessoas.
Marshall Rosenberg, o criador da Comunicação Não Violenta (CNV), aborda o estado de presença como um componente fundamental para a prática da CNV. Para ele, estar presente significa estar totalmente consciente e atento ao que está acontecendo dentro de nós e ao nosso redor, permitindo uma conexão mais profunda com os outros.
A presença começa com a autoconsciência, onde nos tornamos cientes de nossos próprios sentimentos, necessidades e reações. Essa consciência nos ajuda a nos conectar com nossas emoções sem julgamentos, desenvolvendo uma abertura para o outro;
Estar presente também envolve a capacidade de escutar os outros com empatia. Isso significa prestar atenção não apenas às palavras que estão sendo ditas, mas também ao que está por trás delas, as necessidades e sentimentos. Essa escuta empática é fundamental para criar um espaço seguro para o diálogo. Podemos dizer que é escutar, sem misturar com o próprio pensamento, ou seja, estado de presença;
Rosenberg enfatiza que a presença na CNV requer uma atitude de não julgamento. Estar presente implica suspender críticas e interpretações, permitindo que a comunicação flua de maneira mais livre e honesta. Porém o julgamento é inerente e julgamos em 1,2 milésimos de segundos. O que podemos fazer é colocar uma lupa e revisitar esse julgamento para ampliar a perspectiva;
A prática da CNV visa estabelecer conexões genuínas entre as pessoas. O estado de presença facilita esse processo, pois permite que as interações sejam mais autênticas e significativas;
A presença está ligada à intenção que trazemos para as nossas interações. Rosenberg sugere que é importante nos perguntar qual é a nossa intenção ao comunicar algo, se é promover compreensão, conexão ou resolver um conflito.
É possível dizer que o estado de presença pode contribuir para que possamos curar feridas antigas e a evitar novas.
Essa presença não só melhora a qualidade da comunicação, mas também promove um ambiente onde todos se sentem escutados e respeitados.
Estar presente é estar conectado consigo mesmo e com o outro, buscando limpar o que está passando na sua cabeça, que não é o que o outro está falando. Escutar requer atenção e dessa forma damos importância ao outro que está na nossa frente.
E você escuta para entender ou escuta para responder?
Quer saber mais sobre como o estado de presença pode melhorar a comunicação e fortalecer as relações interpessoais? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: Valores em Harmonia: A importância dos Valores na Vida e no Desenvolvimento Pessoal
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]]>Você sabe quais são seus valores?
Quando você se irrita com o outro ou com alguma situação, você consegue perceber quais dos seus valores estão sendo inferidos?
Também podemos entender o valor como necessidades humanas universais, termo utilizado pela CNV. Ele é profundo, e cada um de nós o percebe de formas diferentes. Nos valores estão inseridos crenças, cultura, ambiente socioeconômico e social, bem como família, experiências e vivências.
Podemos observar os valores sob vários aspectos:
Cada um de nós possui um valor intrínseco, que é independente de qualquer coisa. Podemos dizer que ele é inerente à condição humana e está ligado à dignidade e ao respeito que todos nós, de fato, merecemos por sermos humanos.
O valor de uma pessoa também pode ser percebido nas relações que ela estabelece com os outros. Isso envolve a capacidade de amar, conectar-se e impactar a vida das pessoas ao seu redor. O valor relacional enfatiza a importância das interações humanas e como elas moldam nosso sentido de valor.
Podemos medir o valor de uma pessoa pelas contribuições que ela faz à sociedade, seja por meio do trabalho, da arte, do voluntariado ou então em pequenas ações cotidianas que fazem a diferença na vida dos outros. Isso inclui o impacto positivo que uma pessoa pode ter em sua comunidade ou no mundo.
Dentre eles, podemos destacar o altruísmo, que está intrínseco em muitas pessoas, para as quais fazer o bem é primordial. Se fizermos um paralelo com diversas religiões, há uma frase significativa que diz: “Sem a caridade não há salvação.
A forma como uma pessoa se vê e se valoriza também influencia seu próprio sentido de valor. É assim que ela percebe sua autoconfiança, seu amor-próprio e sua autoaceitação, elementos fundamentais para reconhecer o próprio valor, independentemente das opiniões externas.
Todas as pessoas no mundo, independentemente do país, cultura, raça ou classe social, possuem um conjunto de valores humanos universais, por exemplo, respeito, honestidade, empatia e justiça, que orientam o comportamento e a tomada de decisões. Por consequência, esses valores moldam a identidade da pessoa e influenciam como ela se relaciona com os outros.
Na CNV, dizemos que esses valores norteiam nossa vida e que, quando inferidos, geram-se os conflitos.
Muitos buscam um propósito, um sentido de vida. Esse propósito ou sentido pode ser encontrado em diversas áreas, como carreira, família, espiritualidade ou contribuições para a sociedade. O valor que temos, muitas vezes, está ligado à busca e realização desse propósito.
Um propósito pode ser grande, mas também pode ser pequeno e mudar dependendo do momento da nossa vida. Eu desenhei meu propósito por meio de uma certificação e, há muitos anos, vivo esse propósito diariamente em diversas situações da minha vida cotidiana.
O valor de uma pessoa também pode ser visto no seu crescimento pessoal ao longo do tempo. O aprendizado contínuo, a superação de desafios e a busca por autoaperfeiçoamento, autoconhecimento e autodescoberta são, sem dúvida, aspectos importantes para agregar valor à forma como a pessoa se percebe.
Vale lembrar que cada um de nós tem valores únicos e inegociáveis, independentemente das circunstâncias ou avaliações externas. Quando desrespeitados, esses valores podem, de fato, muitas vezes, nos deixar com as emoções à flor da pele.
Você sabe dizer quais são seus valores e aqueles que são inegociáveis? Aqueles que fazem você reagir emocionalmente, quando inferidos?
Se você ainda não tem clareza sobre isso, então lembre-se: há diversas formas de descobrir seus valores. A CNV oferece vários exercícios que podem, sem dúvida, ajudar você a trazê-los à consciência.
Quer saber mais sobre como os valores pessoais influenciam nossas decisões e relações interpessoais? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em compartilhar mais sobre esse tema.
Um grande abraço e até o próximo artigo!
Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/
Confira também: O Papel do Medo na Coragem: Transforme Obstáculos em Estímulos
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