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Web 3.0 e o Novo Cenário para os Gestores!

Você sabe o que é a Web 3.0? Como os líderes podem tomar decisões mais focadas no cliente no mundo da Web 3.0?

Web 3.0 e o Novo Cenário para os Gestores!

Web 3.0 e o Novo Cenário para os Gestores!

No final de Maio de 2022, portanto há bem pouco tempo, a premiada e respeitável publicação MIT Technology Review trouxe aos seus leitores um tema bastante provocador. Dada a importância do assunto tratado, decidi resumir aquele conteúdo neste espaço, preservando sua essência e adaptando a uma realidade mais próxima do nosso dia a dia. O título original foi “Como os líderes podem tomar decisões mais focadas no cliente no mundo da Web3?”.

O texto começava por uma abordagem interessante, ao afirmar que “a vantagem competitiva para líderes e organizações, na hora de inovar e gerar mais valor ao cliente no mundo do metaverso, não virá tanto do acesso aos dados, mas sim da escolha das métricas que serão monitoradas e priorizadas”. Em outras palavras, esse olhar para o futuro (o qual está bem próximo) procurou assinalar que as pessoas terão acesso a um tal volume de dados e situações que, para deles fazerem uso apropriado em benefício de seus interesses, deverão estabelecer formas de processamento rápido e efetivo. Ou então, de nada adiantará tantos dados e informações circulando à sua volta.

O texto original dá um exemplo para simplificar esse entendimento, que resumirei a seguir: Imagine que você esteja em um supermercado, no corredor de cereais, e tenha que escolher qual marca é supostamente “melhor para sua saúde”. Imagine que você faça isso de forma manual identificando, item por item, marca por marca, ingrediente por ingrediente, quais são os fatores nutricionais adequados para tomar a decisão de compra.  Esse processo será demorado e ineficiente, pois contempla a análise de muitos dados e não garante a melhor decisão, gerando apenas ansiedade, mente confusa e dúvidas.

A MIT Technology Review apresenta um contexto atual com evidências para esse cenário futuro. Apenas na última década, foram gerados mais de 90% dos dados gerados desde o começo da humanidade, com previsão de alcançarmos 97 Zettabytes até o fim de 2022 (um número com 12 zeros). Isso levou os editores da publicação a criarem o termo “infoxicação”, com o intuito de definirem a intoxicação de dados que já temos e a consequente dificuldade em gerenciá-los.

Mas o cenário fica ainda mais preocupante quando lembramos que a caminho temos o mundo da Web 3.0 e o do metaverso. Especificamente sobre o metaverso, ele se refere a um mundo virtual onde as pessoas poderão interagir entre si e realizar diferentes atividades. Leia na plataforma Cloud Coaching minhas postagens que já trataram do assunto, clicando aqui (são quatro postagens dedicadas ao tema). O conceito associado ao metaverso ficou ainda mais conhecido após a troca de nome do Facebook para Meta, em outubro de 2021. Mas e quanto à chamada Web 3.0, você sabe o que significa?

Ainda inspirado pela publicação original da MIT Technology Review, vamos resumir a explicação dada para essa expressão. A Web 1.0 teve sua origem na década de 1980, estando então muito associada aos sites com páginas informativas e estáticas. De forma geral, ela era uma forma de comunicação unidirecional, como são as rádios ou as emissoras de televisão, usadas para propagarem informações. Especificamente, os sites eram constituídos por textos e poucas imagens (sem vídeos), exigiam especialistas em programação, tinham custos altos na produção e manutenção, bem como um fluxo de transferência limitado pelos modens de linha discada.

A chamada Web 2.0 começou por volta dos anos 2000, quando se iniciou o movimento de levar as pessoas para dentro do mundo virtual. Os usuários da internet deixaram de ser meros espectadores para se tornarem produtores de conteúdo, interagindo entre si e construindo suas redes de contatos (esta era da Web 2.0 está marcada pelos aplicativos de relacionamento e as redes sociais). Outro fator marcante foi a descentralização dos serviços, em que muita inovação surgiu com o conceito de descentralização (a exemplo da reserva de hotéis e serviços de mobilidade), algo que pode ser realizado a partir de um aparelho celular.

Para a Web 3.0, os especialistas acreditam que paradigmas do passado serão rompidos, principalmente, graças ao excesso de informações disponíveis. Conceitos estabelecidos na Web 1.0, como a autoridade de páginas de internet e veículos da imprensa, passarão a ser questionados frequentemente. Segundo a MIT Technology Review, essa chamada Web 3.0 deve manter a existência das redes sociais. Porém, se antes eram usadas para entretenimento descompromissado, impulsionar vendas ou fortalecer a reputação digital de marcas, agora essas mídias sociais devem adotar um caráter de dependência social.

A Web 3.0 será associada a três grandes conceitos: (a) Descentralização, com a independência de bancos, órgãos governamentais, fronteiras demográficas ou tecnologias de empresas; (b) Privacidade, de forma a evitar a exposição de dados pessoais, o incômodo com rastreamento e as publicidades direcionadas, e ainda; (c) Virtualização, com o fortalecimento de mundos digitais e a reprodução de experiências realísticas de modo virtual.

Agora, fazendo jus ao título desta minha postagem, uma vez tendo sido explicado esse cenário futuro, torna-se simples compreender qual será o grande desafio aos gestores e lideranças. Com tal volume de dados existentes, em um mundo cada vez mais VUCAH (volátil, indefinido, complexo, ambíguo e hiperconectado), será uma inexorável exigência a criação de métricas e algoritmos próprios para a seleção, processamento e análise dos dados que ofereçam informações confiáveis, prontas e assertivas.

Se de um lado as máquinas terão capacidade crescente de “entender” o usuário com aplicativos amigáveis, capazes de realizar a interação não baseada apenas na escrita, pelo lado do usuário haverá a expectativa de que os resultados serão personalizados segundo cada demanda. Com isso, a educação e a competência das pessoas serão essenciais para que os futuros recursos tecnológicos a elas estejam alinhados, o que exigirá muito mais inteligência aplicada aos processos, como caminho obrigatório para o sucesso nas relações entre as empresas e seus clientes.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como os líderes podem tomar decisões mais focadas no cliente no mundo da Web3? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Eu sou Mario Divo e você me encontra pelas mídias sociais ou, então, acesse meu site www.mariodivo.com.br.  Espero que o assunto tenha sido do seu interesse e que dele venha a tirar grande proveito no seu cotidiano.

Até a próxima postagem!

Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br

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Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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