
Você Não Precisa Esperar a Vida Desmoronar Para Despertar
Eu já tive medo de que, se a minha vida ficasse muito boa, eu partiria daqui.
Eu sempre amei viver e, por maiores os desafios que enfrentasse, sentia internamente uma alegria acesa me dizendo que viver é uma arte preciosa, com ônus e bônus.
Mas, por muito tempo, acreditei que só despertaria se algo me sacudisse.
Como se a vida precisasse gritar. Como se apenas a dor tivesse permissão para me tirar do lugar.
Só depois eu entendi que o chamado mais profundo pode vir na forma de um sussurro.
E que a leveza também ensina.
Do lado de fora, a vida parecia ideal. Trabalho estável. Relacionamento sólido. Família construída.
Mas, dentro de mim, algo começou a se agitar.
Era uma inquietação que não vinha da dor, mas de um anseio por sentido.
Uma saudade do que ainda nem tinha vivido.
Eu me perguntava se era ingratidão.
Se aquele incômodo era falta de maturidade espiritual ou excesso de exigência.
Mas, no fundo, eu sabia. Sabia que a alma estava pedindo passagem.
E a alma quando pede, não grita. Não invade. Ela apenas toca, com delicadeza, e espera que a gente escute.
Foi nesse toque que tudo começou a mudar, mesmo sem eu perceber.
Primeiro, vieram os silêncios. Depois, tudo o que não tinha alinhamento com o desejo de paz que gritava em mim, foi se revelando.
Aos poucos, fui compreendendo que a leveza também tem sabedoria, e que a vida sussurra caminhos antes de gritar por mudanças.
Foi assim que percebi: não era preciso esperar que tudo desmoronasse.
Nem que a vida apertasse até o limite.
Dá para criar um novo começo, a qualquer momento da vida.
A gente só precisa começar a escutar o que está vivo por dentro.
E disso tudo nasceram muitos aprendizados. Aqui vão 10 que fizeram (e ainda fazem) diferença no meu caminho:
- Nem toda transformação precisa começar com um colapso. Às vezes, basta um chamado suave do coração;
- Viver bem não é sinônimo de se acomodar. É convite para aprofundar;
- Aquilo que parece estável pode estar nos afastando de quem realmente somos;
- O desconforto interno é um farol. Preste atenção nele;
- O despertar pode acontecer em silêncio. E isso não o torna menos verdadeiro;
- A tal “zona de conforto” costuma ser, na verdade, uma zona cega de desconforto;
- Quando a vida começa a perder o brilho, então talvez não seja tristeza. Seja ausência de propósito;
- A coragem de mudar pode nascer de uma simples pergunta: “e se eu estiver me traindo?”
- Esperar a dor para mudar é como esperar a tempestade para recolher a roupa do varal;
- A lucidez também pode ser um portal. E ela chega quando a gente se permite olhar para si com mais honestidade e menos medo.
Você não precisa perder tudo para se reencontrar.
Não precisa atingir o fundo do poço para reconhecer a própria luz.
Não precisa sofrer para crescer.
Dá para crescer porque ama. Porque se importa. Porque quer florescer.
Talvez seja esse o maior despertar:
O de quem escolhe viver com consciência… antes que a vida grite.
Acompanhe minhas reflexões sobre autoconhecimento, espiritualidade e prosperidade integral em @shirleybrandaooficial.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como viver o despertar sem esperar a vida desmoronar? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.
Com carinho,
Shirley Brandão
Mentora de Prosperidade Integral, escritora e terapeuta sistêmica
https://shirleybrandao.com.br/
@shirleybrandaooficial
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