O agricultor pode cometer um erro e semear suas ervilhas desalinhadamente;
as ervilhas não cometem erros, apenas nascem e exibem a sua forma.
(Ralph Waldo Emerson)
Conversava com uma amiga sobre o quanto nós, seres humanos, temos dificuldades em assumir a responsabilidade pela própria vida. Em geral, temos a péssima tendência a buscar externamente a responsabilidade pelos nossos problemas. Encontramos mil subterfúgios para fugir do compromisso de assumir as consequências das nossas escolhas. Colocamos a “culpa” em pessoas, governos, chefes, amigos, cônjuge, família. Mas, a verdade é que: somos responsáveis pela nossa vida. Boa ou ruim, vitoriosa ou malograda, feliz ou infeliz, justa ou injusta, a vida é sua. Você é responsável; você sempre foi responsável; você será sempre responsável. É assim. Pode não ser como você queria que fosse, contudo é assim que é. Entenda que não estou falando em termos de “proposta geral”. Não estou apresentando esse tema como teoria. Eu estou lhe dizendo que você é quem cria os resultados em sua vida, não em parte do tempo, mas o tempo todo.
Se você não gosta do seu trabalho, você é responsável; se os seus relacionamentos estão arruinados, você é responsável; se você não está feliz, você é responsável. Seja qual for a circunstância da sua vida, aceitar essa lei significa que você não pode mais omitir a sua responsabilidade de como e porque sua vida está do jeito que está. E assumir responsabilidade não quer dizer exatamente ser responsável “da boca para fora” ao afirmar “tudo bem, eu sou responsável”. E sim, desejar com todas as forças mudar a maneira de compreender a si mesmo e a vida. Mas, por que isso é tão importante?
Se você não assume a responsabilidade, irá diagnosticar mal todos os problemas que carrega. Já que diagnostica mal, você irá se maltratar. E se você se maltrata, as coisas, pura e simplesmente, não andarão melhor. Visto que esta lei é uma verdade absoluta, uma vez que é como o mundo funciona, goste ou não, então sua resistência ou negação a esta lei o mantém preso no mundo da fantasia. No mundo da fantasia você continuará vivendo como num labirinto, com a sensação de que a saída está sempre próxima. Mas, inalcançável. Se você, querido leitor, deseja verdadeiramente mudar algo em sua vida, o primeiro passo é reconhecer que é quem cria sua própria existência, então é preciso que analise o que fez ou deixou de fazer para criar resultados indesejáveis. Para ajudá-lo nesse processo, segue abaixo algumas indagações:
- Qual é a circunstância da vida que você não gosta?
- O que eu fiz para criar uma situação em que acontecesse do jeito que aconteceu?
- O que eu fiz para tornar possível o resultado? Admiti que fui eu quem o fez, e então o que houve?
- Que escolhas eu fiz que levassem diretamente ao resultado que eu não queria?
- Escolhi a pessoa errada ou o lugar errado?
- Escolhi o que escolhi por falsas razões?
- Escolhi o momento errado?
- O que eu deixei de fazer que provocasse diretamente o resultado que eu não queria?
Boa reflexão!
Abraços,
Aline Senger
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