No decorrer da história se identificaram vários hábitos como vício. Vício é aquilo que te impede de realizar outras atividades por causa da necessidade física e mental incontrolável de fazer outra certa ação que proporciona prazer imediato. Fumar e beber são os mais cotidianos. Porém vou falar daqueles vícios que são menos julgados pela sociedade e, dependendo do caso, nem são vistos como vícios, mas sim como hábitos do homem moderno. Mas que na verdade têm o mesmo efeito psicológico de um vício qualquer: o prazer e a dependência.
Acredito que alguns vícios são mais julgados do que outros porque seus efeitos colaterais físicos são muito mais visíveis e, talvez, assustadores. Uma pessoa viciada em trabalhar e outra em comer, por exemplo. As duas pessoas usam o trabalho ou a comida como válvula de escape para algum problema pessoal, conseguindo prazer com a pausa de preocupação causada pela ocupação realizando qualquer outra atividade que as tirem da realidade de problemas, inseguranças e imperfeições. Perceba que a questão não são os efeitos colaterais de cada vicio, mas sim a provocação de que as causas são as mesmas, logo o julgamento deveria ser o mesmo. Deveria ser o mesmo olhar de reprovação e de nojo que são atribuídos aos viciados que emagrecem ou ficam irreconhecíveis por drogas por exemplo. Mas isso não ocorre.
O propósito desse texto é provocar para nos questionarmos e questionar o grande discurso feito contra as pessoas que têm vícios. Aquele discurso de pessoas leigas em medicina que se dizem preocupadas com a saúde do próximo e como não devemos submeter à racionalidade humana a vícios, quando na verdade julgam vícios de modos diferentes. Julgando muito mais aquele vício com efeitos colaterais físicos fortíssimos.
Este texto tem como objetivo deixar você atento a hipocrisias e a falsas preocupações. Questionar se a real preocupação dessas pessoas não é o desconforto causado pela visão chocante que um viciado em drogas, álcool, cigarro ou comida.
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