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Treinamento e Desenvolvimento – Uma visão Resiliente do Crescimento Profissional

Por que falar de “visão estratégica” e de “resiliência” ao pensarmos no profissional e na sua responsabilidade pelo desenvolvimento de sua carreira?

resiliência no desenvolvimento profissional

Treinamento e Desenvolvimento – A Resiliência no Crescimento Profissional
Por Sueli Faria*

Treinar é a aquisição de novos conhecimentos, tornando-se capaz de lidar com ferramentas, processos, tecnologias, bem como adquirir habilidades comportamentais.

Desenvolver uma pessoa, por sua vez, tem o objetivo de fazê-la CRESCER, partindo-se do conhecimento e habilidades que ela já possui, contribuindo para que alcance o máximo do potencial que lhe seja possível.

Temos aqui uma visão corporativa sobre o profissional, se partindo da ideia de que as empresas podem (e devem!!) contribuir para que o profissional SEJA alguém capacitado e CRESÇA, contribuindo com a evolução de sua carreira dentro da empresa.

O outro lado que foi possível observar em nossa vivência de anos trabalhando com desenvolvimento profissional é o da pessoa acreditar que a responsabilidade e interesse em seu crescimento deve ser da empresa em que esta trabalha.

Neste cenário, vemos a falta de visão estratégica do profissional, terceirando a responsabilidade pelo seu crescimento e desenvolvimento, ou seja, uma clara demonstração de resiliência comprometida.

Alguém pode perguntar: Por que falar de “visão estratégica” e de “resiliência” ao pensarmos no profissional e na sua responsabilidade pelo desenvolvimento de sua carreira?

Desde o final da década de 1980, estudos têm comprovado que o conceito de resiliência vai além do senso comum que a maioria possui, simplesmente utilizando-se da analogia com a ideia de resiliência na física, onde:

“um objeto tem a capacidade de voltar ao seu estado original quando submetido à forças externas.”

Resiliência vai muito além disso. Quando pensada no desenvolvimento pessoal é:

“… a capacidade que temos de sermos flexíveis em momentos que estamos frente às dificuldades ou adversidades. Essa flexibilidade é construída por meio de um conjunto de crenças que possibilitam transcender os empecilhos da vida e prosperar um futuro com superação.” (http://sobrare.com.br/resiliencia/)

Resiliência não se limita a ter flexibilidade, mas sim, ter a flexibilidade estratégica que é construída com base no equilíbrio entre as oito áreas que a Resiliência possui.

Uma pessoa que se mantém em equilíbrio nestas áreas, consegue exercitar o autoconhecimento, se antecipar às possibilidades e, mesmo surpreendido por mudanças no mercado profissional, consegue se manter centrada, buscando alternativas, como também, saber o momento de parar para reavaliar suas estratégias.

Já na resiliência comprometida, por meio do desequilíbrio destas áreas, teremos profissionais que realmente acreditam que a responsabilidade sobre seu desenvolvimento e sobre quem são profissionalmente, é de cada empresa que os contrata. Estarão acomodados em suas mesas, aguardando a hora em que alguém virá lhe oferecer uma capacitação, um novo conhecimento. Ou adotam a posição de cobranças, exigências, andando de maneira ostensiva, alegando: “a empresa é quem precisa se responsabilizar.”

Empresas realmente investem nos talentos de seus profissionais sendo esta uma via de mão-dupla, positiva e esperada. O investimento traz retorno de novos conhecimentos e que dessa maneira serão aplicados no dia a dia. Produz profissionais mais engajados, aderentes à cultura de empresa, e muitos se tornam líderes e/ou referência entre equipes.

Profissionais resilientes, investem em si mesmos, são responsáveis por suas carreiras, se adiantam às oportunidades e às adversidades. Reorganizam suas crenças de forma a terem a melhor noção de quem são, onde estão e como/onde querem chegar.

Estar resiliente é estar ciente das suas fortalezas como também ter consciência de onde estão as fraquezas em seu treinamento. Não somente ter consciência, mas sim, olhar como quem usa uma lupa. Analisar, averiguar e redesenhar o que, na sua essência e entre as suas crenças, precisa ser reorganizado, melhorado e aprimorado. Realizar escolhas estratégicas em seu desenvolvimento profissional e para a vida como um todo.

(*) Sueli Faria é Psicóloga Cognitivo-Comportamental. Especialista em Resiliência pela SOBRARE e com atuação de mais de 15 anos em empresas no segmento de Formação e Desenvolvimento de Pessoas. Cuidar de pessoas, ajudando-as a obter equilíbrio e qualidade de vida é sua missão de vida.

Sueli Faria
https://www.linkedin.com/in/sueli-faria-67a6341a5

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SOBRARE Author
Nascida em 2009, a SOBRARE (Sociedade Brasileira de Resiliência), tem, desde sua organização, a missão de divulgar, de forma fácil e prática, conhecimentos em resiliência dentro da perspectiva científica. Para tanto, ao longo dos anos, foi consolidando sua teoria, métodos e instrumentos de avaliação para dar suporte aos que buscam pesquisar e trabalhar com resiliência. A resiliência em si é formada por oito áreas específicas: O Autocontrole, a Análise de Contexto, a Autoconfiança, a Empatia, o Conquistar e Manter Pessoas, a Leitura Corporal, o Otimismo para com a Vida e o Sentido de Vida. Devido a este construto científico definido da resiliência, a SOBRARE já possui diversos doutorados, mestrados, TCCs e MBAs defendidos em universidades com tais conceitos teóricos e seu ferramental. Esta atuação também tem sido intensa com as organizações por meio de treinamentos, capacitações e mapeamento das áreas da resiliência em líderes e colaboradores.
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