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Transição de Carreira: Como lidar com o Medo de Mudar?

Você tem medo só de pensar em uma mudança de carreira? Descubra como a transição de carreira pode ser uma jornada gratificante de autodescobrimento e crescimento profissional.

Transição de Carreira: Como lidar com o Medo de Mudar?

Transição de Carreira: Como lidar com o Medo de Mudar?

Olá, leitor!

É um prazer estrear aqui nessa publicação e poder compartilhar conteúdos e temas que tanto amo. Ao ser convidada para a tarefa de escrever esta coluna, me disseram que primeiramente teria que apresentar o meu perfil, então resolvi que o tema deste artigo seria transição de carreira.

Este tema que recorrentemente aparece nos atendimentos individuais e do qual tanto coaches e coachees têm tantas dúvidas e receios. Bem, mas o que a minha apresentação pessoal tem a ver com a transição de carreira? Esclareço!  Eu fiz uma transição que se iniciou em 2007 e eu gosto de dizer que continua até hoje.

Sendo assim, resolvi compartilhar com vocês essa história pessoal e trazer juntamente elementos sobre o tema de transição de carreira. Para mim a transição começou, como para muitos, a partir de um desconforto que veio se instalando lentamente.

Eu me formei arquiteta no Rio de Janeiro pela FAU-UFRJ e construí minha carreira atuando na área de desenvolvimento imobiliário. Trabalhando para grandes empresas incorporadoras imobiliárias, em especial em São Paulo.

Quando o processo de transição se iniciou, as pessoas me perguntavam: Você não era feliz? Ficou vinte e cinco anos fazendo o que não gostava?  Foi exatamente ao contrário, eu era feliz e amava o que fazia, no entanto o indivíduo muda e eu mudei!

A mudança se instalou quando comecei a perceber que estava muito mais interessada na gestão das pessoas e nos seus comportamentos, seja do cliente, seja da equipe e veio o universo e bum!

A empresa onde eu trabalhava há seis anos foi desmontada por decisões estratégicas dos sócios. E, em função disso, recebi como parte do pacote de saída um processo de outplacement. Naquela época, eu nem sabia o que era isto e aprendi que era uma consultoria que poderia me orientar para as próximas etapas da carreira.

Cheguei lá para a primeira reunião, já com todos os preconceitos possíveis. Não gostei do prédio, não gostei do lugar e achei que ali, naquele processo, nada me ajudaria. Contudo, foi lá que tudo começou!

Atendida por uma equipe experiente que me acolheu, iniciei uma reflexão sobre mim mesma e sobre a minha carreira e ali, pela primeira vez, ouvi falar em Coaching!

Era o ano de 2007, o tema no Brasil era incipiente e fazendo uma pesquisa sobre o assunto descobri que gostaria de atuar como coach e usar minha experiência executiva para trabalhar com pessoas.

Eu nem sabia por onde começar, mas sabia que era aquilo que eu era chamada a fazer.

O que ocorreu foi que em menos de trinta dias eu já havia sido recolocada numa posição executiva semelhante à que eu tinha anteriormente. Porém era um retorno diferente, eu havia descoberto um caminho e eu estava determinada a segui-lo.

Achei um curso inicial de Coaching e me propus, para me preparar melhor, a fazer antes uma formação em PNL (Programação Neurolinguística). A ideia era me fortalecer e ver se este era mesmo o caminho da mudança e assim foi!

Fiz minha primeira formação em Coaching e, para minha surpresa, quando comecei a contar para colegas e pessoas mais próximas muitos me disseram, mas você já faz isso! É engraçado pensar hoje o quanto tinha de verdade nesta afirmação.

Nesta época eu precisava do salário e dos benefícios corporativos e, tive sim, muito medo da transição, mas eu sabia que precisava mudar ou iria adoecer. Minha construção de solução foi que enquanto eu permanecia na minha posição executiva eu iria usar parte dos recursos financeiros para estudos.

Nesta mesma época surgiu proposta de uma possibilidade de voltar ao Rio, minha cidade de origem. E eu topei sair de São Paulo depois de vinte anos estabelecida na cidade!

Minha expectativa é que no Rio eu conseguiria estudar com mais facilidade, lembrando que nada era on-line e, em São Paulo, os deslocamentos eram mais longos e penosos.

Assim cheguei ao Rio, me estabeleci, iniciei o trabalho na nova empresa, continuei os atendimentos “probono” necessários para concluir a formação em Coaching e estes clientes começaram a enviar outros.

O meu network que era majoritariamente conectado ao mercado imobiliário começou a me procurar para esta outra atividade. O que só me deu mais força para que eu buscasse outras formações e ampliasse as possibilidades de atendimento individual.

Foi uma época louca, tinha que gerir uma equipe regional, em uma posição de diretoria, reportava para São Paulo com viagens frequentes, estudava à noite fazendo uma pós-graduação em Psicologia Positiva, atendia nas brechas de horário e aos finais de semana, ufa! Tudo isso com a vida acontecendo, mas era tão gratificante que faria cada minuto de novo!

Tudo isto me ensinou algumas coisas que trago aqui como reflexões importantes sobre a transição de carreira, primeiro você precisa acreditar que aquilo é melhor para você, só está crença fará com que você supere o medo da mudança, o medo de não dar conta ou o cansaço de fazer tudo isso ao mesmo tempo e dará coragem para ir em frente!

Outro ponto importante é: não tenha medo de falar sobre sua transição, isto não quer dizer fazer uma exposição ostensiva em que você fira a posição que ainda ocupa.

No meu caso, é importante dizer que todo este movimento, não foi escondido ou em segredo, mas não usei o tempo da empresa para tal. E para isso é necessário organização, responsabilidade e muita dedicação.

É preciso paciência para que o resultado apareça, este vem de quem você é, e do quanto se dedica.

Desde o início deste processo, não parei de estudar e de me preparar academicamente e emocionalmente, mantive esta narrativa na comunicação com a rede de contatos que, atualizada, começou a dar uma resposta surpreendente.

Se você conta a sua história com verdade e coerência esta começa a fazer sentido para todos e foi assim que decidi compartilhar com vocês esta trajetória que até hoje uso como exemplo para muito processos de transição de carreira e para mentorias direcionadas que aplico.

A transição é um processo e, como todo o processo, é preciso se preparar para o caminho.

Eu tive a ajuda de coaches, consultores, mentores, terapeutas, amigos, família, cada conversa importa e cada colaboração agrega, cada passo retroalimenta o processo e é necessário investir tempo, energia e dinheiro.

Em geral, as pessoas se preocupam mais com este último, o recurso material, no entanto, ele é o mais fácil de suprir com alternativas, ajuda e negociações. Já para a energia e o emocional, não é bem assim! Não recarregamos como uma bateria ou fazemos depósitos como em um banco, é necessário se munir de resiliência, de atitude e de força de vontade.

Muitas pessoas até hoje me perguntam qual era o plano inicial e e como eu fiz para seguir? A verdade é que o plano inicial foi somente saber que eu queria mudar e como chegar até aqui foi sendo construído no caminho, aquele famoso caminhando que se faz o caminho!

Hoje, tendo atravessado o caminho posso dizer que alguma preparação mais específica pode ajudar muito, sugiro que você se prepare para uma transição primeiro sabendo o que não quer e do que não quer abrir mão! Faça uma lista e verá que aquilo que está disposto vai aparecendo para você como possível e correto.

Vale lembrar que hoje sabemos através da neurociência o quanto o nosso cérebro é preguiçoso e avesso às mudanças, assim antes de começar a ação, a resistência já está lá! Você nem precisa se esforçar para encontrá-la para isso é importante ter um plano com ações e metas curtas.

Se você se vê diante de uma montanha para escalar tudo parece impossível e o movimento cerebral é de desistência, se você se propõe a subir dez metros o seu cérebro entende como aceitável e diminui a resistência, é assim que as mudanças acontecem e com a transição de carreira não é diferente!

As ideias já vêm acompanhadas de resistência, não tenho tempo, sou velho, não tenho dinheiro, tenho medo, todo esse diálogo negativo vai acontecer por isso ter ajuda profissional é de grande valor é uma forma de organizar as ideias as ações e não somente conversar com o medo. Lembre-se se você tem sempre as mesmas conversas obterá as mesmas respostas.

Conto aqui uma transição de carreira motivada para a mudança de profissão. No entanto, fazer uma transição pode ter diferentes níveis de complexidade e motivações. Por exemplo, motivos externos como: demissão, mudança de país ou cidade, dificuldades de mercado. Há ainda aqueles mais ligados a alguma insatisfação ou desejo pessoal como a busca por maior significado e propósito.

Assim, a transição pode ser representada pela mudança de emprego, mudança de carreira e mudança de profissão.

A mudança de emprego é o nível mais básico de transição onde o profissional vai aplicar seus talentos em outra organização mantendo um tipo de atividade muito semelhante.

A mudança de carreira, ou seria melhor dizer mudança na carreira é aquela em que o indivíduo busca agregar conhecimento e competências e migrar para um outro tipo de atividade. O que pode ocorrer eventualmente numa mesma organização ou em uma mudança de segmento.

Já quando falamos na mudança de profissão elevamos o nível de complexidade e de investimento de tempo e recursos para que possamos concluí-la totalmente. Seja em cada uma destas transições temos fases que podemos descrever como:

  1. descoberta de uma oportunidade;
  2. pesquisa de mercado;
  3. planejamento;
  4. qualificação;
  5. busca por oportunidades e, por fim,
  6. conclusão do processo de mudança.

O processo não é fácil, mas é possível se você assim acreditar e quiser. Compartilho aqui esta trajetória que continuou se transformando, em 2017, dez anos após meu curso inicial de Coaching. Concluí uma formação em Psicanálise e hoje tenho um consultório que se divide nestes temas além das mentorias empresariais. Isso é o resultado de Life Long Learning no qual continuo investindo.

Assim, posso dizer que se você é alguém que pensa em fazer uma transição de carreira vá em frente em busca daquilo que você quer e do que mais te representa. Se não sabe ainda, procure saber!

Se você é um coach que quer trabalhar com este tema, monte seu plano de atendimento e faça se tornar realidade! Termino dizendo que o esforço e dedicação são muito importantes, mas a postura positiva é muito mais. Vamos lá?

Gostou do artigo? 

Quer conversar mais sobre transição de carreira, a mudança, os medos, os desafios e as oportunidades? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Mônica Barg
https://www.monicabarg.com.br
https://www.linkedin.com/in/monica-barg

Não deixe de acompanhar a coluna Falando sobre Coaching.

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Mônica Barg Author
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Mônica Barg é uma profissional experiente, atuando como Coach, Mentora e Psicanalista. Ela é caracterizada por sua curiosidade incessante, sua acolhida calorosa, sua produtividade incansável e seu espírito empreendedor. Sua busca constante é pela melhor informação e conteúdo, seja relacionado a temas ou indivíduos. Tem uma crença profunda no potencial individual de cada pessoa e adota abordagens inovadoras para se conectar com a essência única de cada indivíduo, buscando a evolução e a entrega do melhor em desenvolvimento humano. Com uma carreira de mais de 30 anos, acumulou experiência executiva em diversas áreas, incluindo atendimento ao cliente, desenvolvimento de novos negócios e gestão comercial. Possui um amplo conhecimento dos processos e estruturas corporativas, bem como uma compreensão profunda da cultura organizacional. Além disso, tem uma extensa experiência de mais de 1500 horas em atendimentos individuais para orientação e desenvolvimento de pessoas, bem como orientação para o desenvolvimento e implementação de ações empreendedoras e processos organizacionais. Sua abordagem é caracterizada por uma visão sistêmica, combinada com uma profunda percepção do indivíduo, o que lhe permite traduzir em estratégias de atuação tanto em nível individual quanto empresarial. Possui uma formação sólida, sendo Mentora certificada pela FGV-RJ e Escola de Mentores, Mestranda em Gestão do Conhecimento pela FUNIBER, com Pós-Graduação em Psicologia Positiva e Coaching pela UCAM-RJ, bem como certificações em Coaching pela SBP e Crescimentum. Ela é Psicanalista certificada pela SBPI-SP, com Pós-graduação em Administração e Psicanálise do Século XXI, ambos pela FAAP. Adicionalmente, Monica possui certificações em Coaching Evolutivo, Coaching de Liderança e Formação em Psicanálise pela AEDP em Nova York. Sua formação acadêmica inclui uma graduação em Arquitetura pela UFRJ.
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