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]]>No top of mind está o presidente estadunidense Donald Trump, o empresário magnata que utilizou seu prestigio no mercado para entrar na política. Ficamos impressionados ao constatar que sua expertise para os negócios não o levou ao caminho da sabedoria, da tolerância, do respeito ao próximo e das virtudes que formam um caráter ético. Tornar-se “bem-sucedido” não significa ter todas as respostas, poder se intrometer em áreas alheias, ou na vida dos outros.
A propaganda se tornou a melhor ferramenta de Trump para manipular as massas. Conhecimento este elaborado e organizado pelo ministro nazista Paul Joseph Goebbels e utilizado em larga escala para vender produtos ou ditadores. Discursos cheios de ódio, de falsa superioridade moral, de perseguição a minorias e imigrantes e a crença em um senso distorcido de meritocracia sempre funcionou durante crises sociais. Cria-se bodes expiatórios para lavar os pecados e fracassos de seus seguidores.
Aqui no Brasil também somos assombrados por esses fantasmas. A moda é o novo prefeito de São Paulo. O empresário que se intitula como “bem-sucedido” e se utiliza da demagogia e do discurso de ódio para se promover. Seus constantes ataques aos grafiteiros, aos professores, aos políticos de esquerda e aos grevistas são contraditórios com a história de sua família – seu pai era um político de esquerda, ativista, comedido, e se tornou o publicitário mais brilhantes do Brasil justamente por romper com os paradigmas conservadores que seu filho defende.
O resultado a médio prazo dessa nova onda de empresários que falam sem pensar, que se guiam pelos preconceitos ao invés da razão, é o aumento da descrença e da raiva contra os agentes de mercado.
Gostaria de terminar essa coluna recomendando o livro de Susan Cain, O Poder dos Quietos, publicado pela Hapercollins. O apreço pela obra está diretamente relacionado com a minha experiência com importantes executivos. Todos eles ouviam mais do que falavam, estudavam mais do que ensinavam e questionavam mais do que afirmavam. Nenhum deles criava polêmicas desnecessárias e sempre apreciavam.
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]]>Mas o que significa a “criatividade”? Esse conceito filosófico tem seu primeiro registro no mundo eurocêntrico em um diálogo de Platão chamado Timeu. Para esse filósofo, somente Deus é criativo e só ele cria coisas que não existem. Afinal, criatividade tem origem na palavra criação. Os filósofos e poetas só teriam acesso às ideias perfeitas que esse deus criou e decidiu conceder.
Apesar dessa concepção sacra de criatividade ser muito antiga, ela foi pouco contestada. Mesmos entre os filósofos céticos, a questão da criatividade foi tomada como dogmática e substituída pelo conceito de imaginação. Os modernos afirmavam que a imaginação, formada por meio da associação de imagens obtidas pela experiência com o mundo, não era fruto de uma criatividade divina.
Devemos aos artistas do início do século XX, em especial ao pintor espanhol Salvador Dalí, a presente concepção de criatividade. Ao se comparar a Deus, Dalí passou a empregar o uso do termo criatividade para nomear seu estilo de pintura e justificar a quebra dos paradigmas canonizados pela arte de seu tempo. Assim, também as grandes empresas, dotadas de uma megalomania “divina”, buscam criar produtos e serviços, milagrosos, que subvertam o atual funcionamento no mundo dos negócios e os torne referência em seus respectivos setores.
A obsessão dos profissionais de mercado pela criatividade revela altos níveis de narcisismo e arrogância. Estilistas de moda e os atuais gurus da tecnologia retratam bem este tipo de personalidade.
Todos os seres humanos possuem um potencial criativo. O pensador Lev Vigotski nos mostrou que uma ideia criativa surge em determinados contextos sociais quando uma dificuldade precisa ser superada. Ele também nos mostrou que as grandes ideias criativas da humanidade não pertencem a um único gênio, como Galileu, Freud ou Einstein. As ideias criativas brotam de inúmeras contribuições sociais anônimas que vão tomando forma. A astrologia de Galileu utilizou as ideias de Copérnico, que por sua vez foi inspirado pelo trabalho dos astrônomos árabes, que estudaram os gregos. Freud utilizou os trabalhos de Charcot e Breuer para formular sua teoria do inconsciente, conceito que já existia em filosofias alemãs marginais como as de Schopenhauer.
A busca pela criatividade, na maioria das vezes, aparece como ferramenta de publicidade. Essa estratégia sacraliza pessoas ou empresas, ocultando uma grande dívida de gratidão com seu meio social de origem. A criatividade é um admirável fenômeno coletivo.
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]]>Contratar uma pessoa para um cargo de liderança que nunca trabalhou no mercado, sem experiência significativa de vida, que ostenta como qualidades “ser jovem” e ter frequentado as “melhores instituições consagradas pela elite”, carece de justificativa racional. Alguns argumentam que os trainees “não carregam vícios de trabalho” ou que, por serem de uma outra geração, estão mais familiarizados com as novas tendências do mercado – desculpas que remetem ao status de pureza virginal e conexão transcendental encontradas em religiões primitivas.
O provérbio “bem sabe mandar quem soube obedecer” aparece em diversas culturas como o taoísmo chinês, a filosofia grega e o cristianismo. Nessa pequena máxima está condensada vários ensinamentos de vida: 1. É preciso respeitar e entender a hierarquia; 2. Você aprende a viver com os exemplos dos outros; 3. Toda experiência de trabalho nos edifica; 4. O contato com o outro nos ensina mais sobre nós do que os livros; 5. A humildade é fundamental para quem obedece e para quem manda.
Todas as instituições sociais sólidas e de credibilidade possuem um plano de carreira onde sempre se começa da base e, gradualmente, se evolui nos postos de liderança através de motivação interna e ajuda de um coach – as religiões tradicionais, o serviço militar, os profissionais de saúde e o campo acadêmico/científico dificilmente criam atalhos na hierarquia para promover seus agentes. Qual a justificativa para os administradores de empresas pularem etapas?
Os departamentos de Recursos Humanos seriam mais racionais e justos se colocassem nos quadros de liderança colaboradores de carreira, contratando coaches para os que se destacam. Respeito a hierarquia, histórico de trabalho, humildade e orientação; ainda são as etapas mais confiáveis na formação de um líder que as sociedades ocidentais e orientais conhecem.
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]]>O sigilo profissional precisa ser respeitado em todas as atividades laborais. Em tempos de narcisismo, geralmente escutamos administradores se vangloriando de seu trabalho. Quando prestava assessoria ética sempre me deparava com situações onde importantes informações de mercado de uma empresa foram vazadas pela irresponsabilidade de seus colaboradores em almoços de negócio, discursos regados a álcool em happy hours, ou em fotos e textos nas redes sociais. Os brasileiros não têm cuidado com as informações que lhes são confiadas em âmbito profissional. Empresas concorrentes e jornalistas conseguem obter informações comerciais de muitas empresas com pouco esforço.
Os liberais me perguntam por que o brasileiro não confia nos empresários, no livre mercado. A resposta é óbvia: a maioria das pessoas trabalha ou tem algum conhecido próximo que trabalha nas empresas. As pessoas adoram falar dos problemas nas relações de trabalho, falcatruas na empresa, revelam intimidades de subordinados, clientes, pacientes, estudantes, etc. Tornou-se comum receber cartas, e-mails ou telefonemas de empresas de telemarketing graças ao vazamento das informações pessoais que foram confiadas a uma única empresa. A ausência de uma cultura de discrição e sigilo torna os brasileiros indignos de confiança.
O filósofo Francis Bacon é o autor de uma máxima que se tornou o lema da modernidade: “Conhecimento é poder”. Toda informação, enquanto conhecimento, é um instrumento de poder. Ela afeta diretamente pessoas, comunidades, economias, políticas e todo tipo de instituição humana. O vazamento de informações de pacientes ou clientes os tornam vulneráveis.
Manter sigilo sobre todas as informações com que trabalhamos não significa se tornar cúmplice de irregularidades, mas sustentar uma postura de respeito com o próximo. Sua empresa, seus colegas de trabalho, seus fornecedores e seus clientes apoiam posturas de silêncio e discrição.
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]]>As propostas educacionais da MP 746 me lembram um dossiê de 2005 da Harvard Education Review sobre as políticas de educação pública no século XX. O enfoque eram os Estados Unidos, mas as comparações dos pesquisadores com os países centrais e periféricos nos trouxeram uma compreensão nova sobre as políticas educacionais da América Latina.
Uma das características apontadas que diferencia os países desenvolvidos dos subdesenvolvidos era seu projeto de cidadão. Países como Noruega, Suíça, Alemanha e Países Baixos possuíam uma clara orientação em desenvolver ao máximo as potencialidades físicas e cognitivas de seus cidadãos, incentivando a criatividade e a capacidade de mudança. Países subdesenvolvidos como o Brasil costumam manter uma política educacional servil, voltada para o mercado de trabalho, comprometendo as possibilidades de mudança social. Enquanto os países desenvolvidos produziam e ensinavam Filosofia, Sociologia, Artes, e noções básicas de Política, Economia e Direito nas escolas, os países subdesenvolvidos ignoravam tais disciplinas consideradas “inúteis e subversivas” e focavam nos conhecimentos mais básicos das ciências biológicas e exatas que serviam ao mercado. Um exemplo brasileiro é a imposição do conteúdo de Química Orgânica pela ditadura civil-militar tendo como única justificativa a formação de quadros humanos para a Petrobras.
Por que uma educação reducionista e voltada para o mercado de trabalho é tão perversa? Há muitas razões, mas vou destacar as três mais importantes.
Primeiro, a ineficiência: no capitalismo, tanto a indústria, quanto o comércio estão sempre mudando e se renovando. Novas demandas aparecem, ofertas diferentes precisam ser criadas e os recursos tecnológicos afetam constantemente as cadeias de produção e serviço. O leitor sabe que, quando nos formamos na universidade para exercer uma profissão, ficamos desatualizado e despreparado no dia seguinte. Agora, pense que estamos condenando os jovens brasileiros, desde o ensino básico, a se prepararem para um mercado de trabalho que não existirá quando eles saírem da escola. É estranho como os capitalistas de países subdesenvolvidos ainda não entenderam a dinâmica do mercado e continuam defendendo uma educação que só funciona nos sistemas feudais ou nas economias planificadas (vulgo socialistas).
Segundo, o alto custo: Muitos empresários alienados pensam que uma educação básica voltada para as necessidades do mercado diminui seus custos de treinamento e torna seus funcionários mais competitivos. Quando, por motivos já citados, seus funcionários não chegam preparados, eles reclamam do governo e das universidades. No mundo desenvolvido os capitalistas já sabem que, graças à natureza do capitalismo, nenhum trabalhador chega preparado para trabalhar. Logo, as empresas se preocupam em oferecer treinamentos constantes. Mas por que esses países gastam menos com o treinamento e têm mais resultados? A resposta é simples: seus quadros humanos não foram adestrados durante a escolarização para agir e pensar nos moldes dos antigos sistemas. É mais barato e eficiente treinar os empregados destreinados do que corrigir e impor uma nova dinâmica de trabalho.
Terceiro, a servidão: A maioria das empresas de ponta está sediada em países desenvolvidos e possui um regime de trabalho flexível e adaptado ao funcionário como acontece com o Google, a Apple, a Intel, a P amp;G, a Nestlé, a Nokia e muitas outras empresas Blue Chips. Pessoas educadas que preservam sua personalidade e criatividade não se fecham em caixinhas ou em rotinas. Elas opinam, inventam, contestam, dialogam e geram mudanças. Uma visão ampla de mundo, influenciada por conhecimentos como Filosofia, Sociologia e Artes, tornam seus colaboradores e suas empresas dominantes no mercado. São capazes de mudar uma empresa para se adaptar aos novos consumidores e às novas tecnologias. Elas ditam o ritmo, as mudanças e as tendências. Já uma educação tecnicista não gera “boas pessoas”, mas “trabalhadores servis”. Países desenvolvidos preferem cidadãos preparados intelectualmente para competir e mudar o mundo, já os países subdesenvolvidos preparam uma mão de obra técnica servil, totalmente incapaz de questionar, mudar ou competir em alto nível. São compradores e reprodutores de conhecimento alheio.
Quando pensamos em um projeto nacional de educação, ou em um programa de Coaching, temos que ter consciência clara do que nós queremos: pessoas inteligentes, criativas, capazes de resolver problemas e adaptar as dinâmicas de trabalho para competir em alto nível, ou técnicos de fácil obsolescência, incapazes de pensar fora da caixa, capatazes insensíveis que sacrificam as subjetividades do quadro humano para satisfazer as organizações e caprichos de seus empregadores? Queremos pessoas que resolvam problemas e estabelecem novas dinâmicas, ou queremos um bom capacho que só persegue metas? Pessoas éticas e os capitalistas de sucesso certamente optam pela primeira opção. Uma educação mais humana, abrangente e plural é essencial para sobreviver em um mundo onde ocorrem constantes transformações.
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]]>A palavra gentileza tem origem no latim, gentilis, que significa pertencer a um clã, tribo ou família. Remete a um tipo de conduta de boa convivência com os mais próximos. Com o tempo, os padrões gentis de respeito foram estendidos para todo o convívio social. Em latim também se evidencia que o comportamento gentil vem de berço, é ensinado e polido nas relações parentais. Os grossos e estúpidos tiveram uma má educação familiar. Porém, isso não justifica esse tipo de comportamento.
A gentileza é uma pequena virtude, classificada pelos gregos como etiqueta (pequena ética). Por que pequena? Ela é uma boa virtude para vivermos harmonicamente em sociedade, mas seu pleno exercício não está relacionado com uma orientação moral plena. Os membros do partido nazista e da Klu Klux Klan eram reconhecidos publicamente pela gentileza. A psicologia forense estadunidense afirma que os dez sociopatas mais perigosos do século XX eram socialmente classificados como gentlemans.
Ser gentil não nos faz moralmente virtuosos, mas revela nossa preocupação em reconhecer o outro e tratá-lo com respeito. A gentileza é o vestíbulo da ética. Um exercício cotidiano de cidadania. Um lapidar da própria ignorância e brutalidade. Sem ela, fica difícil a convivência.
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]]>Não quero perder tempo analisando os detalhes deste episódio. Afinal, ética e política dificilmente se tangenciam. Encontram-se divorciadas há mais de um século. Atualmente trilham carreiras solo, tipo Sandy e Junior – cada uma na sua e só se reúnem quando pressionados.
Tomar decisões baseadas somente em “convicções” revela uma postura pré-conceitual de enxergar o mundo e uma personalidade autoritária que não se enquadra mais nos desafios impostos pelo mercado e pela sociedade do século XXI.
A ética exige um distanciamento das nossas crenças quando buscamos entender os problemas que aparecem. A falta de sucesso no seu planejamento, por exemplo, não pode ser creditada a um ou dois fenômenos que só você considera importante. A “falta de engajamento da equipe” e a “crise financeira” nem sempre são as únicas respostas. O seu “despreparo” e “a mudança de estratégias dos concorrentes” também podem fazer parte da equação.
Quando assumimos um cargo de gerência, temos que buscar todo o tipo de informações concretas sobre a nossa área para melhorar nossos conceitos sobre os problemas e tomar uma decisão. O achismo é o recurso preferido dos amadores e daqueles que não têm familiaridade com a ética.
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