fbpx

Tá passando rápido demais ou tá tudo acontecendo no tempo certo?

O tempo está mesmo passando rápido ou é a vida nos pedindo mais presença? Descubra a importância de encerrar ciclos com coragem, respeitar seu ritmo e florescer com autenticidade, construindo uma jornada com mais intenção e menos pressa.

Tá passando rápido demais ou tá tudo acontecendo no tempo certo? - Florescer no Tempo Certo: Como Encerrar Ciclos com Consciência

Tá passando rápido demais ou tá tudo acontecendo no tempo certo?

Abro meu caderno de anotações, hoje mais cheio de perguntas do que de respostas, e me dou conta: já estamos na metade de 2025. Como assim? Outro dia mesmo eu estava escrevendo meu primeiro artigo do ano sobre “a permissão para ser”, e agora me vejo aqui, entre balanços e esperanças, tomando meu café e tentando entender o que esse ano tem me ensinado.

2025 chegou com tudo e mais um pouco. Um ano de encerramento de ciclos para muitos de nós. De portas que se fecham e de espaços que se abrem sem pressa. Um ano que, diferente de outros, não exige correr. Ele nos convida a perceber.


Entre o que foi e o que está vindo

Este primeiro semestre passou como um daqueles dias intensos que a gente nem vê acabar, mas que deixa marcas profundas e lições valiosas.  Em minha vivência como coach e mentora executiva, ouvi relatos de muitas pessoas que se surpreenderam com o ritmo acelerado das transformações.

Mudanças de carreira, realocações geográficas, reencontros com o que faz sentido, redirecionamentos de propósito. Foram meses intensos. Intensos em silêncios também. Porque nem tudo o que muda faz barulho. Algumas mudanças só conseguimos nomear depois que passam.

Acompanhando profissionais em seus processos de desenvolvimento, percebo o quanto estamos coletivamente aprendendo a respeitar o tempo da vida real: a gestar ideias, a permitir que projetos amadureçam, a reconhecer que crescer também é silenciar. Esse movimento tem sido uma resposta ao que compartilhei em um artigo recente sobre a valorização das pausas. Pausas que são, muitas vezes, o lugar onde nascem as respostas que procuramos.


Encerrar é diferente de abandonar

Encerrar ciclos não é o mesmo que desistir. É um ato de coragem. Coragem de reconhecer que algo já cumpriu seu papel. Coragem de dizer não para o que já foi importante, mas hoje está desalinhado com quem nos tornamos. E coragem também de se abrir para o novo, mesmo quando ele ainda não tem forma.

Tenho vivido isso de forma muito pessoal. Este ano, tem sido um tempo de revisitar minhas escolhas, rever rotas e deixar ir o que não faz mais sentido. Entre o que foi e o que está por vir, fui compreendendo que o movimento de encerrar também pede escuta, acolhimento e principalmente confiança. Confiança em mim, nos processos, no tempo que respeita cada etapa, mesmo quando a mente insiste em querer acelerar.

Encerrar também é preparar o solo. E preparar é tarefa delicada. Requer retirar excessos, permitir que a terra respire, adubar com boas conversas, silenciar, bem como cultivar boas intenções. Ao olhar para a gestão de carreira, vejo isso acontecer cada vez mais: pessoas escolhendo com mais consciência, buscando propósito sem romantizar, e construindo redes de apoio que sustentam a jornada.


Olhar para frente com coragem e otimismo

Se o primeiro semestre foi sobre perceber, o segundo é sobre confiar. Confiar que mesmo entre tantos conflitos globais, polarizações e incertezas econômicas, ainda assim, podemos cultivar esperança. Não uma esperança ingênua, mas uma esperança ativa. Que se movimenta. Que constrói. Eue encontra beleza no que ainda não está pronto.

Já escrevi por aqui sobre “carreiras regenerativas” e continuo acreditando que essa é uma das grandes palavras-chave dos novos tempos. O que vem pela frente pede mais autenticidade. Pede mais presença. Pede um jeito mais humano de liderar, de planejar e de viver.

As lideranças que mais admiro hoje são aquelas que aprenderam a gestar. Que sabem que boas ideias precisam de tempo, que projetos precisam de escuta, que equipes fortes são construídas com segurança psicológica e com clareza sobre o que, de fato, se espera e o que se entrega.

E grandes autores, que respeito muito, têm reforçado essa mesma direção. Simon Sinek, por exemplo, tem falado que 2025 é o ano da reconstrução dos vínculos: “As organizações que vencerão não são as mais rápidas, mas as mais humanas.” Junto a ele, Brené Brown reforça que a vulnerabilidade continua sendo o caminho mais eficaz para lideranças autênticas. E Adam Grant vem destacando que o futuro do trabalho está menos em cargos e mais em contribuição significativa: “Desempenho não é o quanto você aparece, é o quanto você agrega.”


Tempo de florescer: sem pressa, mas com intenção

Estamos entrando no segundo semestre. E com ele, vem também a energia e o impulso do movimento. Um novo semestre é um convite a revisitarmos nossas prioridades com a lucidez de quem já atravessou bastante do ano.

Então aqui quero deixar um convite: e se não for sobre fazer mais? Mas sobre fazer melhor? E se for sobre fazer junto? Reconhecer o que já está maduro para ser colhido e o que ainda precisa de tempo para brotar?

Florescer exige paciência. E exige também que a gente pare de se comparar. Cada um está num estágio diferente de sua jornada. Em uma das edições passadas do “Café com Sassá”, falei sobre a coragem de simplificar. Volto a esse ponto porque sigo acreditando que simplificar é um ato estupendo. É sobre dizer não ao que está em excesso. É sobre cultivar o simples. E é sobre um bom café…


Não é que o tempo esteja passando rápido demais.

Talvez seja a vida que esteja nos chamando a estar mais presentes. Talvez a pressa venha da desconexão com o que realmente importa. E talvez seja hora de aceitar que nem tudo precisa estar pronto agora. Que o melhor pode estar vindo, sim. Mas que virá no tempo certo. Com a maturidade das escolhas que fazemos hoje.

E assim como um bom café precisa do tempo exato de infusão para revelar seu melhor aroma e sabor, nossa jornada também precisa de tempo. Tempo para gestar ideias, para amadurecer conexões, para florescer com autenticidade. Sem pressa. Mas com intenção.

No meu próprio caminho, vejo o segundo semestre como um tempo de consolidação. Um momento para sustentar o que plantei, fortalecer parcerias que fazem sentido continuar fazendo a minha jornada com intencionalidade, conexões e autenticidade. Sigo com menos urgência e mais presença, confiando que o tempo certo nem sempre é o mais rápido.

E você, está encerrando ou iniciando? Que ciclo dentro de você pede fim? E qual está apenas esperando que você lhe dê passagem para começar?

Compartilhe suas impressões conosco e continue essa conversa no próximo Café com Sassá! ☕


Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como encerrar ciclos com consciência e florescer com autenticidade no tempo certo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar você em sua jornada.

Salete Deon
Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times pelo IISP, Liderança Feminina pela StartSe/SBE, Coach Executiva (PCC), Palestrante, Top Voice Linkedin, Fundadora da Deon Consulting
https://www.linkedin.com/in/salete-deon/
salete@deonconsulting.com.br

Confira também: Câmeras Fechadas, Vínculos Frágeis: A Solidão Silenciosa do Home Office

Palavras-chave: tempo certo, encerrar ciclos, encerrar ciclos no tempo certo, carreiras regenerativas, desenvolvimento de lideranças, propósito, gestão de carreira, autoconhecimento e propósito na carreira, importância das pausas no trabalho, como florescer com autenticidade, como florescer no tempo certo, como encerrar ciclos no tempo certo
Salete Deon Author
Salete Deon é fundadora da Deon Consulting. Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Liderança, Executive Coach e Mentora. Atua com executivos e profissionais que buscam apropriar-se de suas realizações e potencializar seus talentos em prol do que é importante em sua vida e carreira. Atua também no desenvolvimento e fortalecimento de lideranças e equipes. Faz uso de metodologias ágeis e colaborativas, tais como: “Action Learning” e ACP.Executiva com mais de 25 anos de experiência nas áreas de Supply Chain, Procurement e Recursos Humanos em empresas multinacionais. Experiente na liderança de equipes multifuncionais e culturais no Brasil e no Exterior. Foi Diretora de Supply Chain em uma joint venture na Colômbia. Foi sócia da Unblur Consultoria. Faz parte do Programa Mentoria Colaborativa Nós Por Elas, Delas Pra Elas e Carreira 50+ do IVG – Instituto Vasselo Goldoni. Coautora do Livro “Mentores e suas Histórias Inspiradoras”, lançado pela Editora Leader. Top Voice Linkedin 2024.É Bacharel em Serviço Social, pós graduada em Administração de Empresas pela UNIVILLE, com MBA em Administração Global SOCIESC/Universidade de Lisboa e MBA Executivo pela FGV-SP. Professional Certified Coach (PCC) pelo International Coaching Federation (ICF) e Action Learning Coach pelo World Institute for Action Learning (WIAL). É Certificada para Assessments de Inteligência Emocional EQ-I e EQ 360, MBTI II, Pontos Fortes Clifton Strengths, Segurança Psicológica de Times, Hogan, TKI e DISC.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa