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Solução de problemas se encontra à distância

Distanciar-se é parar de brigar com o problema e ampliar o foco de sua percepção, uma atitude que ajuda não só a resolver as pequenas situações que nos acontecem no dia a dia, como também os grandes impasses da vida.

Distanciar-se é parar de brigar com o problema e ampliar o foco de sua percepção, uma atitude que ajuda não só a resolver as pequenas situações que nos acontecem no dia a dia, como também os grandes impasses da vida.

É manhã de segunda-feira. Você acordou já atrasado e tem de correr para um compromisso de trabalho. Para ganhar tempo, toma café enquanto se veste, escova os dentes enquanto reúne a papelada da reunião. Pega as chaves do carro, o celular, a tralha toda… Ótimo, você economizou tempo. Está ameaçando chuva e o trânsito promete ser complicado, mas se você pegar alguns atalhos poderá chegar no horário. Tudo sob controle. Você liga o carro e ele faz um barulho estranho, um engasgo, e morre. Essa não. Você liga de novo e o carro não pega. Não é possível. Tenta outra vez, o resultado é o mesmo. Qual seria a sua reação em uma situação dessa? Aceita a situação como é, classifica rapidamente suas prioridades e busca alternativas para corresponder ao que priorizou ou prefere esvaziar a ira em um incontrolável ataque de nervos?

A alternativa mais acertada seria a primeira, afinal, perder tempo com o que está além do seu controle é o mesmo que colocar o dia inteiro a perder. Mesmo assim o que mais frequentemente se encontra são pessoas centradas em ataques de nervos e, além de não encontrarem uma solução para sair do impasse, ainda esgotam suas energias com algo completamente improdutivo. No caso do executivo atrasado para a reunião e o carro em pane, em vez de ficar ali praguejando, o ideal seria “afastar-se” da situação e restabelecer a calma. Só assim é possível perceber qual a sua realidade e redefinir prioridades que, naquele momento, não era fazer o carro andar, mas chegar à reunião. Quando nos distanciamos dos problemas, as soluções fluem.

Outro benefício que o distanciamento mental e emocional traz é criar as condições para que a pessoa encontre uma solução criativa para o problema. Um bom exemplo disso foi a situação que se passou com um amigo dos meus filhos. Em uma das vezes em que esteve em casa, o rapaz contou as dificuldades que estava encontrando em seu novo emprego como analista de sistemas. “Aquela empresa é uma loucura. Tudo precisa ser feito para ontem, e há uma pressão enorme sobre os analistas para solucionar os problemas dos sistemas, fazer melhorias e desenvolver novos programas. Não consigo trabalhar desse jeito, acho que vou pedir demissão”, contava ele, chateado.

Tempos depois, ele reapareceu em casa com uma cara bem melhor. Disse que havia começado a fazer natação três vezes por semana para combater o estresse e, sem querer, descobriu um jeito de lidar com os problemas do trabalho. “Eu ia nadar para desfazer as tensões e tentava não pensar em nada, só contava minhas braçadas. No primeiro dia, senti o corpo relaxar um pouco. No segundo, achei que minha mente ficou mais leve. No terceiro, sem mais nem menos, tive um insight para resolver um problema que estava enfrentando”. Foi assim que o rapaz começou a entender que precisava se distanciar dos problemas para poder resolvê-los. Um pouco mais difícil foi aprender a fazer isso fora da água, já que ele não podia se jogar na piscina cada vez que ficava tenso para resolver alguma situação do trabalho. Mas só de tomar consciência de que precisava relaxar para solucionar seus “pepinos”, foi aos poucos aprendendo a lidar com a tensão na empresa e as coisas começaram a fluir melhor para ele.

Repare como você mesmo logo pensa em uma solução quando uma pessoa começa a falar do problema dela. Em poucos minutos de conversa, já ataca de conselheiro e recita todas as palavras-chave do catecismo da automotivação. Curioso como você consegue ser tão eficiente na solução das questões alheias, mas não consegue fazer isso por si próprio, não? Já que é assim, experimente olhar para a situação que está vivendo como se ela fosse de outra pessoa. Isso também é uma forma de distanciamento que poderá ajudá-lo a encontrar a solução de que precisa. Se você só focaliza o problema, só enxergará o problema. Mas se dá um passo atrás e abre as suas lentes com a intenção de ver mais, você se abre para enxergar mais – e a solução aparece.

Há mais de 18 anos no mercado de palestras, Leila Navarro conquistou sólida carreira no Brasil e no exterior. Suas palestras já foram assistidas na Espanha, Chile, Uruguai, Panamá, Japão, México, Peru, Paraguai, Colômbia, Angola e Portugal. No Brasil, segundo a Revista Veja, integra o ranking dos 20 mais notáveis palestrantes brasileiros. Entre suas premiações, em 2013 foi a única mulher eleita Top5, na categoria palestrante, do Prêmio Top ofMind Estadão RH, o Oscar do RH, o mais prestigiado e desejado prêmio do mercado. Em 2005 levou em primeiro lugar! Também obteve o Prêmio de 100 fornecedores de RH – Categoria palestrante do ano 2009. Autora de 16 livros, entre eles, “Autocoaching de carreira e de vida”, “Talento para ser Feliz”, “A vida não precisa ser tão complicada”, “O poder da superação”, e seu mais novo lançamento o “Virar o Jogo” , além de diversos e-books, artigos e diversas participações para a mídia em geral.
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