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Sobre aquilo que nos é imposto e o conflito como consequência

Imponha algo a alguém. O que espera como resposta? Submissão, tolerância ou reação? Você sente outras possibilidades? Perceba o que lhe é imposto. Como se sente frente a ele? O que pretende fazer a respeito?

A pessoa que reage tem recursos para tanto. Podemos pensar em alguns deles: trabalho, família, amigos, educação e a força.

Quando os recursos se esgotam a tolerância é utilizada. Rapidamente, o imposto torna-se insuportável e a força é o próximo passo. Tudo aquilo que a mente é capaz de trazer à claridade junto aos nossos comportamentos e às nossas ações, acredite, é plenamente possível à execução. Felizmente para o bem e infelizmente também para o mal/mau.

Perceba o que lhe é imposto. Como se sente frente a ele? O que pretende fazer a respeito? Você constrói a realidade com ele? Consegue fazer diferente?

Acredito que as respostas às essas perguntas variam entre os significados simultâneos: antídoto e veneno; curativo e mortal. Essas metáforas indicam as dosagens daquilo que escolhemos fazer. Elas podem provocar conflitos para o bem ou para o mal/mau.

O conflito para o bem provoca o diálogo, a mediação e quando há solução: é alcançada a reorganização consensual do que foi discutido. Acredito que nesta direção, com calma e aos poucos, desconstruímos a ideia de imposto e construímos a ideia do colaborar.

O conflito para o mal/mau é regido por contra-valores. Ele provoca o questionamento direto àquilo que é importante ao outro, motivando assim, o embate. Acredito que o resultado esperado repercute para o afastamento entre os envolvidos e à privação da liberdade.

Como você estabelece um conflito? Quais reflexões e resultados você quer com ele junto àquilo que lhe é imposto?

Trago alguns contextos para que iniciemos uma conversa a respeito do presente tema. Torço para que consigamos estabelecer um debate.

A permanente e intensa presença dos impostos – estes já tolerados por muitos – em nosso país e o baixo retorno deles à sociedade: provocam diversas reações. Infelizmente, algumas delas podem ser reconhecidas por “Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come”; trecho da canção: HOMEM COM H – Ney Matogrosso. Vocês também sentem isso? Há como fazer diferente?

Acompanho grupos de adolescentes que estão no ensino médio. São comuns os comentários sobre quererem uma escola nova, uma escola diferente. Eles argumentam que não é mais possível apenas ficar sentando ouvindo o professor. Os conflitos entre eles e com o professor ocorrem com maior frequência quando são impostos os espaços confinados de aprendizagem; estes já habituados ao docente e à escola. Como podemos contribuir para esta mudança?

Percebo o aumento de condomínios residenciais que oferecem serviços de consumo e lazer internamente; isto para que os moradores saiam o menos possível daquele ambiente literalmente blindado. Infelizmente, este é um cenário cada vez mais presente devido à violência que nos é imposta junto ao conflito diário com ela; que apresenta números crescentes a cada dia. Como reagir a isto?

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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