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Sobre a importância do fazer bem feito

Entenda como o viver familiar pode contribuir para a assimilação da importância do fazer bem feito e como ela convida às vivências dos valores: fidelização, liderança, vínculo e compromisso.

Eles eram exigentes. Lembro-me de estuar matemática e desenho geométrico com meu pai. Ele explicava desde a origem de cada conta e mostrava a importância de sempre deixar uma folha para rascunho ao lado do caderno definitivo. Que saudade! Quando o meu desleixo aparecia, ele trazia as frases: “Filho, se você fizer bem feito não precisará fazer de novo”; “Aproveita agora e faça de uma vez: depois você consegue brincar”; “Coloque as dúvidas nesta folha em branco e as desenvolva”; “Aproveita que seu pai está aqui”.

Minha mãe contribuiu para que a leitura ficasse interessante, prazerosa e desafiadora. Não consigo dizer a quantidade de livros que ela começou a ler comigo. Lembro que ela dizia: “Leandro, filho, leia: aprenderá mais e mais”; “Você lendo conseguirá se expressar melhor e isto lhe ajudará a fazer bem feito o que tanto precisa”; “Liberte-se logo deste livro para fazer, finalmente, o que gosta, filho”.

Esses e tantos outros momentos de interação e relacionamento com eles foram fundamentais para que eu exerça os papéis – pessoais, acadêmicos e profissionais – que escolhi desenvolver. Eles também contribuíram para que a prontidão àquilo que está bem feito seja: dedicada, elogiada e mantida.

A importância do fazer bem feito convida às vivências dos valores: fidelização, liderança, vínculo e compromisso. A entrega fica leve: não há necessidade de explicações sobre os recursos de caráter e personalidade utilizados. Como também, não há espaço à pressa: esse fazer ocorre com planejamento e mansidão. Grande parte da comunicação entre as pessoas envolvidas acontece por meio das realizações concluídas. O fazer por merecer aparece espontaneamente e assim, acredito, há o equilíbrio entre as generosidades.

Quando fazemos bem feito não dissimulamos a realidade. A mentira não ocorre. O convívio fica gostoso e não paramos aquilo que nos proporciona o pleno contato consigo e com o outro. Atividades, momentos e situações que não gostamos podem aparecer; contudo, são oportunidades para que a coerência e o discernimento sejam utilizados.

Como você promove o fazer bem feito? Você alcança a comunicação pretendida por meio dos detalhes escolhidos? Já há parcerias àquilo que falta seja delegado generosamente?

Leandro Alves da Silva é Gerente de Desenvolvimento Humano Organizacional na First Peopleware e atua desde 2011 em Coaching-Mentoring-Counseling, palestras e treinamentos customizados. Doutor em Educação pela FEUSP e Master Coach pelo BCI.
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