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Sincericídio não é Honestidade: 3 Passos Para Transformar a Forma Como Você Se Comunica

Será que sinceridade e sincericídio são a mesma coisa? Aprenda 3 passos práticos para transformar sua forma de se comunicar, expressar sentimentos sem ferir e construir conexões mais autênticas, profundas e empáticas em qualquer conversa.

Sincericídio não é honestidade: 3 passos para transformar a forma como você se comunica

Sincericídio não é Honestidade: 3 Passos Para Transformar a Forma Como Você Se Comunica
Como expressar o que sentimos sem ferir o outro — e construir conexões mais autênticas

“Eu seria preso se falasse tudo o que penso.”

Essa foi a resposta que recebi em um conteúdo eu falava sobre o poder da expressão honesta.

Esse tipo de reação não me espanta mais. Infelizmente, ainda se confunde muito o que é honestidade e o que é sincericídio.

O sincericídio é aquele discurso orgulhoso: “Vou falar mesmo, doa a quem doer!”.

Mas, no fundo, essa frase revela algo importante: “eu preciso descarregar essa dor, e se para isso eu tiver que machucar o outro, paciência”.

É como quem dispara palavras como balas, acreditando que está sendo verdadeiro, quando na verdade está apenas se livrando de um peso interno — e transferindo esse peso para alguém.

O problema é que, nesse processo, ninguém sai ileso. O outro sai ferido, e você sai ainda mais distante da conexão que talvez desejasse. E pior: antes mesmo de atravessar alguém, essas palavras já rasgaram você por dentro.


Como transformar sincericídio em honestidade

Honestidade não é licença para ser bruto.
Honestidade é clareza com cuidado, verdade com empatia.

E, no fim das contas, é sempre melhor investir tempo para se expressar com clareza e cuidado, do que gastar tempo para resolver ruídos de comunicação e conflitos que poderiam ser evitados.

Para cultivar esse tipo de comunicação, aqui estão 3 passos práticos:


1. Pratique a pausa consciente

Antes de falar, respire.

A maioria das palavras ditas em tom de ataque poderia ser evitada com alguns segundos de silêncio.

Pergunte a si mesmo:

  • O que estou sentindo agora? (tristeza, frustração, raiva, medo, alegria?)
  • Do que eu realmente preciso? (ser ouvido, apoio, clareza, reconhecimento?)
  • Qual é a minha intenção ao compartilhar isso? (me conectar ou apenas descarregar?)

Exemplo: em vez de explodir dizendo “Você nunca colabora em casa!”, perceba que o que você sente é cansaço, e o que precisa é apoio. Assim, pode dizer:

“Eu me sinto cansado e preciso dividir melhor as tarefas com você.”

Viu a diferença? A pausa nos devolve consciência.


2. Use a linguagem do “eu”

Uma das chaves mais poderosas da Comunicação Não Violenta é trocar acusações por autoexpressão.

Frases que começam com “você” costumam soar como ataque:

  • “Você nunca me escuta.”
  • “Você só pensa em si mesmo.”

Já a linguagem do “eu” abre espaço para o diálogo:

  • “Eu me sinto triste quando tento falar e não recebo resposta, porque preciso de mais conexão com você.”
  • “Eu fico frustrado quando minhas ideias não são consideradas, porque valorizo muito poder contribuir.”

Quando você fala de si, o outro tende a ouvir.

Não porque concorda com você, mas porque não se sente ameaçado.

É simples, mas transforma conversas em encontros, não em batalhas.


3. Lembre-se da humanidade compartilhada

Quem está do outro lado não é um inimigo. É um ser humano — cheio de falhas, medos, desejos e buscas, assim como você.

Quando reconhecemos essa humanidade comum, nasce a empatia.

E a empatia é o que sustenta a honestidade verdadeira.

Isso não significa falar sempre de forma “bonita” ou evitar assuntos difíceis. Pelo contrário: significa ter a coragem de falar o que precisa ser dito, mas com respeito e cuidado.

Exemplo: em vez de dizer “Esse projeto ficou péssimo, você não entende nada”, é possível dizer:

“Eu sinto preocupação com os resultados desse projeto e preciso que a gente alinhe melhor os próximos passos juntos.”

A mensagem é a mesma — mas a forma como chega muda tudo.


Honestidade que aproxima

Ser honesto não é falar tudo de qualquer jeito.
É falar a verdade de forma que construa e não destrua.

Honestidade de verdade não cria muros, cria pontes.
Não afasta, aproxima.
Não fere, cuida.

Quando aprendemos a praticá-la, descobrimos algo libertador: podemos conversar sobre absolutamente qualquer coisa — sem máscaras, sem rodeios e sem medo.

E é aí que encontramos a leveza da honestidade: uma forma de viver e se relacionar que nos torna mais livres, mais inteiros e mais conectados.


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Quer saber mais sobre como identificar o sincericídio e diferenciar a franqueza que constrói conexões daquela que apenas machuca e afasta? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Milena Serro
https://www.linkedin.com/in/milenaserro

Confira também: Por que tanta briga no trabalho?

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Milena Serro Author
Milena Serro é Palestrante, Mentora e Facilitadora de Comunicação Consciente e Não Violenta. Especialista em Conversas Difíceis, apoia profissionais e organizações na criação de relações de confiança, colaboração e resultados. É escritora e coautora do livro Descubra O Elo.
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