Semântica do Sucesso: Afinal, o que é o Sucesso?
Acredito que do ponto de vista geral da atual sociedade o sucesso pode ser ilustrado genericamente como a conquista da liberdade financeira, da ascensão de carreira, do relacionamento perfeito, de viajar o mundo, de ter uma família como no comercial de margarina, etc. Entretanto, cada indivíduo pode ter sua própria compreensão do que é considerado sucesso na vida, de forma mais subjetiva e específica.
Na maioria dos casos, o sucesso se representa na forma material, concreta e externa de resultados. Consequentemente, surge a padronização do que se entende de sucesso como um produto de prateleira. Isto somado a elementos socioculturais, como exemplo do famoso “ver pra crer”, nos leva a limitar e restringir nossa visão ao que é concreto e já existente.
Dessa forma, muitos caem na tentação da busca infinita pelo sucesso pronto ao invés de resgatar o poder criativo de imaginar, criar, construir e customizar o sucesso e seu caminho de acordo com as características, peculiaridades, valores e cultura individuais, da forma que realmente se deseja.
Exemplo disto é a forma como se define metas, em que é coerente e necessário que sejam específicas, mensuráveis, etc. Além de ter projeções de curto, médio e longo prazo. O que acredito ser realmente importante e coerente preencher ao estabelecer metas. Entretanto, é fato de que nem todo mundo consegue preencher todas as premissas na hora de definir suas metas. Cada um com suas justificativas e limitações específicas (tempo, capacitação, paciência, perfil, etc.).
Aonde quero chegar nessa linha de raciocínio é mostrar a possibilidade de encontrar um meio termo entre o que buscamos nas referências externas (conceitos, modelos, ferramentas prontas, etc.) e o que podemos criar ou adaptar a partir das referências internas (perfil, características individuais, experiências, etc.), com destaque principal à possibilidade de exercermos o nosso poder criativo. Pra isso é essencial aguçarmos e exercitarmos a visão e percepção do cerne da questão, da raiz. O que nem sempre será explícito aos vícios desta visão padronizada de sucesso.
Portanto, é importante destacar e sugerir que o sucesso está naquilo que cumpre com o esperado. E bom é o que cumpre bem o seu propósito. Um carro é bom quando cumpre seu propósito de transportar. E uma viagem é bem-sucedida quando cumpre seu itinerário. Uma empresa é boa quando gera lucro financeiro. E bem-sucedida quando cumpre com as projeções de lucro esperadas.
Ou seja, tudo que existe traz implícito o seu propósito.
A questão é enxergar e compreender quais tipos de sucesso (e metas) podemos extrair (ou criar) dentro deste propósito. A ponto de desdobrar os entendimentos, percepções e visões que viabilizem sua utilização como efetivo instrumento de navegação para o sucesso.
Recentemente me contaram a história de um empreendedor dono de uma grande empresa do segmento de agronegócio, que construiu sua empresa com base na sua característica de tomar iniciativa a partir da identificação de oportunidades e principalmente da aplicação do seu poder criativo ao criar, improvisar e adaptar soluções de acordo com as demandas (e crises). Em linhas gerais, ele percebeu na realidade das plantações, dificuldades no processo de pulverização de defensivos, como também identificou o descarte de muitas latas grandes de insumos utilizados. A partir disto colocou em prática sua experiência como torneiro e soldador para criar uma solução que hoje se conhece como pulverizador costal (tipo mochila) que proporcionou maior autonomia e mobilidade aos agricultores.
Acredito que neste caso, similar a de muitos outros empreendedores, tanto o surgimento como o crescimento da empresa foram guiados pela visão de oportunidades e o poder criativo.
Na maioria das vezes isto ocorre de forma empírica e espontânea, sem o devido planejamento “formal”. O que obviamente não justifica a não necessidade de “formalizar” adequadamente metas e planejamento. Aqui a referência interna (perfil, características individuais, experiências, etc.) se destaca. E de acordo com a evolução do negócio, surge a necessidade de criar elo e conexão com referências externas (conceitos, modelos, ferramentas prontas, etc.) para garantir o crescimento e continuidade do negócio.
Os vícios que se criam, a partir dessa visão padronizada, podem levar a “armadilhas” nessa busca pelo sucesso. Armadilhas como “trocar os pés pelas mãos” ou “colocar o carro na frente dos bois”.
O resultado em si passa a ser mais importante que o processo.
Um exemplo é quando se busca o sucesso financeiro com a compra de mais bilhetes de loteria ao invés de juntar e investir o dinheiro em aplicações financeiras. Ou quando se cai em golpes de estelionatários com promessas de ganhos financeiros milagrosos.
Com isso perde-se a paciência, perde-se o gosto pela experiência do caminho, pelo “artesanato” e pela arte de criar e agregar valor pela soma de elementos básicos. Perde-se especialmente o uso inteligente do recurso mais importante que é o tempo, que deveria ser um ativo ao invés de um passivo.
Em suma, acredito que muitos caem na armadilha de achar que são livres pra conquistar seus sonhos, sendo que na realidade tornam-se reféns dos modelos de sucesso padrão.
Enquanto o “ter” tiver prioridade diante do “ser”, maior se torna a fila dos que buscam o sucesso no “fast-food”.
Assim falavam os “artesãos” do autêntico sucesso.
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Atente-se! Em breve postaremos o próximo artigo que estou preparando pra vocês.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o que é sucesso? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer de conversar sobre o assunto com você.
Forte abraço e até a próxima!
Bruno Tsai
http://www.btperformance.com.br/
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