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Saúde Mental: Autoconsciência, Contexto e Relacionamentos

Entenda a importância da autoconsciência, contexto e relacionamentos para a saúde mental. Descubra como identificar sinais do corpo, avaliar o ambiente e promover um estado de segurança emocional e potencializar seu crescimento pessoal.

Saúde Mental: Autoconsciência, Contexto e Relacionamentos

Saúde Mental: Autoconsciência, Contexto e Relacionamentos

A razão de existir é tornar-se si mesmo.
O motor da nossa existência é nossa integração.
(Donald Winnicott)

Vários estudos de pesquisas relacionados ao processo de integração do EU, tem sua origem nas primeiras experiências de uma criança, que se tornam modelos para todas as suas conexões posteriores.

O pediatra e psicanalista Donald Winnicott, a partir de minuciosas observações sobre mães e filhos, acreditava que as interações físicas, como pegar, dar colo, amamentar e acarinhar, preparam o caminho para a consciência do self, por parte do bebê, e com isso para um senso de identidade durante toda a vida, condicionando a capacidade de sentir o corpo como um lugar onde vive o psiquismo, e essa sensação visceral e cinestésica prepara nosso corpo para aquilo que experimentamos como real.

Somos criaturas profundamente relacionais e sociais, e nossa vida consiste em encontrar nosso lugar, na medida que crescemos aprendemos a cuidar de nós mesmos física e emocionalmente, mas a base do nosso aprendizado vem do modo como fomos cuidados, como o domínio da autorregulação, a harmonia das primeiras interações com os nossos cuidadores, fontes de confiança, bem-estar e resistência criando vantagens para toda a vida, servirão como amortecedores das adversidades que fazem parte dela.

A criança tendo a oportunidade de viver num ambiente seguro de bons vínculos afetivos e de cuidados, promove a autoconfiança, tranquilidade e autoeducação, mantendo assim distantes o medo e a ansiedade, estimulando a solidariedade e solicitude em relação as outras pessoas.

Se não ocorrer nenhuma situação desastrosa que danifique o sistema de autorregulação (trauma), então essas pessoas provavelmente manterão um estado de segurança emocional por toda a vida.

A base da jornada da nossa Integração está na infância, onde destacamos o contexto e os relacionamentos como fonte de aprendizado refletido ao longo da nossa vida.

E como eu me aproprio e potencializo esse aprendizado?

Considere ampliar a percepção de sutis sensações sensoriais, tendo como base o corpo. O importante é saber o que sentimos, para que possamos saber por que sentimos. Aprendendo a observar o que está dentro de nós. Nossas sensações nos sinalizam o que é ameaçador ou seguro e fonte de energia. Nos ajudam a analisar e avaliar o contexto externo, e assim nos advertem quando há perigo.

Quando você se conecta com seu interior, então você mobiliza a sua segurança. Sentirá ser dono do próprio corpo, das suas sensações e de seu self. O contrário que seria ignorar ou distorcer os sinais de alerta. e esses sinais assumirem o comando gerando insegurança, medo e ansiedade.

A dificuldade de discernir o que acontece no corpo faz com que as pessoas não consigam identificar suas reais necessidades, portanto apresentam dificuldades em expressar seus sentimentos e de cuidar de si mesmas. Não conseguem identificar os significados das suas sensações, o sono interrompido, a vulnerabilidade, o sofrimento psíquico, não percebem os próprios limites pois muitas vezes estão na rota da autoexigência e da alienação dos prazeres e desprazeres.

Geralmente registram as emoções como problemas físicos. Ao invés de sentir raiva ou tristeza, sentem e tratam como dores musculares, ou distúrbios estomacais ou intestinais.

Coloque uma lupa no contexto em que você vive e trabalha.

São saudáveis e energizantes ou são tóxicos? O contexto favorece o aprendizado? O desempenho? As exigências são compatíveis com a realidade em relação ao tempo, complexidade e recursos? É ameaçador, inseguro? Você tem medo de ficar sem emprego? Sem dinheiro? Ou está desempregado? Você se sente bem na sua casa? Vive bem sozinho? Vive bem com a família? Quais são os prazeres? Qual o impacto no seu corpo? No seu estado psíquico?

E os relacionamentos?

São construtivos, seguros e contribuem, de fato, para seu amadurecimento e crescimento? Ou são tensos, desestimulantes, conflituosos, fonte de adoecimento? Existe movimento para mudanças? Qual o impacto no seu corpo? No seu estado psíquico? Qual o impacto nos grupos com quem você se relaciona?

O processo de Integração requer imersão constante, em diferentes estágios da vida, a reflexão sobre seu amadurecimento, necessidades, desejos e experiências mais significativas, em direção à evolução de consciência individual e coletiva.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a importância da autoconsciência emocional, contexto e relacionamentos para a saúde mental? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar a respeito.

Um abraço,

Regina Sotto Maior
https://www.estacaolideranca.com.br

Confira também: A Arte do Diálogo: Como ela contribui para a Saúde Mental no Trabalho?

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Regina Sotto Maior é Psicóloga, consultora sênior e palestrante nas áreas do desenvolvimento humano, transformação organizacional e projetos educacionais. Especialista nas áreas de cultura institucional, liderança, facilitação de grupos, change management, executive e professional coach, mentoring, design de carreira e saúde psíquica no trabalho. Atua em diversos segmentos como automotivo, energia, óleo e gás, telecomunicação, segurança, tecnologia, saúde, alimentos, farmacêutico, cosméticos, hotelaria, varejo, serviços, pesquisa, programas sociais e governamentais. Na FAAP, atuou durante 18 anos como coordenadora dos cursos de pós graduação em Recursos Humanos e MBA, atualmente é professora na ESPM-Mentoria para Líderes e no curso de Especialização em Gestão de Pessoas em Saúde -SES-CRH-Governo Estado de São Paulo. Trabalhos apresentados em congressos nacionais e na América Latina, sobre a saúde no trabalho.
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