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Saudades

Quantas vezes não damos o valor às pessoas e coisas que estão ao nosso alcance naquele momento? Saudades de outro tempo e nos arrependemos que o tempo não foi devidamente aproveitado? Ou aquele “eu te amo” entalado na garganta, por não ter sido dito?

SAUDADES: O arrependimento por não ter feito ou vivido o momento presente quando era possível

Saudades

“Então, se você anseia por seu filho ou seu amigo em um momento em que eles não são dados a você, você está ansiando por um figo no inverno, acredite em mim.” (Epicteto)

O figo é uma fruta deliciosa encontrada nos meses mais quentes do ano.

O Filósofo grego Epicteto, fez esta interessante metáfora onde compara a ausência de pessoas queridas com a vontade de saborear um figo no inverno.

Essa metáfora nos lembra que devemos dar valor naquilo que se encontra presente, que se encontra ao nosso alcance, isto é, viver o momento presente. A ideia se aplica a tudo: parentes, parceiros, amigos, mas também às etapas de nossa própria vida – da infância à velhice.

Familiares também são finitos e muitas vezes vamos sentir saudades ou arrependimentos quando não é mais possível tê-los por perto. Epicteto nos ensina a viver intensamente o momento presente, pois lá na frente certamente a oportunidade não mais existirá.

Na recente pandemia perdi muitos amigos e muitas vezes ainda me sinto saudoso por não ter aproveitado enquanto eles estavam por aqui. Muitas vezes, sem um motivo razoável, desmarquei cafés e bate papos, outras vezes recebi ensinamentos e conselhos sábios, mas aquele “obrigado meu amigo”, ficou para nunca mais…

Temos o costume de esperarmos a felicidade mais lá na frente – “quando fizermos aquela viagem”, quando nos aposentarmos”, “quando conseguirmos comprar aquele automóvel” e tantas outras coisas que nos fazem transferir a nossa felicidade para depois.

Muitos dizem: serei feliz quando for próspero – mas esquecem que somente serão prósperos depois que conseguirem ser felizes, quando muito podem ter bens que não são duráveis e que podem trazer mais infelicidades futura.

Quantas vezes em nossa vida não damos o valor às pessoas e coisas que estão ao nosso alcance naquele momento? Quantos de nós não sente hoje, saudades das brincadeiras da infância e se arrependem que o tempo não foi devidamente aproveitado? Quantos de nós têm aquele “eu te amo”, “eu gosto de você” entalados na garganta, por não terem sido ditos?

Às vezes me vejo pensando que saudades tem muita semelhança com arrependimento, por não ter feito ou vivido o momento quando era possível ser vivido, pois se dermos toda a atenção e viver intensamente cada momento, certamente em lugar das saudades restará a gratidão acompanhada de um “até breve”.

Gostou do artigo? Quer falar mais sobre o arrependimento por não ter feito ou vivido o momento quando era possível? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre este tema.

Cleyson Dellcorso
https://www.dellcorso.com.br/

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Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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