Meu DISC deu errado, por quê? (parte II de II)
Dando continuidade à parte I do artigo Meu DISC deu errado, por quê? deste artigo, vou abordar mais motivos para uma pessoa não concordar com parte ou com todo o resultado do DISC.
- Pode não confiar nas boas intenções da liderança da empresa, RH ou até da empresa como um todo.
- O relatório diz coisas certas, mas que a pessoa não aceita. Pode acontecer de a pessoa discordar justamente daquilo que mais é, inclusive já tendo escutado o mesmo de outras pessoas – mas que sempre negou.
- Gostaria de ser uma pessoa diferente daquela retratada pelo gráfico ou relatório.
- Pensa que o resultado engessa ou limita a pessoa. O autoconhecimento e a aceitação de quem é, com suas respectivas forças e limitações, libertam a pessoa para uma infinidade de possibilidades.
- Não simpatiza, não tem uma primeira boa impressão ou não confia na pessoa que irá interpretar os resultados.
- Recebeu o relatório, em formato eletrônico ou impresso, sem devolutiva verbal ou qualquer outro tipo de orientação a respeito dele.
- O relatório de texto é mal escrito, em termos de conteúdo e/ou português, o que aumenta as chances de resistência de quem o lê.
- Já teve uma má experiência com o DISC e por isso já tem uma predisposição negativa a uma nova análise, mesmo que o instrumento seja de outra empresa e a interpretação feita por outra pessoa.
- Subestima ou menospreza o resultado, em razão da aparente simplicidade do questionário.
O relatório mostra justamente o que a pessoa tenta esconder.
- A pessoa desconfia de que não foi dito tudo na devolutiva, mais especificamente as partes que a podem prejudicar.
- O ambiente onde a devolutiva ou entrega do relatório foi feita não era apropriado e a pessoa pode ter ficado desconfortável por outras pessoas também terem visto ou escutado o seu resultado.
- A pessoa simplesmente não se sente à vontade de outras pessoas a conhecerem melhor.
- Não sabe quem são as pessoas que terão acesso ao resultado, aumentando a sensação de medo com relação a como os resultados serão utilizados e com qual intenção.
- Mistura conceitos ou teorias, pelo pouco entendimento do que a teoria DISC mede e não mede.
- A pessoa que está analisando o resultado está apenas lendo o gráfico, ao invés de interpretá-lo, fazendo perguntas e construindo a análise a quatro mãos. Apenas ler, em uma comunicação de mão única, faz aumentar muito as chances de erro, além de tornar a análise fria e impessoal, o que pode aumentar a resistência da pessoa analisada.
- Falta de sensibilidade, respeito, carisma, diplomacia, tato, simpatia e empatia de quem vai analisar pode facilitar o afastamento e a resistência da pessoa analisada.
Acredito que a lista acima, que para alguns pode ser longa e cansativa, ainda não é completa.
Por isso é importante salientar a importância de interagir com a pessoa analisada, fazendo perguntas e a ouvindo, com isenção e uma agenda positiva, para a construção da resposta certa à situação, sempre que houver uma reação negativa ou oposição ao resultado da análise DISC. Esse é um processo cooperativo entre quem analisa e a pessoa analisada, onde a premissa básica é de que haja confiança entre elas.
Para lidar com gente, principalmente quando se pretende utilizar ferramentas de assessment, é crítico ter uma boa inteligência interpessoal, além de outras competências de relacionamento, sem esquecer de checar a origem e qualidade do instrumento. Uma excelente capacitação na metodologia e uma boa dose de paciência e humildade no caminho do acúmulo de experiência também são fundamentais, ainda mais que experiência não se compra ou inventa, se adquire através do tempo, o qual tem a mesma medida para todos nós.
Gostou do artigo? Quer saber mais sobre os motivos para uma pessoa não concordar com parte, ou com todo o resultado do DISC? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Alexandre Ribas
https://www.linkedin.com/in/perfilalexandreribas/
Confira também: Meu DISC deu errado, por quê? (parte I de II)
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