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Resiliência nas organizações quando o assunto é retorno da COVID-19

Forçar o retorno presencial de colaboradores ou manter apenas o essencial para o negócio até que haja uma imunidade coletiva?

Resiliência nas organizações quando o assunto é retorno da COVID-19

Resiliência nas organizações quando o assunto é retorno da COVID-19
Por Marco Barbosa (*)

Mais do nunca estamos em um limbo na tomada de decisões.

A continuidade do isolamento social, a real restauração dos negócios e uma possível nova onda da COVID-19 em fevereiro, levantam questões profundas entre nós que trabalhamos nas organizações.

Forçar o retorno presencial de colaboradores em geral à planta física, ou manter apenas o essencial para o negócio, até que haja uma imunidade coletiva?

As vacinas começaram no mês de janeiro, mas o incerto está no ar. E, com isso, o maior patrimônio das empresas; – os recursos de colaboradores como a inteligência, o engajamento e a produtividade, também continuam em risco.

Questões importantes se apresentam: Manter o essencial para o negócio pode significar que várias áreas continuem aquém das necessidades de produção e entrega. Por outro lado, trazer todos de volta, pode-se ter um número excessivo de colaboradores e líderes contaminados e afastados, o que também coloca em risco as operações. Uma das empresas aéreas de São Paulo necessitou trocar três equipes para que um voo pudesse ser realizado. Esta situação trouxe sérias consequências como acionar pessoal em emergência, atrasos na decolagem, multas etc.

Dessa forma, tendo-se em consideração a boa gestão do pessoal e financeira, o sábio é tomar decisões com base em áreas da resiliência.

Uma delas é a Análise de Contexto.

Analise o Contexto de sua organização em um diagrama de causa e efeito, desenhe ações que efetivamente estejam alinhadas com as orientações das autoridades sanitárias de sua região, e que atendam de modo realístico os critérios para minimizar a exposição à COVID-19.

Por exemplo, no pessoal que está no modelo presencial, faça treinamento de 20 a 30 minutos em cada semana sobre como NA PRÁTICA analisar e identificar o contexto de risco de contágio.

Não tenha dúvida de aplicar tal critério a fornecedores, como o pessoal das empresas de entrega, telefonia e visitas externas. Estes dias fui a um cliente que estava praticando esse treino. Fui recebido por uma pessoa que me acompanhou até a local que eu deveria ter minha atuação. Durante todo o percurso, deu-me toda orientação de como me portar, onde poderia tocar ou higienizar. Destacou o enfoque que a preocupação era minha segurança. E o melhor, a pessoa foi o tempo todo gentil e acolhedora. Fantástico!

Outra prática de analisar e identificar o contexto e prepará-lo adequadamente, nestes meses agudos de janeiro e fevereiro/21, se refere quando for identificado, durante o período de trabalho, alguém que esteja infectado. A diferença para os meses anteriores é de que havia uma ou outra pessoa nesta condição, agora, estamos tendo empresas com várias pessoas com o diagnóstico no mesmo período, – o que muda radicalmente as ações internas de segurança.

Nessas situações atue na prevenção. Tenha antecipadamente, um escritório ou área onde a pessoa possa estar isolada mantendo a dignidade e cuidados. Bom é que haja janela aberta e contínua ventilação.

É muito interessante que o RH invista na Análise de Contexto na perspectiva de ampliar o conhecimento em todos da empresa. Uma iniciativa neste sentido é organizar material de instrução, de preferência em PDF, com telefones de contato e reforço das orientações do governo local e federal. Nestas orientações, também fazer menção sobre os riscos e cuidados com a automedicação. Com a distância mínima de pelo menos dois metros de outras pessoas (na sala reservada ou já em casa).

Com o toque em superfícies, cozinhas, escadas e celulares. Jogar todo o lixo pessoal rapidamente na lixeira. Que o uso de banheiro é aconselhável que seja em um separado, na empresa se pode-se reservar unidades para tal finalidade. Com a finalidade de garantir talentos e a preservação do capital humanos, regulamente condições para que colaboradores com maior risco devido doenças graves, como diabetes, pulmonares, idade mais avançada, doenças cardíacas, permaneçam em home office.

Atentos a esta perspectiva, os poucos módulos dos cursos de especialistas em resiliência, que ainda ocorrem com atividades presenciais aqui na SOBRARE, seguem todas estas orientações.

Em conclusão, ter a disciplina de analisar o contexto e, traçar ações, a partir desta análise é gerenciar com base na resiliência prática.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como desenvolver a Resiliência nas organizações? Então entre em contato conosco. Terei o maior prazer em responder.

(*) Marco Barbosa é Publicitário. Desenvolvedor do projeto STRESS CRIATIVO. Cofundador da SOBRARE e organizador do Congresso Brasileiro de Resiliência. 10 anos de experiência com projetos de desenvolvimento de resiliência em organizações.

George Barbosa
http://sobrare.com.br/

Confira também: RESILIÊNCIA CORPORATIVA: É preciso desenvolvê-la em sua empresa! (parte I)

 

SOBRARE Author
Nascida em 2009, a SOBRARE (Sociedade Brasileira de Resiliência), tem, desde sua organização, a missão de divulgar, de forma fácil e prática, conhecimentos em resiliência dentro da perspectiva científica. Para tanto, ao longo dos anos, foi consolidando sua teoria, métodos e instrumentos de avaliação para dar suporte aos que buscam pesquisar e trabalhar com resiliência. A resiliência em si é formada por oito áreas específicas: O Autocontrole, a Análise de Contexto, a Autoconfiança, a Empatia, o Conquistar e Manter Pessoas, a Leitura Corporal, o Otimismo para com a Vida e o Sentido de Vida. Devido a este construto científico definido da resiliência, a SOBRARE já possui diversos doutorados, mestrados, TCCs e MBAs defendidos em universidades com tais conceitos teóricos e seu ferramental. Esta atuação também tem sido intensa com as organizações por meio de treinamentos, capacitações e mapeamento das áreas da resiliência em líderes e colaboradores.
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