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RESILIÊNCIA: A arte de seguir em frente

Resiliência é uma poderosa “soft skill” que funciona como uma alavanca para que profissionais cheguem ao sucesso e uma habilidade comportamental muito valorizada em nossas organizações.

RESILIÊNCIA: A arte de seguir em frente

RESILIÊNCIA: A arte de seguir em frente

“Não me desencorajo porque cada tentativa descartada é outro passo à frente” (Thomas Edison)

Os dois melhores hábitos que determinam o sucesso e reduzem a possibilidade do fracasso são a paciência e a perseverança. As mais de 10 mil tentativas de Thomas Edison antes de anunciar a sua mais importante invenção (a lâmpada elétrica) é um bom exemplo de como fracassar rumo ao sucesso.

O medo de fracassar é o inimigo número um dos sonhos. Napoleon Hill observou que “cada adversidade, cada fracasso, cada dor de cabeça carrega consigo a semente de um benefício igual ou maior”. A esta capacidade de fracassar, aprender com os erros e não desistir, dá-se o nome de resiliência.

Resiliência, vem do conceito da física para explicar a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após se submeterem a uma deformação elástica. Por exemplo: o pneu ao cair num buraco se deforma, mas quando a força que causa a deformação desaparece, o pneu volta à forma original.

O termo resiliência tem sido amplamente utilizado no comportamento humano, em especial no mundo corporativo, para definir aqueles que têm a capacidade de resistir às adversidades e que possuem a tão desejada capacidade para enfrentar e superar os problemas do cotidiano – aqueles que são definidos como resilientes são aqueles que colocam sua energia e recursos para superar as adversidades para sair delas fortalecidas.

A história nos oferece inúmeros exemplos de comportamento resiliente.

No meu entender, um dos mais marcantes é o do médico psiquiatra austríaco Viktor Frankl (1905 -1997). Durante três anos viveu o inferno em quatro campos de concentração nazista; separado de sua mãe, irmão e esposa, Viktor canalizou suas energias e concentrou-se no trabalho de escrever o livro “Em Busca de um Sentido”. Livro que retrata os horrores que passou, sem, contudo, perder a esperança em seu futuro.

Finalmente ao se libertado em 1945 e tomar conhecimento que sua mãe, esposa e irmão foram exterminados nos campos de Auschwitz, torna-se então um prestigiado psiquiatra criador da logoterapia (que explora o sentido da existência). Uma de suas frases mais famosas é:

“Tudo pode ser tirado de um homem, exceto uma coisa. A última das liberdades humanas: escolher a sua atitude em um determinado conjunto de circunstâncias, escolher seu próprio caminho”.

Um olhar atento acerca de pessoas bem-sucedidas nos mostra que não são, necessariamente, as mais inteligentes ou aquelas brindadas com educação formal primorosa, mas, ao contrário, são as emocionalmente resilientes.

Resiliência é, também uma poderosa “soft skill” que funciona como uma alavanca para que empreendedores cheguem ao sucesso e uma habilidade comportamental muito valorizada em nossas organizações.

O coach e palestrante Akash Karia em seu livro “Emotional Habits – 7 things Resilient People do Differently discorre sobre os hábitos que fazem pessoas se tornarem emocionalmente resilientes bem como integrar esses hábitos na vida pessoal e profissional de forma consistente.

Alguns desses hábitos e comportamentos de pessoas dotadas de alto grau de resiliência, a saber:

  • Sabem lidar de forma construtiva com emoções e experiências negativas para encontrar caminhos e agir de forma construtiva;
  • Têm a clara noção de que não tiveram escolha sobre fatores e acontecimentos externos, porém, sabem escolher como agir perante estes acontecimentos;
  • Controlam os sentimentos gerados pelas emoções ao invés de tentar eliminá-las, ou seja, aceitam suas emoções e assumem o controle de suas ações;
  • Adotam posturas corporais que as fortalecem e não demonstram fragilidade e/ou comportamentos negativos. Segundo a psicóloga norte-americana Amy Cuddy “sua mente muda seu corpo, mas o seu corpo pode mudar sua mente”
  • Ao invés de reagir a estímulos externos, mudam o foco para transformar estes estímulos em oportunidades e, assim, atingir resultados melhores;
  • Administram e moldam suas crenças para fortalecer a capacidade de lidar com emoções negativas;
  • Questionam sempre seus conceitos e fazem reflexões internas através de perguntas desafiadoras para melhorar;
  • Ajustam seus controles internos para modificar/ressignificar suas histórias e experiências passadas;
  • Desenvolveram a capacidade de, perante situações de emoção extrema, avaliar de forma racional os acontecimentos responsáveis por essa situação, o comportamento que seria produzido ao agir por impulso (sentimento) e, finalmente, as consequências de suas ações.

Nos dias atuais, onde as transformações e instabilidade são uma constante e, assim, crises e dificuldades fazem parte do cotidiano, as organizações devem favorecer, estimular e desenvolver entre seus colaboradores um ambiente onde a resiliência, esta importante “soft skill”, seja valorizada e incentivada para que pessoas resilientes sejam produtivos e enfrentem as dificuldades com maior eficiência.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre resiliência como soft skill para o sucesso? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Walter Serer
https://www.linkedin.com/in/walter-serer-86717b20/

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Walter Serer Author
Walter Serer possui extensa e sólida experiência executiva como CFO e CEO de empresas multinacionais de grande porte. Robusta formação em Finanças Corporativas adquirida na General Electric (graduado pelo Financial Management Program) onde atuou por 14 anos ocupando relevantes posições na área de Finanças e Administração. Atuou como CFO nas empresas TI Group, Valeo, Coldex Frigor e Black&Decker. Nos últimos 18 anos exerceu posição de CEO na Ingersoll Rand Brasil (2011-2014), Syncreon South America (2003-2010) e TI Group Latin America (1997-2003). Pós-graduado em Finanças pela FGV e graduado em Administração de Empresas pela (ESAN – PUC/SP).
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