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Quem comandará o NOVO NORMAL do Mundo?

O futuro aponta um cotidiano social e econômico impactado diferentemente em cada cidade. Você está preparado para entrar nesse campo minado de interesses conflitantes?

Quem comandará o NOVO NORMAL do Mundo?

Quem comandará o NOVO NORMAL do Mundo?

Ao longo desse período todo de pandemia, o Brasil tem acompanhado um confronto aberto entre diferentes níveis do Poder Executivo (prefeitos, governadores e presidência). Ao qual deixo de atribuir adjetivos qualificativos, pois o que importa aqui é o fato. Cabe dizer, algumas vezes esses conflitos cresceram de tom e exigiram mediação por instâncias da Justiça. E, não podemos esquecer, até estiveram próximos de diferentes canais Legislativos e da sociedade, como um todo. Mas será que isso é um acontecimento típico de terras tupiniquins ou cabe um olhar mais amplo para o mundo?

Pois bem, Mathias Behn Bjørnhof escreveu uma abordagem bastante interessante, postada na publicação técnica do Copenhagen Institute for Futures Studies, de Julho/2021 (ele é Advisor & Futurista para assuntos relacionados com Mobilidade Urbana e Inovação). Segundo Mathias, “enquanto as nações falam, as cidades agem”, o que reforça a tese do estudioso Benjamin Barber que, em 2013, lançou um livro defendendo a premissa de que algumas das maiores ameaças e desafios do nosso tempo encontram um estado de paralisia envolvido por estatutos, regras e instituições supranacionais.

Com visão abrangente, o texto de Mathias Behn argumenta que na defesa da democracia, os países precisam encontrar novas soluções de enfrentamento às mudanças climáticas, ao terrorismo e ao tráfico em suas diferentes formas, entre outras mazelas do cotidiano. A lista de desafios parece crescer, assim como cresce a desconfiança das pessoas nas instituições e na competência dos líderes nacionais. Somando a isso, e segundo Barber escreveu em seu livro, as pessoas temem pela competência de uma governança democrática nacional para o futuro. Acreditam que, no nível local (cidades, municípios), está a esperança de uma governança capaz de enfrentar todos os problemas.

Reforçando essa preocupação, vale lembrar que os últimos anos da política internacional expuseram profundas disfunções dentro das democracias liberais. Grandes lideranças sofrendo pressões e tendo desgastes no nível nacional.

Ao mesmo tempo, a participação e a influência das cidades parecem estar mais vivas. Tendo crescido a criação de redes informais e a cooperação entre cidades, buscando agregar as boas experiências na administração urbana. A partir desse contexto, estão sendo eliminados os muros e as distâncias históricas, tornando assim as grandes cidades verdadeiros centros globais para comércio, inovação, tecnologia e educação, envolvendo também poderosas organizações (nos níveis local, nacional e internacional).

Podemos perguntar: em que grau as cidades realmente serão capazes de promover a transformação social e econômica que os governos nacionais estão deixando de entregar? As cidades estão vinculadas a uma legislação nacional e federal que define suas responsabilidades, poderes e fontes de receita. A liderança municipal tem a tomada de decisão dividida em vários níveis diferentes de poder. E, eventualmente, conflitar com a direção dada pela política nacional pode impactar severamente até mesmo cidades poderosas. Enquanto conflitos de interesse entre o nível local e aqueles no nível nacional não são uma grande novidade. Melhor seria se houvesse uma atenção crescente para a constante construção de novas redes colaborativas entre todos.

Atualmente, para se avaliar o sucesso na administração de uma cidade, em países mais desenvolvidos, algumas lideranças chegam a trabalhar com mais de 300 indicadores. O fato é que a maior parte dos futuros núcleos urbanos terá lugar em regiões menos desenvolvidas do mundo. Exigirão assim redefinição de valores, desejos e demandas das megacidades de amanhã, bem como com quais redes de colaboração se poderá contar. Além disso, não devemos nos surpreender ao pensarmos na influência que as empresas globais têm, em toda a escala de governança.

As cidades sempre competiram por recursos tanto quanto colaboraram entre si, e não há indicação de que isso deixará de acontecer no futuro.

Uma pesquisa realizada em 2020, em 47 grandes cidades, identificou que recursos dedicados ao desenvolvimento de competências das lideranças locais, principalmente em aspectos de diplomacia e negociação, acabam sendo pouco aproveitados. Ou seja, para que cidades sejam crescentemente impulsionadoras da transformação e do desenvolvimento socioeconômico, há que existir mais do que só vontade e boas intenções.

E então quem comandará o NOVO NORMAL do Mundo?

Não há dúvida de que as cidades e os governos locais terão papel preponderante na formação da futura agenda global. Além disso, na solução dos desafios que este ambiente VUCAH gera, em todo o mundo. Para se tornarem as lideranças reais de transformação positiva nas próximas décadas, as cidades de todo o mundo devem superar os desafios relacionados aos vários níveis de governabilidade e de redes de colaboração.

Enfim, acreditando que o futuro aponta um cotidiano social e econômico impactado diferentemente em cada cidade, eis aí uma boa frente de oportunidades para coaches, mentores e consultores, contribuindo com o desenvolvimento humano tanto no ambiente das empresas e organizações, como também no ambiente público.

E aí, vamos encarar esse jogo? Você está preparado para entrar nesse campo minado de interesses conflitantes neste novo normal? Vale a pena pensar a respeito e, se quiser conversar mais a respeito, fale comigo e vamos trabalhar essas suas dúvidas.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o novo normal e o futuro? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Mario Divo
https://www.mariodivo.com.br

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Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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