
Por Que Pensar em 2026 Agora: O Poder dos Ciclos Conscientes no Planejamento Estratégico
Quando me debruço para pensar sobre 2026, tenho a sensação de que o tempo parece dobrar sobre si mesmo. Ainda caminhamos pelos últimos meses de 2025, mas já sentimos 2026 se aproximando — suave, insistente, convidativo. É exatamente nesse limiar, entre o que se encerra e o que começa a se formar, que cabe então uma pausa estratégica.
As grandes consultorias reforçam: um ciclo não termina apenas com o virar da página. Ele exige um “reset” consciente – e o início do próximo ciclo, sem dúvida, pede clareza.
De acordo com a McKinsey, muitas organizações enfrentam uma erosão na qualidade de suas estratégias: apenas 21% dos executivos acreditam que suas diretrizes atendem a quatro ou mais dos critérios dos chamados Testes da Estratégia. Isso mostra que o simples “fazer de novo” não basta.
A BCG complementa: planejar o futuro requer enxergar o todo em múltiplos horizontes — curto, médio e longo prazo — e compreender que direção e ritmo são igualmente importantes.
O que “início de um novo ciclo” significa para 2026
Quando falamos de um novo ciclo, falamos então de três movimentos interligados:
- Encerramento consciente: não basta deixar projetos correrem sozinhos ou então continuar no piloto automático. É hora de identificar o que realmente funciona, o que precisa sair e o que deve evoluir.
- Redesign deliberado: com base no que se encerrou, desenhar intencionalmente o próximo ciclo: qual é a nova direção, quais os “menos” que serão deixados para trás e quais os “novos” que irão nascer.
- Estrutura de longo alcance: como lembram as consultorias, é preciso olhar além do curto prazo. Não se trata de “fazer 10% a mais que em 2025”, mas de expandir a visão, revisitar pressupostos e alinhar energia ao propósito.
Como trazer isso para o seu planejamento estratégico de 2026
Trago provocações práticas:
1. Pergunte-se:
“Se 2026 é o início de um novo ciclo, de que ciclo ele será: de presença, de impacto, de abundância, de marca pessoal?”
Essa pergunta amplia a consciência e eleva o olhar para além do calendário.
2. Defina horizontes múltiplos:
- Longo prazo (3–5 anos): Como quero estar em 2028 ou 2030?
- Médio prazo (2026–2027): Que trajetória escolho percorrer?
- Curto prazo (2026): Quais serão os marcos de abertura deste ciclo?
3. Revise o processo de planejamento:
Não repita simplesmente o que deu certo em 2025. Avalie:
- Quais suposições estratégicas não se sustentaram
- Onde posso introduzir flexibilidade, experimentação e até “vazios produtivos” para lidar com o imprevisto?
- Qual será o ritmo de revisão – trimestral, semestral – para ajustar a rota sem perder o foco?
4. E principalmente é hora de se perguntar
4.1. Em 2025: o que eu fiz bem?
Antes de avançar rumo a 2026, dedique um olhar generoso e honesto ao caminho percorrido.
- Quais iniciativas me trouxeram leveza, realização, saúde e abundância?
- Na minha empresa ou carreira, o que entregamos, onde avançamos, que reverberações obtivemos?
- Onde senti que estava alinhado(a) aos meus valores, talentos e propósito?
Essa reflexão não é autocelebração vazia, mas o reconhecimento de conquistas reais. E reconhecer fortalece, alimenta e dá combustível para o próximo ciclo.
4.2. Em 2025: o que poderia ter sido melhor?
Com humildade e curiosidade, encare as perguntas difíceis:
- Quais projetos ficaram pela metade?
- Onde desperdicei energia ou permaneci em padrões antigos por conforto?
- Que escolhas fiz por urgência, não por intenção?
- Quantas vezes me cobrei demais e esqueci da compaixão comigo mesmo(a)?
Esse olhar não é para julgamento, mas sim para aprendizado. A neurociência e as práticas de coaching mostram que transformações genuínas nascem da compaixão + curiosidade e não da culpa. Entendo o que não funcionou e então escolho outra rota.
Reflexão
“O futuro – que já começa agora – é a intersecção entre o que fomos, o que somos e o que escolhemos ser.”
Em 2025, mantive firme a direção de uma vida com leveza, realização, saúde e abundância. Superei desafios, revisei rotas, me reconectei com meu propósito e com aquilo que é, de fato, importante para mim.
Em 2026, é tempo de transformar – ainda mais – essa consciência em ação.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como ciclos conscientes podem de fato transformar seu planejamento estratégico para 2026? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Salete Deon
Salete Deon é Fundadora da Deon Consulting. Especialista em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Lideranças, Segurança Psicológica de Times, Action Learning, Liderança Feminina, Coach Executiva (PCC), Mentora, Palestrante, Top Voice Linkedin.
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salete@deonconsulting.com.br
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