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Por que é importante falar sobre diversidade de forma transparente e direta?

A Diversidade é nossa essência. A mera compreensão deste contexto deveria fazer com que a sociedade lidasse melhor com as diferenças, inclusive usufruindo os benefícios de tamanha riqueza, mas as pessoas ainda têm dificuldade.

Por que é importante falar sobre diversidade de forma transparente e direta?

Por que é importante falar sobre diversidade de forma transparente e direta?

Estudo Diversidade há mais de 15 anos, o que me fez compreender a importância de construir uma sociedade mais justa e inclusiva e hoje eu quero te convidar a conhecer dados e fazer algumas reflexões.

Por que é importante falar sobre diversidade de forma diretiva e com transparência?

O Brasil é um país gigante, a 5ª maior área territorial do mundo e 220 milhões de pessoas com vivências, culturas, gostos, exigências, pontos de vista, biotipos, raças, etnias, gêneros, orientação-afetiva, identidade de gênero, condições físicas, sociais, localizações geográficas, comportamentos, personalidades diversas.

A Diversidade é nossa essência. A mera compreensão deste contexto deveria fazer com que a sociedade lidasse melhor com as diferenças. Inclusive usufruindo os benefícios de tamanha riqueza, mas as pessoas ainda têm dificuldade.

A verdade é que a sociedade foi construída através de uma cultura de privilégios onde alguns grupos foram priorizados em detrimento de outros. E assim gradativamente a “balança” foi pendendo mais para um lado do que para outro, tornando-a desigual.

Com receio de perder seu espaço, algumas pessoas, que pertencem a grupos privilegiados, sentiram-se confortáveis e negam a existência de preconceitos ou a necessidade de ações equitativas para conseguirmos um equilíbrio social.

Recentemente, um colega me disse que entendia e apoiava as ações em prol da Equidade, porém na sua percepção, em alguns momentos, as comunidades de grupos minorizados “pesavam a mão” e acreditava que a melhor forma de combater as desigualdades era falar de valores, como por exemplo: respeito e empatia, do que propriamente das particularidades de cada grupo.

Como sempre adoto uma postura educadora e procuro fazer as pessoas refletirem, pois acredito que desta forma as mudanças são mais verdadeiras.

E o incentivei a refletir sobre qual o motivo do incômodo de falar sobre os grupos minorizados, pois quando falo diretamente sobre suas particularidades e penso em soluções falo também de respeito e empatia, porém o inverso não deixa claro a quem devo respeitar.

E por fim a refletir sobre o quanto a “mão vem pesando” ao longo dos anos para os grupos minorizados quando:

Uma pessoa negra ocupa 5,3% dos cargos executivos das 500 maiores empresas, apesar de representarem 54% da população, segundo estudo do BID e do instituto Ethos. Quando representam 76% da população mais pobre ou parados mais frequentemente em batidas policiais ou seguidos em estabelecimentos comerciais.

As mulheres ocupam 45% dos cargos de liderança e recebem 25% menos, apesar de terem nível de escolaridade maior na média. São assediadas nas empresas ou em espaços públicos. Em média, uma mulher foi assassinada a cada 6 horas no País por ser mulher, segundo os números do Monitor da Violência de 2022.

Pessoas com deficiência ainda sofrem resistências de contratação mesmo com a garantia da Lei de Cotas após 31 anos de vigência. Apesar da Lei de Acessibilidade estar vigente desde 2008, são poucos os prédios públicos e privados que são acessíveis ou têm pessoas treinadas para atender este público.

35% dos profissionais LGBTQIAP+ já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho. 60% não se sentem seguros em expor sua orientação afetiva. E o Brasil é o País que mais mata LGBTQIAP+ por motivo de sua orientação e /ou identidade de gênero.

Que apesar de termos 54 milhões de brasileiros acima de 50 anos e a expectativa de vida estar aumentando,  ainda existem tabus a respeito da contratação de pessoas nessa faixa etária no mercado de trabalho.

Estes números mostram que, apesar da constituição garantir que Todos são iguais perante a lei”..  no seu artigo 5º, ainda há muito que se caminhar.

Todas estas situações mostram que por muito tempo a balança pende para um lado e a mão pesada estagna. Ela está presente na vida de muitas pessoas que não fazem parte dos grupos privilegiados.

O QUE FAZER ENTÃO PARA EQUALIZAR AS OPORTUNIDADES?

Reconhecer que somos seres únicos, então, não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”. Se nosso objetivo é garantir que as pessoas desfrutem das mesmas oportunidades, não podemos deixar de considerar as diferenças individuais.

Importante também termos a consciência de que cada pessoa tem experiências únicas que a constroem como individuo, assim, não é possível sentir o que o outro sente. Mas precisamos ouvir, conversar, perguntar, estar aberto a compreender estas diferenças, respeitá-las.

Quanto mais falarmos a respeito, entendermos que a diversidade é importante, buscarmos informações em fontes seguras e praticarmos a escuta ativa, mais contribuiremos para um ambiente inclusivo e saudável para todos.

A Diversidade, equidade e inclusão devem ser pilares inegociáveis. É uma ação contínua que tem um ponto de partida, mas não tem um ponto de chegada e todos nós fazemos parte desta construção.

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Gostou do artigo? Quer conversar mais sobre por que é importante falar sobre diversidade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar com você a respeito deste tema. .

Luciano Amato
http://www.trainingpeople.com.br/

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Pós-Graduado em Tecnologia Assistiva pela Fundação Santo André/ITS Brasil/Fundação Don Carlo Gnocchi (Itália/Milão). Pós-graduado em Psicologia Organizacional pela UMESP e Graduado em Psicologia pela UNIMARCO. Extensão em Gestão de Diversidade pela PUC (Trabalho final: “O impacto do imaginário dos líderes no processo de diversidade e inclusão nas organizações”), Credenciado em Holomentoring, Coaching e Advice pelo Instituto Holos. Formação em Coaching Profissional pela Crescimentum. Formação em Facilitação Digital pela Crescimentum, Formação em RH e Mindset Ágil pela Crescimentum. Formado como analista DISC Vivência de 30 anos na área de RH, em subsistemas como Recrutamento & Seleção, Treinamento, Qualidade, Avaliação de Desempenho e Segurança do Trabalho. Desempenhou papéis fundamentais em empresas como Di Cicco., Laboratório Delboni Auriemo, Wal Mart, Compugraf, Mestra Segurança do Trabalho.Atualmente é Diretor da TRAINING PEOPLE responsável pela estratégia e coordenação de equipe multidisciplinar especializada em temas como Diversidade, Liderança e Gestão, Vendas, Educação Financeira, Comunicação, Turismo e Segurança do Trabalho. Coach de transição de carreira, desenvolvimento de competências e de líderes e Mentor em Empreendedorismo e Diversidade, Equidade e Inclusão.Presidente e Fundador do Instituto Bússola Jovem, projeto social com foco em jovens de baixa renda que tem por missão transformar vidas através da Educação, Trabalho e Carreira. Colunista das Revista Cloud Coaching. Atua como Mentor no Programa Nós por Elas do Instituto Vasselo Goldoni.Coautor do livro: Segredos do sucesso: da teoria ao topo – histórias de executivos da alta gestão pela Editora Leader e do livro Gestão Humanizada de Pessoas pela Editora Leader. Coordenador e coautor do livro Diversidade em suas dimensões pela Editora Literare Books.
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