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Por onde andam as certezas? O que fazer na ausência delas?

Em um cenário de ausência de certezas, mais do que nunca, restringir-se à cartilha e seguir uma trilha pré-definida talvez não deem conta da complexidade do ser humano nesse momento de tantas indefinições.

Por onde andam as certezas? O que fazer na ausência delas?

Por onde andam as certezas? O que fazer na ausência delas?

Na última entrevista que acompanhei do médico Dráuzio Varella, em maio, uma fala dele, dentre tantas outras geniais, chamou atenção. Era algo mais ou menos assim: “A medicina não é uma ciência, é uma arte”.

A arte de adaptar o conhecimento científico-acadêmico a cada ser humano, todos eles muito diferentes, com respostas particulares aos tratamentos padrões. Sábia, profunda e extremamente acalentadora para todos os profissionais que, de fato, trabalham na tentativa de ajudar seres humanos.

Lembrar-se diariamente que cada ser humano pertence a um universo particular, com um código de conduta, padrão de pensamento, entendimento com relação ao mundo, dinâmicas relacionais e até mesmo respostas fisiológicas e socioemocionais únicas é ao mesmo tempo encantador e intimidador.

Encantador porque a cada cliente ou coachee, um novo mundo de descobertas se abre. E leva para realidades internas e externas únicas. Intimidador porque cartilha, processo, método, teoria ou fórmula nenhuma funcionará 100%, garantirá o sucesso do tratamento.

Em se tratando de seres humanos há menos convicções e mais disrupções. E essas foram, de fato, intensificadas pelo contexto atual, que oscila entre o mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) e o BANI (frágil, ansioso, não linear, incompreensível), instáveis, imprevisíveis e assustadoramente surpreendentes.

Então o que fazer na ausência de certezas?

Nesse cenário, mais do que nunca, restringir-se à cartilha e seguir uma trilha pré-definida talvez não deem conta da complexidade do ser humano nesse momento de tantas indefinições.

Em tempo, é preciso dizer que métodos, linhas, teorias e processos, quando aplicados com adaptações, são ótimos norteadores, ajudam muito especialmente nos pontos de partida, e devem constar na mesa de cabeceira de qualquer atendimento.

Mas devem ser equilibrados com sensibilidade, uma pitada de intuição – necessário para arte de lidar com o outro – a escuta ativa, o olhar investigativo e a mente livre de julgamentos, mas também da presunção no sentido de achar que sabe o final da história.

Em tempos BANI, aquelas frases mentais, “ah… eu já vi isso” ou “já sei como vai acabar” ou “ah … já entendi como funciona” não servem mais como bússolas, podem, ao contrário, mais despistar mais do que orientar. Voltando ao início do artigo, não por acaso, o título do novo livro do dr. Dráuzio Varella é “O Exercício da Incerteza”. Genial!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre a ausência de certezas e o que fazer em um cenário de incertezas? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Tatiana Avolio
https://www.estacaolideranca.com.br

Confira também: Roda da vida: uma ferramenta tradicional ainda muito útil no processo de Coaching

 

Tatiana Avolio é comunicadora especializada em psicologia positiva pelo Wholebeing Institute Brasil. Master coach, com formação internacional em coaching pela ICI (Inegrated Coaching Institute), especializada em Gestão de equipes, pela Fundação Getúlio Vargas. Desenvolve trabalhos em comunicação terapêutica e crescimento profissional, com foco na psicologia positiva.
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