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Perdendo o poder sobre si mesmo

O que anda acontecendo com tantas pessoas que se apresentam cada vez mais estressadas, ansiosas, deprimidas, sem vontade para as coisas mais básicas da vida, sem ânimo para lutar e vencer obstáculos, ou até para viver? Será que a vida deixou de ser divertida, interessante?

O que anda acontecendo com tantas pessoas que se apresentam cada vez mais estressadas, ansiosas, deprimidas, sem vontade para as coisas mais básicas da vida, sem ânimo para lutar e vencer obstáculos, ou até para viver?

Será que a vida deixou de ser divertida, interessante? Será que os acontecimentos atuais de uma sociedade confusa, de uma política sem escrúpulos, de seres humanos sem valores, têm roubado os sonhos e as esperanças das pessoas?

Além da desesperança que compromete totalmente a qualidade de vida e até a saúde, a impotência por não conseguir reagir diante de acontecimentos mais banais até a busca de recursos externos como medicamentos, tem aumentado consideravelmente em nosso país.

É muito provável que sentimentos de medo do futuro, de perda de recursos de sobrevivência como o de ser capaz de manter-se empregado, a falta de segurança diante de tanta agressividade e outros mais pessoais, causem a perda de si mesmo, ou seja, a não capacidade para administrar, gerir, lutar pela própria vida. E isso tem causado as dores da alma” (tristeza profunda, depressão, ansiedade, stress, dependência química). As emoções e os desejos contidos de modo irrefletido e desordenado dão origem a profundas angustias e doenças.

“Não há um único pensamento distorcido sem que haja também uma molécula distorcida” (do texto de Deepak Chopra).

Todo o corpo sofre. O corpo físico, o emocional e o espiritual – aquele que nos une ao mais belo, que transcende e que promove sentimentos de elevado brilho e satisfação.

E aí o ser humano sofre e não consegue mais agir e reagir, a amar, perdoar, ser guerreiro e modificar. Não é capaz de tomar decisões, de virar a mesa e sair de cena quando for necessário. Não sabe mais como sobreviver e nem viver.

Cria dependências dos medicamentos, de drogas, cigarros, bebidas. Não quer mais convívio social e nem familiar. Teme mais a dor do que a morte.

Por traz de tudo isso podem existir situações no passado que, quando não bem resolvidas, deixaram de criar elementos que ensinam a superar obstáculos, a achar novas saídas, mudar o jogo, virar a página.

E nas empresas as coisas não são diferentes. Segundo o diretor do instituto Sesi de Inovação em Tecnologias para a Saúde (ISI-SC) – Marcelo Tournie, os brasileiros são as pessoas mais estressadas do mundo nos ambientes de trabalho.

As empresas estão perdendo com isso. Hoje, estima-se uma perda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) com essas doenças.

Mas algumas organizações já estão tentando resolver esse problema. O SESI-SC iniciou um Programa de Gerenciamento do Stress – projeto Piloto muito positivo, com um aumento considerável no resultado, de 1,10% para 58,3% de pessoas que se consideraram sem estresse após o programa. (Dados da reportagem de 30.06.2016 – Indústria Catarinense investe na saúde mental dos funcionários- Diário Catarinense).

É hora de procurar ajuda profissional, de escolher, juntar os pedaços, o que resta de significado e significância e recuperar o poder de si mesmo. Usar a história e as dores como recursos para enfrentamento e não para recolhimento.

Eline Rasera Author
Eline Rasera, Bacharel em Psicologia e pós-graduada em Recursos Humanos pela FGV- Fundação Getulio Vargas, é especialista em Psicologia Organizacional pelo CRP – Conselho Regional de Psicologia e Coach pelo ICI – Integrated Coaching Institute. Realizou estudos sobre “A Biologia do Observador e suas Crenças” na Escola Européia de Coaching em Lisboa; coordenou o setor de Gestão de Pessoas em empresas de grande porte por mais de 25 anos. Professora do curso de pós-graduação da FGV da área de Administração de Empresas e sócia diretora da Consultoria Anel Gestão de Pessoas.
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