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Pensamento Sistêmico (parte II)

Cada um nós também é um sistema, com entradas, processamento interno e saídas. O nosso maior desafio, enquanto seres humanos, é conhecer nosso interior, conhecer nosso processamento interno.

No artigo anterior explanei a questão do entendimento do que é um Sistema. Vamos entender neste segundo artigo da série – com mais detalhes – o que é Pensamento Sistêmico em si.

Olha o que diz Peter Senge: “Aprendemos desde muito cedo a desmembrar os problemas, a fragmentar o mundo. Aparentemente, isso torna tarefas e assuntos complexos mais administráveis, mas em troca, pagamos um preço oculto muito alto. Não conseguimos mais perceber as consequências das nossas ações; perdemos a noção intrínseca de conexão com o todo. Quando queremos divisar “o quadro geral”, tentamos montar os fragmentos em nossa mente, listar e organizar todas as peças. Mas, como diz o físico David Bohm, a tarefa é inglória – é como tentar montar fragmentos de um espelho quebrado para enxergar um reflexo verdadeiro. Depois de algum tempo desistimos de ver o todo.”

O mesmo Peter Senge diz, em outro momento: “Pensamento Sistêmico – é criar uma forma de analisar, é uma linguagem para descrever e compreender as forças e inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas”.

Cada um nós também é um sistema, com entradas, processamento interno e saídas. O nosso maior desafio, enquanto seres humanos, é conhecer nosso interior, conhecer nosso processamento interno. Vejamos como ocorre isso ao nível humano.

Quais são nossas entradas?

Além de um estoque imenso de comandos instintivos que recebemos ao sermos concebidos e ao nascer, vamos recebendo todo tipo de instruções, crenças, imagens, anseios, medos, esperanças – desde nossos pais, da família, da escola, da religião, das amizades, do meio cultural, dos meios de comunicação, das leituras, etc.

Como processamos essas entradas?

Como damos as saídas?

Sabemos que é a mente que comanda tudo em mim.

Mas… quem comanda a minha mente? O sistema tem um dispositivo fantástico, que direciona tudo a partir de dentro: o FEEDBACK.

Como é nosso processo de FEEDBACK?

O Fb é o “Olho Observador” plantado no interior de nossa mente. Ele controla todas as entradas – deixa entrar ou bloqueia, segundo seus critérios (geralmente emprestados, via “recheio mental”…). Organiza no nosso corpo e em nossa mente tudo que vai entrando, segundo a ordem que ele, o Fb, deseja – geralmente não sabemos como isto é feito. É o Fb que determina o que e como o sistema pode ou não dar saída.

Aqui está a importância de nós ampliarmos nossa mente. De nós buscarmos nos conhecer melhor, nossas reações instintivas, inconscientes. Tomarmos em “nossas mãos” o Observador e aprender a nos observarmos primeiro, antes de projetarmos nossos julgamentos e avaliações, geralmente comandados por nossos “recheios mentais”. As coisas são segundo o que o nosso Observador avalia. Fique de olho em você mesmo. Vale aqui o antigo princípio atribuído ao filósofo grego Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo – eis a verdadeira sabedoria”.

Na verdade, o mundo, as coisas, as pessoas, a empresa, a organização social e política, a religião, o governo, a economia… tudo é aquilo que eu enxergo que é, conforme minha estrutura mental, meu ‘recheio mental’, minhas crenças, meus princípios.

Se quero mudar alguma coisa, a primeira coisa a fazer é mudar meu modo de ver as coisas.

Marcos Wunderlich é Empresário e Presidente Executivo do Instituto Holos. Pioneiro do Coaching e Mentoring no Brasil, é referência nacional em Formação e Instrumentação de Mentores e Coaches no Brasil com abordagem holossistêmica e complexa, tem mais de 30 anos de experiência profissional. Consultor, palestrante, Master Coach e Mentor de Executivos. Mentalizador do Sistema ISOR® um conjunto instrumental científico-pedagógico de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações com base na moderna ciência e neurociência, na milenar sabedoria humana e nas inovações da administração. Filiado ao ICF – International Coach Federation. Consultor CMC – Certified Management Consultant credenciado pelo IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização em convênio com o ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes. Formado e pós-graduado na área tecnológica, tem várias formações no campo da Gestão e Humanidades,
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