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Resultado da pandemia ou uma mudança inevitável? 

Pesquisa revela que o Brasil bateu recorde de pedidos de demissão em 12 meses. Será que esse movimento, no mínimo curioso, de sair do emprego é resultado da pandemia ou uma mudança inevitável?

Pedir Demissão: Resultado da pandemia ou mudança inevitável?

Pedir Demissão: Resultado da pandemia ou mudança inevitável?

Você já viveu a experiência de pedir demissão, chutar o balde, fechar uma empresa existente de forma planejada ou por impulso mesmo? Já pensou ou pensa na possiblidade de estar num lugar em que pode estudar, trabalhar e se divertir tudo quase que ao mesmo tempo?

Parece que o ano de 2021, não completamente pós-pandemia mas com algum retorno à “normalidade” foi marcado por um movimento, no mínimo, curioso: um número elevado de pessoas que decidiram pedir demissão e sair dos seus empregos.

Uma matéria do InfoMoney de 01 de julho deste ano, me chamou a atenção por afirmar que uma pesquisa revelou que “o Brasil bateu recorde de pedidos de demissão em 12 meses”:

“Foram 6.175.088 pedidos de demissão, de trabalhadores com carteira assinada, entre junho de 2021 e maio de 2022 — mais que os 5.980.401 acumulados até abril e que o recorde anterior, de 5.838.788 pedidos em março de 2014”

Nessa mesma matéria:

“Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores responsável pelo levantamento, diz que os pedidos voluntários de demissão (feito pelos próprios trabalhadores) podem ser explicados por dois motivos: porque as pessoas aceitaram remunerações menores durante a pandemia ou porque não se adaptaram à volta ao trabalho presencial uma vez que o trabalho em casa lhes daria o tempo que perdem com deslocamento até a empresa.”

Não sei se a pesquisa conseguiu medir exatamente qual o percentual dos que pediram demissão pelo segundo motivo, mas acredito que deve ser superior ao primeiro. Tenho para mim que a grande maioria das pessoas estão buscando qualidade de vida, tempo para a família, os amigos e o lazer. E até para se atualizar e estudar sobre algo que lhe dê, de fato, mais prazer ou investir num hobbie.

No artigo anterior, contei a minha experiência quando fiz uma importante transição de carreira depois de ter me dedicado por quase 25 anos (na época) ao ensino de idiomas. Em 2017, bem antes da pandemia, conheci meu atual marido que já morava nos EUA há quase 30 anos. Passei a frequentar a ponte aérea BH-Miami com muita frequência e cada vez por períodos mais prolongados. Às vezes de até 6 meses que era o limite de permanência do meu visto como turista.

Foi exatamente naquela época que decidi migrar todos os meus clientes para o atendimento online fazendo uso de plataformas de reuniões remotas que me permitiam estar conectada a eles de qualquer lugar onde estivesse. A possibilidade de continuar trabalhando sem ter que abrir mão de momentos de lazer me fascina.

Em 1995, o sociólogo italiano, Domenico de Masi, lançou o livro “O ócio criativo”. Já naquela época ele preconizava que não haveria um lugar ou um momento separados para trabalho, estudo e lazer. E que essas três atividades poderiam ser realizadas em qualquer lugar. Fosse num escritório, escola ou no aeroporto, numa praia onde estivesse passando as férias etc.

Domenico também defendia que para o ser humano se sentir mais realizado, criativo e produtivo era importante encontrar o equilíbrio entre essas três esferas do trabalho, estudo e lazer.

Parece que esse tempo realmente chegou para muitos de nós que hoje podemos trabalhar com um laptop ou até um smartphone de qualquer lugar. Seja nas areias de uma praia, na varanda de uma cabana de um hotel nas montanhas ou até mesmo dentro do carro (como estou fazendo agora ao escrever esse artigo enquanto viajo de Sunrise para Cabo Canaveral – risos).

Quantos de nós também estamos tendo acesso a cursos de pequena duração ou à graduação, pós graduação, mestrado etc remotamente também e até de universidades muito renomadas como Harvard. Nestes últimos anos, tenho feito muitas viagens dentro e fora dos EUA e no Brasil com a enorme vantagem de unir trabalho e lazer onde quer que eu esteja. Além de já ter feito vários cursos online, transformei meus cursos e mentoria em programas online também.

É obvio que, como todo momento de transição, nem todo mundo se adapte ou se realize neste “admirável mundo novo”. Mas o fato é que este parece ser um caminho cada vez mais sem volta principalmente com o metaverso. Algo que parecia ser uma realidade distante e que já está presente em várias corporações.

Esse é só o começo!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como passar por um processo de pedir demissão e fazer sua transição? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre este tema.

Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/

Fonte: Brasil bate recorde de pedidos de demissão em 12 meses, aponta pesquisa – InfoMoney

Confira também: Os meus 50 e tantos anos… O que dizer sobre minha vida?

 

Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
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