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Pedir ajuda, por que será que é tão difícil?

Qual a crença que existe de que não se pode pedir ajuda? H uma crença construída de que se a pessoa faz tudo sozinha ela é forte e dá conta. Mas a custo de que ela dá conta? A custo da sua saúde física, emocional, mental e espiritual.

Pedir ajuda, por que será que é tão difícil?

Pedir ajuda, por que será que é tão difícil?

Pedir ajuda parece uma coisa fácil de se fazer, mas tenho percebido nos ambientes que círculo como é difícil pedir ajuda.

Mas o que é pedir ajuda?

Pedir ajuda é quando estamos frente a uma questão que está difícil de resolver, que os pensamentos patinam, não saem do lugar e muitas vezes não se chega a uma conclusão. O que muitos acabam fazendo é batendo cabeça até encontrar uma solução sozinho. 

E qual a crença que existe de que não se pode pedir ajuda?

É uma crença construída de que se a pessoa faz tudo sozinha ela é forte e dá conta. Mas a custo de que ela dá conta? A custo da sua saúde física, emocional, mental e espiritual.

Os líderes, na minha percepção, são os mais solitários, porque eles têm medo de se expor. Seus colaboradores podem achar que ele é fraco, incompetente. E seus superiores podem questionar se ele deveria ou não estar na posição de liderança que está. O que a grande maioria não percebe é que também quem está acima dele é tão solitário quanto ele.

Essa crença foi criada de que o líder é um herói, invencível, um Jedi e aí ele fica à mercê dos próprios pensamentos e sentimentos. É uma pressão danada, sobrecarga de trabalho, metas para satisfazer os acionistas. Por ele ter um salário e benefícios bem maiores do que os seus colaboradores, fica com uma grande parte do ônus. E que, muitas vezes, quem está embaixo não vê, porque ele não demonstra.

Outra questão é que existe um medo camuflado de que não pode se abrir e nem pedir ajuda, pois ele acredita que sempre tem alguém o esperando fraquejar para dar o bote.

Isso é insano e pode acabar o levando a uma crise de ansiedade chegando até um burnout. Isso tudo por causa do poder, do dinheiro, do status, de “ter que dar conforto para a família”, poder viajar em classe executiva ou primeira classe. Não que eu não goste e nem ache bom o status e o dinheiro.

Mas será que vale tanto o sacrifício em renunciar a si mesmo, dá saúde e do bem-estar?

Uma das formas de apoiar a liderança nessa jornada é ele criar um time seguro psicologicamente. Para isso ele precisa fazer parte do time e não ficar à parte dele, pois ele não terá clareza de como estão as pessoas, como elas estão se sentindo, o que é importante para elas, o quanto elas se sentem pertencidas e incluídas e o quanto realmente elas podem ser mais produtivas, engajadas e motivadas.

Um time psicologicamente seguro aprende que errar faz parte do processo e dizer que errou, sem medo de que seu erro seja utilizado contra ele. Isso vale inclusive para o líder. O time sabe que pode conversar sobre qualquer coisa que esteja afligindo seus membros, pode pedir ajuda e ao mesmo tempo sente que tem apoio uns dos outros.

Mas para construir um time psicologicamente seguro, o líder precisa aprender a ter autoempatia e autocompaixão, para que depois possa abrir um espaço de permissão dentro dele para compreender de forma respeitosa o que o outro está vivendo.

Nesse contexto o grande aliado da segurança psicológica é a comunicação não violenta. Ela pode apoiar não só a liderança nessa jornada de autoconhecimento e autodescoberta, mas todo o time.

Viver a CNV é uma jornada que requer ser vulnerável para caminhar para a autenticidade, para criar conexões em sintonia com as necessidades humanas universais e ressignificar crenças estruturais que se carrega desde a tenra infância e que já não servem mais.

O líder é um ser humano como outro qualquer, com uma criança dentro dele com sentimentos, frustrações, raiva, com várias necessidades como de reconhecimento, que quer ser visto, que precisa de companhia, que deseja ser amado, admirado, se sentir pertencido e incluído, sendo estas duas últimas necessidades, de fato, mais importantes do que a própria sobrevivência física.

Meu convite é para você ressignificar a crença em pedir ajuda.

Comece com algo simples, fácil e gradativamente vai expandindo até conseguir pedir ajuda sempre que quiser, sem medo de ser feliz, mas sendo você acima de tudo.

E para você faz sentido essa reflexão? 

Gostou do artigo? Quer conversar mais sobre a crença em pedir ajuda? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Um grande abraço,

Wania Moraes
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/

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Wania Moraes Troyano possui MBA em Gestão de Negócios e Coaching, Pós-Graduada em Dinâmicas dos Grupos Administradora de Empresas e Pedagoga, com mais de 30 anos com sólida carreira corporativa em empresas multinacionais e em cargos de gestão e assessoria executiva. Foco em Desenvolvimento Humano, especialista em CNV-Comunicação Não Violenta, Coach em Resiliência, Profissional, Vida e Executivo, Neurocoaching, mentora e supervisora para líderes e coaches, com mais de 1000 horas em processos de Coaching. Facilitadora de Grupos. Especialista nos assessments de Estilos de Liderança e Resiliência. Palestrante e Facilitadora de Grupos. Facilitadora em Barras de Access – Expansão da Consciência. Co-autora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Capítulo Quantos Antes Melhor! Programa Mulheres Poderosas, na alltv.com.br, todas as terças-feiras, 15h00 às 16h00. Voluntária em programas de Jovens Aprendizes.
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