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Para potencializar as relações nas empresas é preciso mostrar a cozinha suja

Por que é preciso mostrar a cozinha suja para potencializar as relações nas empresas? Você consegue entender essa metáfora?

Para potencializar as relações nas empresas é preciso mostrar a cozinha suja

Para potencializar as relações nas empresas é preciso mostrar a cozinha suja

Esse título, bem como grande parte desse texto, não é meu, é a ideia incorporada por mim de um texto escrito pela Marcelle Xavier, fundadora do Instituto Amuta, publicado no espaço privado da comunidade de aprendizagem que ela, Marina Galvão e Maurício Assis, facilitam e eu faço parte.

Desde que conheci o Instituto participo das ações que eles promovem, tanto que acabei colaborando para colocar no ar o Festival Amor em Pauta, um evento online que aconteceu nos dias 29, 30/09 e 1/10, que explorou a pergunta “Como experimentar o potencial do amor nas nossas relações, organizações e comunidades?” – lindo, né? Bastante prático também!

Ouvimos, no Festival, as ideias de Sascha Mombartz, Julian Stodd, Edgard Gouveia, Lua Barros, Sandra Schemim e muita gente boa…mas é sobre os bastidores que eu quero falar aqui.

A metáfora da “cozinha suja” surgiu de uma reflexão da Marcelle sobre seus sentimentos ao ter ao seu lado, na organização do Festival, pessoas como eu, de fora do círculo interno do Instituto.

Ao pensar em como estava sendo “abrir espaço e trabalhar com pessoas com quem ela não tinha intimidade”, então ela contou que:

(..) “eu fiquei feliz, eu vejo que me bate um medinho – Será que as pessoas vão gostar menos de mim trabalhando próximo? Será que vai prejudicar nossa amizade? Será que elas vão descobrir que eu sou uma grande farsa?

Exageros à parte, eu percebo que é muito comum a gente ter medo de se relacionar e de criar intimidade, porque isso implica que as pessoas vão entrar na nossa cozinha suja.

Uma coisa é ir lá no hall do restaurante e comer o prato pronto, outra coisa é entrar na cozinha e ver as panelas todas fora do lugar e o chef igual doido tentando deixar tudo pronto a tempo. Trabalhar junto pressupõe criar intimidade, e intimidade é mostrar a cozinha suja.”

Esses sentimentos, penso eu, não representam apenas a Marcelle, mas muitos de nós, não acha?

Como está, de fato, a nossa habilidade de abrir espaço e criar conexões e com a velocidade que que somos convidados a fazer atualmente?

É interessante observar o que senti pela mesma metáfora, e sendo parte da mesma experiência. Eu nunca tinha “cozinhado” com eles, com o pessoal do Instituto Amuta, eu entrei numa cozinha que não era minha, fiquei meio perdida, tentando observar como ajudar e como não atrapalhar, tentando checar o que era melhor com quem já conhecia aquele espaço, me colocando na relação com cuidado, procurando o melhor equilíbrio entre a minha vontade de pertencer a minha autonomia. Com medo de não atender as expectativas, medo também de mostrar minhas “panelas sujas”.

Como disse a Marcelle:

“na minha experiência, quando eu fico com muito medo de mostrar a cozinha suja, eu acabo afastando o outro, mas quando eu mostro (mesmo que só uma das panelas engorduradas), a relação já começa a se fortalecer.”

No fim, percebo que pude ser eu mesma na organização desse Festival por dois motivos. Primeiro, porque eles sustentaram esse espaço mesmo com medo de mostrar a “cozinha suja”. Segundo, porque eu tenho exercitado muito ser eu mesma em todas as relações, ou seja, fui eu com medo mesmo também. E isso foi intenso e verdadeiro.

É nessa relação verdadeira, onde conseguimos mostrar nossas “cozinhas sujas”, é que encontramos as melhores e mais sustentáveis entregas.

Agora, quando a gente olha para dentro das organizações, sinto que os times ainda não funcionam assim. Muitas pessoas ainda estão boa parte do tempo tentando esconder quem são, num lugar de autoproteção. São tantos cargos, tantos rótulos, tantas competências exigidas, tantos “tem quês” que afastam as pessoas das suas potências ao tentarem encontrar um jeito certo ou melhor de ser.

E isso não é sobre convocar atos heroicos – “Mostrem suas panelas sujas”! Abrir a porta da cozinha não é suficiente, é preciso estar à porta, recepcionando as pessoas, criando experiências que mostrem que aquela situação, que aquele contexto apesar de incerto é seguro e pode ser sustentado.

O Festival Amor em Pauta falou muito sobre isso, esse é o nosso movimento também no De Pessoa Pra Pessoa, e convidamos você para descobrir, criar, experimentar formas de criar conexão entre as pessoas, construir espaços seguros onde todos possam ser quem são. Seja nas relações nas empresas ou na vida pessoal. E assim possa fazer grandes e sustentáveis entregas. Pequenos recursos podem cuidar disso.

Gostou do artigo? Quer conversar mais sobre como potencializar as relações nas empresas? Então procure a gente, teremos muito prazer em responder.

Anne Bertoli & Brunna Martinato  
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Somos uma empresa do setor 2.5, trabalhamos para gerar transformação social – dos pequenos comportamentos às grandes ações. Facilitamos o desenvolvimento humano e organizacional pela aprendizagem significativa. Apresentamos uma nova proposta de um jeito de ser e estar nas relações que acontecem “De Pessoa a Pessoa” .Queremos fortalecer a humanização nos ambientes de trabalho, a cultura family friendly e a saúde psicoemocional.Que as pessoas sejam quem elas são onde estiverem!
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