Os 5 Erros Mais Comuns que Líderes Cometem em Conversas Difíceis
Se você acha que evitar conversas difíceis vai te poupar de conflitos, pense de novo. Lidar com essas interações é uma das responsabilidades mais desafiadoras para um líder. Elas são essenciais para manter um ambiente de trabalho saudável e produtivo, mas a pressão, as emoções e os riscos envolvidos podem tornar tudo desconfortável ou até mesmo conflituoso. Segundo um estudo da Gartner, 49% dos líderes tendem a procrastinar essas conversas com suas equipes.
Isso acontece, entre outras razões, porque:
- não temos uma educação formal sobre resolução de conversas difíceis e gestão de conflitos;
- muitos líderes estão inconscientes dos problemas que evitar essas conversas podem gerar na sua carreira e nos seus resultados e;
- muitas lideranças e organizações ainda não investem em treinamento para o desenvolvimento de habilidades de conversação.
Como consequência, muitos erros são cometidos na condução de conversas difíceis. Nesta coluna, compartilho os cinco erros mais comuns que você deve evitar para garantir que suas conversas difíceis sejam eficazes:
1. Evitar a conversa
Um dos erros mais comuns é empurrar uma conversa importante com a barriga. Fingir que o problema não existe, esperar que a outra pessoa descubra que existe um problema ou cair na ilusão de que o tempo resolverá tudo só para com que o problema se torne ainda maior pode criar um ambiente de tensão e desconfiança.
Lembre-se: a ausência de comunicação não resolve conflitos; na verdade, tende a ampliá-los. Ao enfrentar um problema de frente, você demonstra coragem e responsabilidade, estabelecendo assim um padrão de comunicação aberta.
2. Ignorar as emoções
Ao focar apenas em dados e fatos, muitos líderes ignoram justamente o que mais costuma criar uma situação difícil: os sentimentos. Somos seres emocionais, por isso ignorar as emoções que envolvem as conversas difíceis pode ser um erro fatal.
É essencial considerar os aspectos emocionais que nos levam as conversa difíceis. Pergunte-se: como eu me sinto em relação a essa situação? Como essa situação impacta a outra pessoa emocionalmente? Isso vai te ajudar a expressar suas emoções de forma saudável, e a escutar o outro com empatia.
3. Não escuta
Em minhas palestras e treinamentos, eu costumo dizer que a escuta é a habilidade número 1 da comunicação. E é também a mais negligenciada. Vejo que muitos líderes se preocupam demais com as mensagens que desejam transmitir, e esquecem que para uma conversa ser bem sucedida e gerar resultados, a outra pessoa precisa, de fato, se sentir escutada e compreendida.
Pratique a escuta ativa fazendo perguntas abertas e resumindo o que você ouviu com as suas próprias palavras, para que você garanta que compreendeu corretamente o que a outra pessoa disse. Isso demonstra que você valoriza a opinião do outro e está genuinamente interessado em encontrar soluções.
4. Ser Excessivamente Crítico
Um tom excessivamente crítico pode fazer com que as pessoas se sintam atacadas e defensivas, principalmente quando a liderança não aborda questões específicas. Em vez de criticar diretamente o comportamento da pessoa, procure abordar o impacto que isso teve.
Use estratégia do “Eu sinto” para expressar como você se sente em relação à situação rotular ou atacar a pessoa. Por exemplo, em vez de dizer “Você nunca entrega seus relatórios a tempo”, experimente “Eu fico preocupado, porque percebo que a equipe fica sobrecarregada quando os relatórios não são entregues a tempo”. Essa abordagem é mais construtiva e promove um diálogo saudável.
5. Fugir da Vulnerabilidade
Muitos líderes acreditam que devem sempre se mostrar fortes e confiantes, evitando qualquer forma de vulnerabilidade. Eles temem que não serão percebidos como bons líderes ou que não serão respeitados caso demonstrem vulnerabilidade.
No entanto, a vulnerabilidade é justamente uma das mais poderosas fontes de conexão. Admitir que você também tem dificuldades e incertezas pode humanizar a conversa e incentivar a outra pessoa a se abrir. Isso cria um ambiente de confiança, onde todos se sentem à vontade para compartilhar suas preocupações.
Conduzir conversas difíceis é uma habilidade que potencializa a liderança. Não se trata apenas de transmitir uma mensagem, mas de criar um espaço seguro para o diálogo, onde tanto o líder quanto a equipe possam se expressar com autenticidade.
Ao encarar essas interações como oportunidades de crescimento mútuo, os líderes não apenas resolvem problemas, como também constroem laços mais fortes, impulsionam a confiança e aumentam a colaboração e os resultados e contribuem para a criação de um ambiente de trabalho saudável e psicologicamente seguro.
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Milena Serro
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