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O que é o Brain-Based Coaching?

Por que o cérebro precisa de coaching? É interessante poder explicar isso em termos científicos, mas é ainda mais útil saber como o coaching ajuda o cérebro a melhorar seu funcionamento.

O que é o Brain-Based Coaching?

O que é o Brain-Based Coaching? (parte I) *   

Desde 2016, quando li um artigo de um colega coach – Dan Beverly – sobre brain-based coaching, tenho procurado me aprofundar nessa abordagem e ao longo dessa busca, encontrei muitos artigos com fundação teórica que muito têm contribuído para minha prática de coaching de forma sólida e responsável.

Além desse artigo, para escrever hoje para vocês leitoras e leitores, me concentrei na publicação de 2006 do IJCO – The International Journal of Coaching in Organizations que nos brindou com um excelente artigo de David Rock, baseado numa entrevista com Jeffrey M. Schwartz, M.D.

Quero ainda compartilhar, que meu primeiro contato com a abordagem brain-based coaching, ocorreu durante o meu mestrado no INSEAD, quando me preparava para o diploma de Psicologia Organizacional.

Neste período, eu pude mergulhar profundamente nesse conceito e aprendi que a abordagem é algo tangível e físico que pode ser medido e, portanto, mais acessível para o mundo organizacional.

Muitos estudiosos do coaching, mencionam que o coaching ainda precisa de uma argumentação acadêmica e que levará algum anos para que isso aconteça. Eu tenho uma opinião diferente, e defendo que já temos um constructo acadêmico importante, na atividade de coaching, muito embora pouco divulgado.

David Rock argumenta que o brain-based coaching pode contribuir muito neste desafio, e que as principais razões são:

  • Como, todo evento que ocorre no coaching está ligado a atividades na cabeça de alguém. (Algumas pessoas podem argumentar que o coaching é mais “baseado no coração”. Seja qual for sua perspectiva sobre isso, considere que as emoções também têm correlações com o cérebro). Isto significa que uma abordagem baseada no cérebro deve ou pode sustentar e explicar cada bom modelo de coaching e fornecer ao campo uma ciência de base. Uma abordagem baseada no cérebro será inclusiva e trará o campo para uma maior coesão.
  • O brain-based coaching parece também atraente quando se pensa nos outros competidores por uma disciplina fundamental, sendo o óbvio a psicologia. De uma perspectiva organizacional, a psicologia parece sofrer de uma história mista e, de uma percepção de ser não-científica, de se concentrar no comportamento humano patológico e no problema. Mesmo enquanto os psicólogos são as primeiras pessoas chamadas se alguém está em crise, a maioria dos líderes seniores não os considerariam como próprios para melhorar o desempenho por causa do viés que eles (os líderes) têm sobre as linguagens e modelos terapêuticos. A abordagem baseada no cérebro, por outro lado, é algo tangível e físico.

Assim, por vivermos em um mundo materialista onde as organizações respeitam as coisas que podem ser medidas com boas perspectivas de oferecerem resultados mais imediatistas, o coaching em geral vem ganhando destaque.

Para provocarmos o uso em larga escala do coaching como ferramenta de aprendizagem ou transformação, David Rock argumenta que precisamos falar com as organizações em uma linguagem que elas entendam. A principal razão pela qual pode estar na hora de construirmos uma abordagem baseada no cérebro para o coaching é simplesmente o quão profundamente útil essa abordagem é. É interessante poder explicar em termos científicos porque o cérebro precisa de coaching, mas é ainda mais útil saber como o coaching ajuda o cérebro a melhorar seu funcionamento. Esse fato, nos indica formas de melhor medir, gerenciar e entregar iniciativas de coaching, seja um a um, treinando e desenvolvendo coaches internos, ou no ensino de habilidades de coaching a milhares de líderes.

Com isso, eu fico me perguntando por que o cérebro precisa de coaching? Uma das possíveis respostas, é que como normalmente resistimos à mudança, e, como sabemos, nos últimos anos, os neurocientistas têm confirmado que a mudança é muito mais difícil do que pensamos, e literalmente a mudança requer mais do que apenas pouca reflexão, requer atenção contínua e um esforço significativo da vontade.

Embora existam muitas descobertas interessantes em neurociência, existem mais quatro áreas de pesquisa científica que se combinam para formar uma explicação central de como o coaching impacta o cérebro. Estas são o estudo da atenção, reflexão, insight e ação.

Pense nisso, e acompanhe o meu próximo artigo, quando entrarei em alguns outros detalhes sobre essas quatro áreas. E como uma abordagem baseada no cérebro ajuda a explicar muito das intuições que os coaches têm.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre Brain-Based Coaching? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Um abraço,

João Luiz Pasqual
Coach Mentor Certificado

 
https://www.intervisionclub.com.br/
https://www.cw4u.com.br

* Adaptação por João Luiz Pasqual)

 

Referências:

  1. International Journal of Coaching in Organizations, 2006, 4(2), 32-44

  2. Beverly, D. 2016

Confira também: Pensar é fácil, agir é difícil

 

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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