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O que é Carreira em Nuvem?

Profissionais não querem mais estruturas rígidas e hierarquia, daí surge o conceito de carreira em nuvem. Mas não é da noite para o dia que as empresas vão se adaptar a esse modelo. Confira os 3 grandes desafios para que isso seja real no dia a dia.

O que é Carreira em Nuvem?

O que é Carreira em Nuvem?

Se tem algo que a pandemia nos ensinou, é que a flexibilidade veio para ficar. Agora, as pessoas querem mais autonomia sobre onde, como e quando trabalhar. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, 29% das pessoas afirmam que provavelmente mudarão de emprego se forem obrigadas a trabalhar exclusivamente no presencial. O que também significa que é cada vez mais comum que profissionais procurem atividades que façam mais sentido para os seus projetos de carreira e vida.

É justamente esse sistema flexível que chamamos de carreira em nuvem. Um modelo com um conjunto de possibilidades não-lineares em que as pessoas, por meio de conversas com a liderança, podem exercer o protagonismo sobre as suas carreiras. O que também quer dizer que as organizações do futuro precisam, de fato, ser flexíveis e dinâmicas para engajar bons e boas profissionais.

De acordo com uma pesquisa da Gartner, 52% dos/as profissionais saíram da última empresa por não terem espaço para se desenvolver profissionalmente. Aí está um motivo bem claro do porquê repensar nesse tema é urgente, não?

Outro ponto importante é que esse conceito surge como uma forma de atender os novos talentos. A flexibilização nos modelos de gestão, carreira e hierarquia é um atrativo para as novas gerações, que tem pressa e não gostam de estruturas rígidas.

De acordo com Rafael Souto, criador do conceito e CEO da consultoria Produtive, em vez de trajetórias lineares e rotas definidas, a tendência é que cada vez mais as pessoas se envolvam em projetos e equipes multidisciplinares. Squads e hubs são ótimos exemplos. Afinal, são estruturas flexíveis que reúnem profissionais de diversas áreas para um determinado objetivo. Mas para que esse sistema funcione, existe uma regra: a escolha deve vir da pessoa e não ser uma imposição da empresa.

No cenário da carreira em nuvem é importantíssimo dar abertura para que as pessoas possam mostrar os seus interesses, dúvidas e até mesmo, se preferirem, continuem trilhando caminhos mais tradicionais. O importante é que a organização continue inovando com colaboração, criatividade e agilidade, por meio de diferentes pessoas, diferentes áreas e diferentes perfis. Para isso, manter diálogos mais regulares, estruturados e que favoreçam a liberdade de movimentação das pessoas são formas de colocar esse tema em prática de forma descomplicada.

Mas não é da noite para o dia que as empresas vão se adaptar a esse modelo. É preciso sensibilizar a organização sobre a importância da pauta e começar, testar e corrigir. É hora do erro inédito! Lendo o conteúdo brilhante do Rafael para a Você RH, separei 3 grandes desafios para que a carreira em nuvem seja algo real no dia a dia da sua empresa:

1. Mudança de modelo mental da liderança

Durante muito tempo, o mundo do trabalho funcionou no esquema de comando e controle. Mas, para que o conceito de carreira em nuvem seja aplicável, é fundamental que a liderança compreenda que a carreira é individual.

O papel dos e das líderes é facilitar a fluidez dessa jornada com diálogos transparentes, compreendendo os interesses dos times para apoiá-los nessa construção.

É fundamental engajar a liderança sobre a importância das estruturas flexíveis como forma de acelerar os resultados do negócio e permitir que as pessoas tenham mais opções de movimento.

2. Construção de uma cultura de protagonismo

Embora haja uma tendência crescente de maior flexibilidade, protagonismo e autonomia na carreira, um estudo recente da Fuel50 mostrou que 65% dos/as profissionais ainda esperam que a empresa ofereça um plano de carreira definido.

É uma questão cultural, já está sendo desconstruída aos poucos. No entanto, isso parte da criação de uma nova cultura, na qual profissionais passem a ser os verdadeiros responsáveis por trilharem a sua jornada.

Mostrar ferramentas para que as pessoas possam construir as suas próprias estratégias de carreira, estimular diálogos e criar momentos estruturados para as discussões sobre desenvolvimento profissional são ótimos caminhos.

3. Fim da hierarquia, rigidez e burocracia

O modelo organizacional tradicional – com organograma rígido – não atende mais às necessidades de negócio e às aspirações de muitos/as profissionais. Assim, a troca do controle pela flexibilidade se torna ainda mais urgente do que antes.

Isso pode ajudar não apenas quando pensamos em carreira, mas pensando em inovação, agilidade, bem-estar e desenvolvimento.

Hoje, mais do nunca, a capacidade de contribuição de uma pessoa pode estar muito além do cargo que ela ocupa. Ampliar a autonomia e dar oportunidades para colaboradores/as desenvolverem competências fora do escopo da sua área são grandes tendências. A ideia de protagonismo do indivíduo na busca do seu desenvolvimento profissional é uma visão contemporânea sobre a carreira. A lapidação desse novo conceito envolve um trabalho próximo com a liderança, que deve ser a principal embaixadora dessa nova forma de pensar em carreira.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre carreira em nuvem e os desafios da liderança para esse modelo? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Veronica Ahrens
https://www.masterleader.com.br/

Confira também: Como elevar o seu Quociente de Adversidade?

 

Veronica Ahrens tem mais de 10 anos de experiência em gestão de pessoas. Fundadora da Master Leader, atua hoje como coach, trainer e palestrante. Professora de MBA da FIAP no tema Liderança e Gestão de Pessoas e Professora de Pós-Graduação em Neurociência da Santa Casa no tema Programação Neurolinguística.É Mestranda pela FEA/USP em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas. Master Trainer pela ASTD – American Society of Training e Development e Master Trainer pela Langevin Learning Services, onde foi certificada em Instructional Designer/Developer, Technical Trainer e Instructor/Facilitator. Tem Certificado Internacional de Coaching pelo Integrated Coaching Institute e pela Lambent (International Coaching Community). Master Trainer em Programação Neurolinguística pela NLP University – California. Certificada pela Universidade de Harvard em Gestão Estratégica de Negócios e pela Universidade de Toronto nas áreas de Gestão de Recursos Humanos e Treinamento e Desenvolvimento. Pós-graduada em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas pela FGV (CEAG). Autora do livro “Equipes não nascem excelentes, tornam-se excelentes”.
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