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O que aprendi com Leonard Nimoy!

Você já teve ter ouvido falar do Senhor Spock de “Jornada nas Estrelas” e agora deve estar se perguntando o que este momento Geek tem a ver com carreiras e com a nossa coluna, certo? Tudo!

Olá, meu querido leitor!

Não sei se você conheceu Leonardo Nimoy, mas se você tem mais de trinta anos, certamente já ouviu falar do Senhor Spock da antológica série de tevê Jornada nas Estrelas. O personagem de sobrancelhas afiladas e orelhas pontudas é natural do planeta Vulcano, é conhecido por sua incrível capacidade analítica e sua quase que completa abnegação das emoções humanas. Digo quase, pois este personagem é filho de um Vulcano com uma Terráquea e por conta do “sangue sujo” ele ainda sofre com algumas emoções.

Você agora deve estar se perguntando o que este momento Geek tem a ver com carreiras e com a nossa coluna?

Tudo!

Quando atuamos no mundo corporativo, buscamos atuar de acordo com os padrões de comportamentos estabelecidos, criando uma personagem que no Método C.A.R.M.A.® (visite o site, clique aqui) chamamos de Eu profissional. Diferentemente do Eu verdadeiro, que é quem somos em nossa intimidade e solidão, o Eu profissional é moldado para atender ao conjunto de pessoas que são as partes interessadas ou ainda, os nossos stakeholders.

Estas pessoas, em menor ou maior grau afetam nossa carreira e nossas possibilidades de movimentação e crescimento. Não é à toa que as áreas de recursos humanos e gestão de pessoas utilizam do expediente de avaliações em trezentos e sessenta graus para aferir a performance e o potencial de crescimento das equipes.

A rede de relacionamentos que mantemos precisa ser tratada como o que realmente são, ou seja, clientes. Moldamos-nos toda a nossa forma de atuação pra que se enquadre nas expectativas de valor que esta rede de contatos congrega. Os profissionais de Recursos Humanos sempre dizem que as pessoas são contratadas por seu conhecimento e demitidas por seu comportamento.

Esta forma de pensar, nos aproxima muito dos personagens Vulcanos da ficção. Para que a sociedade deles pudesse prosperar, tacitamente, fizeram um acordo que depois se transformou em lei e depois disto fixou-se ao jeito de ser e pensar das pessoas. Eles suprimem seu Eu verdadeiro em prol do melhor relacionamento e da evolução do grupo.

Contudo, a maior lição que aprendi com Leonard Nimoy na pele do Senhor Spock não está somente na forma como ele suprime suas emoções e molda seu comportamento, mas sim na existência de um ritual chamado Plak-tow que significa literalmente sangue fervendo. A cada sete anos, os Vulcanos libertam todas as emoções reprimidas e agem como lhes der na cabeça, o que invariavelmente envolve violência e pé na jaca. Este ritual é respeitado como parte da cultura, tanto que pela lei, uma morte ocorrida durante o Plak-tow não é considerada crime.

A lição que aprendi não é esperar sete anos para fazer tudo o que ficou reprimido e sair pelo mundo fazendo coisas que depois certamente vou me arrepender. Até mesmo, porque aqui é a realidade e não somos Vulcanos, mas sim, a importância de criarmos um espaço em nossas vidas para podermos ser quem nós mesmos somos. Sem interpretar papel algum.

  • Não para o profissional;
  • Não para os pais;
  • Não para os casais;
  • Não para os filhos.

Somente um tempo para que possamos estar em paz e conectados com nós mesmos, sem juízo de valor ou crítica. Este tempo pode ser dedicado a um hobby, à leitura, ao esporte e até mesmo à oração ou meditação. Desde que o tempo seja seu.

Isto funciona como um gostoso banho quente após um dia de muito trabalho. Estou certo que você conhece a sensação.

Busque o seu momento, o seu Plak-tow. Você verá que o corpo responderá melhor, a mente ficará mais clara e você poderá viver uma vida longa e próspera.

Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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