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Saúde Emocional dos Colaboradores: O que isso tem a ver com resolução de conflitos?

Uma empresa focada apenas em metas e números pode se esquecer das pessoas. As metas e números são fundamentais, mas sem que as pessoas estejam cuidadas, o caminho para a produtividade e o engajamento fica muito distante de ser alcançado.

O que a saúde emocional dos colaboradores tem a ver com resolução de conflitos?

Saúde Emocional dos Colaboradores: O que isso tem a ver com resolução de conflitos?

O tema da resolução de conflitos entrou na minha vida profissional como um caminho da carreira jurídica à qual vinha me dedicando. Como uma alternativa mais satisfatória para mim e para meus clientes, uma vez que o Poder Judiciário estava (como ainda está) abarrotado de processos e eu queria mais agilidade e autonomia para meus clientes resolverem seus problemas.

E lá se vão 17 anos de caminhada por essa estrada. E essa caminhada tem me mostrado cotidianamente que a forma escolhida pelos interessados, empresas ou pessoas físicas, impacta diretamente na saúde emocional de colaboradores ou pares/parceiros de negócios ou de vida.

Ao escutar pessoas que desenvolveram “burnout” ou síndrome do esgotamento profissional, conforme descreve o Código Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde, temos a clareza da relação entre a cultura de resolução de conflitos de uma empresa e o desgaste extremo dos trabalhadores.

Espaços seguros de diálogo são necessários neste contexto para prevenir, dar voz, oferecer escuta, reconhecimento, necessidades humanas que costumam ser deixadas de lado quando não se cuida das pessoas da forma como elas necessitam.

Há muito o que fazer para oferecer dignidade aos trabalhadores, a começar por salário, descanso, alimentação, segurança física, patrimonial e emocional. A segurança emocional vem da construção de uma cultura de coletividade, ainda que não seja da empresa toda, que seja do pequeno time.

Uma empresa focada apenas em metas e números pode se esquecer das pessoas. As metas e números são fundamentais, sabemos todos disso. Contudo, sem que as pessoas estejam cuidadas, o caminho para a produtividade e o engajamento fica muito distante de ser alcançado.

Eu venho trabalhando na conscientização das lideranças sobre a necessidade de construção de espaços dialógicos, onde as pessoas se sintam acolhidas, onde possam se expressar com autenticidade e, caso haja um conflito, ele possa ser resolvido de força ágil e colaborativa.

Essa é uma prática simples, de baixo custo, que impacta diretamente na qualidade de vida dos trabalhadores e previne o esgotamento profissional. Equipes que se relacionam melhor, que sabem como se comunicar e que desenvolvem habilidades de resolução de conflito se tornam mais autoconfiantes e seguras.

Temos a tendência de responsabilizar a pessoa que sofre do esgotamento emocional como aquela que não se cuidou, rotulamos de “fraca” por não saber lidar com os problemas ou de “generosa demais” por estar fazendo mais para os outros do que para si mesma, porém estamos negligenciando o aspecto social dessa doença e de tantas outras que estão afetando a saúde mental e física das pessoas na atualidade.

Nossa sociedade está doente, essa cultura de produtividade insustentável, de silenciamento da voz das pessoas, da falta de espaço seguro para ser quem se é, de aparências fabricadas, tudo isso diz respeito a todos nós e não somente da pessoa que adoece.

A cultura da empresa tem total relação com a saúde emocional das pessoas que lá convivem. E isso não é sorte ou magia, é trabalho, é investimento de tempo, energia voltada para o desenvolvimento de habilidades para melhor comunicação e convivência.

Ampliar a consciência sobre essa relação traz à luz a necessidade de humanizar os relacionamentos, tratar adequadamente dos conflitos e estimular a autenticidade. Isso traz vida, potência e criatividade para o ambiente de trabalho e pode mudar – para muito melhor – a performance da empresa. Vale muito investir nesta construção!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o que a saúde emocional dos colaboradores tem a ver com resolução de conflitos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Um abraço,

Juliana Polloni
https://www.linkedin.com/in/juliana-polloni

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Juliana Polloni é mediadora de conflitos em organizações e famílias, com experiência de mais de 15 anos de atuação. É facilitadora de conversações colaborativo-dialógicas com Certificado Internacional de Práticas Colaborativo-Dialógicas pelo Houston Galveston Institute, Taos Institute e Interfaci e especialista em Comunicação Não-Violenta. Advogada, Mestre e Doutora, coautora de livros, treinadora e palestrante com foco em comunicação, relações interpessoais e gestão de conflitos. Por meio da Plural Desenvolvimento Humano tem aperfeiçoado equipes de trabalho para uma melhor convivência e maior bem-estar relacional e emocional dentro das organizações.
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