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O Poder do Storytelling

Além das intenções mercadológicas e das estratégias de marketing, contar a sua história pode, de fato, ter um fortíssimo apelo transformador na vida de outras pessoas.

O Poder do Storytelling: Por que o Storytelling pode transformar a vida das pessoas?

Contar história é um dos atos mais primitivos da comunicação humana e o que nos conecta com nossos ancestrais há milhares de anos. A contação de história se dava unicamente pela oralidade em rodas de conversas, muitas vezes, ao redor de uma fogueira, e ia passando de geração para geração ou apresentada em desenhos como os rupestres nas cavernas. Desenhos que são expressão artística, mas também uma forma de deixar registrados os hábitos, maneiras de vidas, rituais religiosos e ou cerimoniais.

Para nós, brasileiros, um povo muito jovem quando se trata da história moderna, muitas de nossas histórias estão conectadas com povos europeus, principalmente, que nos colonizaram ou que imigraram para terras novas. Buscamos os registros de nossa linhagem não somente em Portugal, mas na Holanda, Itália, Espanha, Alemanha e mais recentemente até no Japão e China.

Todos nós já ouvimos alguém contar a sua saga para conseguir cidadania e o percurso que precisam seguir para chegarem as suas origens. Não é raro as pessoas relatarem que precisaram fazer viagens para encontrar pessoas que pudessem contar histórias dos seus antepassados porque essas histórias não têm registro escrito em lugar nenhum.

As histórias têm um poder que vai além de meros registros.

Elas nos conectam afetivamente e as conexões emocionais ficam mais fortemente “coladas” na nossa memória. Dessa maneira, possibilitam, inclusive, melhor retenção de algum ensinamento, ou seja, as histórias são muito importantes nossos processos de aprendizado.

Além disso, estudiosos acreditam que o que mais garantiu a sobrevivência do ser humano no processo evolutivo foi a sua capacidade de viver em comunidade. Nunca fomos os animais mais fortes e nem os mais “inteligentes” quanto à sobrevivência, mas somos seres sociais e aprendemos a viver em comunidades. Contar histórias nos ajuda a desenvolvermos um espírito mais colaborativo, maior empatia e percepção da necessidade de lutar pela vida.

Hoje, o marketing e, principalmente, o marketing digital têm usado e abusado da contação de histórias (storytelling). O intuito é criar mais proximidade e conexão com o seu publico conscientes de um conceito bastante conhecido das neurociências que são os Neurônios espelhos. Como o próprio nome diz, ativamos uma capacidade de identificação com o outro. Como se estivéssemos, nós mesmos, vivendo uma determinada situação e isso se dá a partir das histórias que ouvimos ou assistimos. O que acontece é que também liberamos a Ocitocina, o famoso hormônio do amor que nos deixa muito mais empáticos e com maior compaixão. Além disso, no ambiente corporativo, as empresas têm usado o storytelling como uma eficaz ferramenta de comunicação e engajamento entre os seus colaboradores. Além de uma ferramenta para divulgar experiências positivas dos seus clientes.

Não por acaso, é quando estamos com altos níveis de Ocitocina que mais temos a tendência de consumir um produto, uma ideia, uma causa…

Além das intenções mercadológicas e das estratégias de marketing, compartilhar a sua história pode, de fato, ter um fortíssimo apelo transformador na vida de outras pessoas. Pensando em propósito, palavra tão falada e explorada atualmente, escrever e contar a sua história pode ser muito inspirador. Pode até ajudar quem a lê ou escuta a tomar alguma atitude diferente. Sair do estado de inércia, tristeza ou até de depressão que se encontra.

Quando idealizei o livro Xá comigo, o desejo que pulsava dentro de mim era de compartilhar histórias de mulheres mineiras. Mostrar o que uma mulher é capaz de fazer quando ela diz: xá comigo. O jeito mineiro de dizer que ela vai resolver e que não há problema sem solução quando uma mulher decide fazer, acontecer e ser protagonista.

Com o Xá comigo, realizamos a Convenção WeShareW2W onde as autoras pudessem subir no palco e compartilhar as suas lutas, os seus desafios, as suas conquistas, as suas quedas, as suas dores, os seus sucessos e realizações. O que aconteceu durante aquela Convenção foi uma explosão de emoções e pudemos assim testemunhar o poder que cada história tinha também de cura.

Entendi com aquela experiência que quando uma mulher conta a sua história, então ela se cura. E cura todas as outras dessa e das futuras gerações.

Neste mês de junho, farei o lançamento do meu segundo livro, o Xá com elas. O livro reúne mais 32 mulheres na segunda edição da Convenção WeShareW2W e o pré-lançamento do próximo, “Agora, é com elas”.

Há alguns dias, assisti a entrevista de Viola Davis à Oprah Winfrey sobre o seu livro, Finding me, então deixo aqui as palavras de Viola sobre a força e a maravilha de contarmos nossas histórias. Que essas palavras te inspirem como me inspiraram:

“História não é o passado, é o presente. Nós carregamos a História em nós. Nós somos a nossa história.” (Viola Davis)

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o poder do storytelling e contação de história? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar.

Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/

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Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
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