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Você é uma caixa d’água

O espírito humano é como uma caixa d’água! Entender o significado simples e profundo dessa frase vai mudar completamente a sua visão da vida.

Você é uma caixa d’água! Entender o significado disso vai mudar a sua visão da vida! - Visão Sistêmica da Vida

Você é uma caixa d’água!
Entender o significado disso vai mudar a sua visão da vida!

No início dos anos 1980, junto com meu melhor amigo daquele tempo, fiz um curso de apicultura. Tive a sorte de ter como professor um apicultor filósofo. Numa das aulas, ouvi uma frase que não esqueci mais, e ainda hoje utilizo para explicar alguns conceitos fundamentais da visão sistêmica sobre a vida, a base da metodologia das Constelações. Lembro do meu espanto inicial quando ouvi o professor Schirmer afirmar: “o espírito humano é como uma caixa d’água!”. E depois de um silêncio estratégico, traduzir o simples e profundo simbolismo da frase.

O que é uma caixa d’água?

Um reservatório com uma entrada e uma saída. Muito bem. E daí? Em condições normais, a água entra e sai, mantendo o nível da água sempre no máximo.

Para que serve a mesma caixa d’água, se a entrada e a saída estiverem fechadas?

Para nada! No máximo, servirá para criar mosquito. Depois de algum tempo, o que era insípido, incolor e inodoro vai então cheirar mal, ficar escuro e ganhar um gosto horrível. A vida sem interação, sem troca, sem dar nem receber, é como água parada. Nada entra, nada sai, nada de produtivo será gerado, ou seja, uma vida sem vida.

Com a entrada aberta e a saída fechada, vai transbordar água pelo “ladrão”.

Egocentrismo, avareza, medo de compartilhar e perder poder, mentalidade acumuladora. No fundo, é o movimento de quem olha para a vida como um perde e ganha, e que em todas as relações, busca então tirar vantagem. Receber e não dar, não retribuir, é desperdiçar água, sonegar vida. Na lida com o dinheiro, tudo é muito caro, nada vale o preço que pedem. Tudo precisa ser mais barato, ganhar algum desconto é condição essencial para fechar um negócio. Medo de amar, de servir, se doar. O apego excessivo, bem como o medo de ser passado para trás. Só lhe dão (Solidão). Qualquer semelhança com o emblemático e doentio Gollum do Senhor dos Anéis está longe de ser uma coincidência.

Com a entrada fechada e a saída aberta, a vida vai secar.

É a postura do soberbo, que pensa que não tem nada a aprender com ninguém, olha o mundo de cima. Paternalista, manipulador, faz “tudo” pelos outros desde que tudo funcione “do seu jeito”. Não gosta de dever nada a ninguém. Sente-se vítimas da ingratidão alheia, da falta de reconhecimento. Ao mesmo tempo, tem dificuldade de reconhecer o que lhe deram e lhe dão. Desconhecem que o reconhecimento genuíno ilumina a vida. Saber receber os presentes e as bênçãos que nos acompanham ao longo da vida, desde o nascimento, faz a vida mais feliz e simples. Quanta gente já nos deu tanto para que a vida se desenvolvesse e nós chegássemos no momento presente!

Viver, portanto, viver no fluxo, viver plenamente, é ser como uma simples caixa d’água que aceita receber, que reconhece e agradece por toda a água que puder jorrar, todas as oportunidades, alegrias, todos os presentes, grandes ou pequenos, toda a generosidade de seus pais, avós, irmãos, amigos, e assim está sempre grato por tanto que recebe.

E afinal, para que tantas bênçãos e tantos presentes?

Para dar! A caixa d’água cumpre seu destino quando ela dá aquilo que recebe, generosamente, sem medo de escassez. Afinal, como sempre se soube, é dando que se recebe. Tudo que você ganha é seu. Tudo que você dá é seu.

Dar e receber é, em essência, relacionar-se. É natural, é simples e essencial, é tão banal quanto viver. Um dia quero ser uma simples caixa d’água, recebendo e repassando tudo. Só ser, no fluxo.

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Quer saber mais sobre a visão sistêmica sobre a vida, como mudar a sua visão da vida e como entrar no fluxo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar com você.

Almir J. Nahas
https://olharsistemico.com.br/

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Almir J Nahas é jornalista, palestrante, professor e facilitador de Constelações Familiares e Organizacionais desde 2004. Durante muito tempo pensou que trabalhava com informação e conhecimento, até descobrir que trabalhava com GENTE.
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