
O Efeito do Complexo Materno Negativo na Vida Afetiva
Cristina não sabia mais o que fazer.
Sentia-se insegura e com uma constante sensação de inadequação.
Como se tudo o que fizesse fosse insuficiente.
Por mais que se esforçasse, parecia que algo estava faltando.
Muitas pessoas têm uma sensação constante de estagnação, dor e frustração na vida a dois.
Se sentem esgotadas, pois já tentaram melhorar essa área de várias formas, sem sucesso ou resultado.
Mas o que a maioria desconhece é que elas podem estar lidando com emoções que não são delas.
A epigenética, um ramo da Biologia molecular, já fez alguns estudos com mamíferos, para verificar a hipótese da transmissão emocional de uma geração para outra.
Nas constelações familiares, é possível verificar esse tipo de situação no próprio movimento sistêmico.
Certa vez, atendi uma mulher que não conseguia avançar na vida financeira. Quando fez uma constelação familiar, veio à tona uma situação envolvendo uma ancestral.
Tinha acontecido uma tragédia na família quatro gerações anteriores à da minha cliente, onde um assassinato foi cometido em conjunto com o rapto de uma criança.
Essa criança era a bisavó da minha cliente.
Quando isso veio à luz, fizemos a liberação emocional e a consciência da questão emergiu.
Esse assassinato foi visto e integrado, pois o assassino pertence ao sistema e estava excluído.
Nas constelações familiares, a lei do pertencimento é a primeira, e quando esta é infringida, o padrão se repete.
Segundo minha cliente, todos os familiares apresentavam o padrão de escassez. Ela achava isso muito estranho e resolveu buscar ajuda para tratar a questão.
O complexo materno, quando ativado de forma negativa, pode ser muito nocivo.
O complexo por si só não é negativo. Ele é estrutural, o problema só acontece quando ele está negativado.
Ele é o primeiro a se formar no ventre materno. Trata-se de algo muito importante, pois o relacionamento com a mãe é o que dita como serão as próximas relações.
Bert Hellinger tem uma frase famosa, que é a seguinte: “A mãe tem a face do sucesso”.
De acordo com os meus atendimentos, estudos e pesquisas, noto com frequência que essa frase é verdadeira.
Muitas pessoas têm diferentes problemas. Algumas em todas as áreas da vida, justamente porque têm o complexo materno negativo.
Mas tenho uma boa notícia, é possível resolver isso, se a pessoa for à profundidade que o problema requer.
Sei que pode ser frustrante em um primeiro momento dizer que é necessário o aprofundamento, principalmente se você já fez terapias, cursos e outras intervenções sem perceber um resultado mais satisfatório.
No entanto, se você está lendo este artigo, acredito que você sabe que o processo de autocura é uma jornada.
São pequenas peças entregues no decorrer do processo, que formam o quebra-cabeça completo.
Na psicologia analítica, trabalhamos com o complexo materno e a sombra psicológica, justamente porque a dor muitas vezes está submersa nas águas profundas do inconsciente.
Não é muito agradável perceber as feridas que foram ignoradas durante anos.
Algumas pessoas nem se lembram, mas isso não impede que tal ferida esteja gerando transtorno emocional e dor.
Na vida afetiva, a pessoa consegue ver com muita clareza o efeito do complexo materno ativado de forma negativa.
O complexo materno é o primeiro a ser formado, justamente por isso é fundamental na saúde psíquica do ser humano.
Quando o complexo materno está saudável, gera uma pessoa com uma elevada autoestima, segurança, autorrespeito e senso de alto valor elevado.
Mas quando ele é negativo, um dos sintomas é a baixa autoestima, a dificuldade com o corpo, com as relações, a falta de autoconfiança, segurança e muita carência.
Bert Hellinger já dizia que o sucesso tem a face da mãe, porque a mãe representa a vida. E as emoções são transmitidas de geração para geração, na maioria das vezes pela família materna.
Não quero dizer com isso, que o pai não tem importância, ou que as emoções são transmitidas somente pela mãe. Por favor, não me interprete mal.
Em outro momento, posso escrever sobre o complexo paterno, que acarreta outras questões para o ser humano.
Então, se você sabe que tem dificuldade com a sua mãe, sugiro que faça algo mais profundo, com alguém que trabalhe com a sombra psicológica, complexo materno e tenha um olhar sistêmico, ou seja, saiba sobre constelação familiar.
Pois é possível ter uma vida afetiva mais leve. Mas, para isso, é fundamental ter um complexo materno saudável.
Se uma pessoa teve um primeiro relacionamento nutritivo com a mãe, tenderá a replicá-lo em todas as outras relações.
O contrário também é verdadeiro, ou seja, se ela teve uma infância mais complicada, ela tenderá a repetir o mesmo padrão em todas as outras relações.
Então, se a área afetiva está sendo desafiadora para você no momento, sugiro que olhe para o seu relacionamento com a sua mãe. A chave está nessa relação!
Caso queira a minha ajuda nesse processo de identificação, liberação e elaboração dessas questões, pode verificar a possibilidade de agendar uma constelação familiar, ou uma sessão de terapia no link abaixo.
Gostou do artigo?
Quer saber mais sobre como o complexo materno negativo pode afetar a vida afetiva de uma pessoa, e como a abordagem sistêmica pode ajudar nesse processo? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.
Cuide-se com amor!
Grande abraço.
Ádria Gutman
https://www.instagram.com/adriacursos/
Youtube – Meditação para Melhorar a Vida Afetiva http://bit.ly/35u1yZ1
Confira também: Por que tenho uma vida afetiva caótica?
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