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O despertar rumo ao “Plano B” parte I

Diante do novo cenário de relações de trabalho, precisamos encarar o Plano B como algo natural e que deve fazer parte da vida. Devemos assumi-lo como uma forma de condução de vida e não só de trajetória profissional.

Escutamos com frequência a seguinte afirmação: nesse momento é preciso ter um Plano B.

O Plano B não está sendo necessário somente em virtude de uma crise política socioeconômica. Talvez esse fato em si já seria uma excelente justificativa para a elaboração e realização de um Plano B, mas não se trata somente disso. O Plano B tem sido mencionado cada vez mais e a elaboração dele é fundamental, pois vem sendo inserido nas nossas vidas a partir de um de um novo modelo nas relações de trabalho que já foi previsto há muito tempo.

Desde a década de 80, campos de estudos e conhecimentos em áreas como a sociologia, administração de recursos humanos e afins, previam mudanças radicais nas relações de emprego, trabalho, organizações empregadoras e empregados.

Já naquela época, estudos demonstravam uma projeção para o final do milênio que não contava mais com a relação de trabalho estabelecida através de contrato entre empresa x CLT x empregado, que era o modelo usual vigente. Essa relação (empresa x CLT x empregado) ainda permaneceu por mais tempo do que se previa, porém, ainda assim, de forma diferente.

Também se estudava e se aplicava inovações sobre mudanças necessárias em relação ao perfil dos trabalhadores, tanto no âmbito pessoal, quanto na vida profissional, sobretudo agregando valor às questões comportamentais e atitudinais, para além da importância do conhecimento formal.

Uma nova ótica sobre como as pessoas deveriam gerenciar suas carreiras foi lançada já que as empresas estavam cada vez mais focadas em seus negócios (em seu core) e na busca de resultados cada vez mais arrojados, frente a um mercado complexo, competitivo e aberto. Além disso, novas tecnologias, novas formas de produção, novas inte-relações entre organizações e pessoas, globalização, cenários políticos e econômicos controversos, o advento da Internet com uma carga e agilidade de informação sem precedentes, passaram a ditar a necessidade de repensar as estratégias e ações das empresas.

E vieram mais mudanças. Mudanças como: redução de mão de obra, carga horária de trabalho flexível, formação educacional cada vez mais exigente, especificidade de competências, desenvolvimento de novas habilidades etc. Simultaneamente as políticas e investimentos das empresas focados em seus recursos humanos também sofreram transformações.

Em contrapartida, todas as estruturas e questões macroeconômicas com dificuldades em manterem-se sólidas. Por fim, foi necessário um rearranjo nas relações de trabalho até chegarmos nesse momento.

As várias formas de se trabalhar a própria trajetória profissional foram aparecendo e a elas foram agregadas novas técnicas, conceitos e ferramentas. Porém a questão sobre como conduzir sua própria vida de uma forma mais independente passaram a ser alicerçadas em outras bases. Uma delas: o Plano B.

Resumidamente, o que temos hoje são variáveis como:

  • Trabalhos e/ou atividades realizadas em home office;
  • Contratações em massa de funcionários terceirizados;
  • O empreendedorismo cada vez mais valorizado;
  • Novas formas de contratação;
  • Entregas “por projeto”;
  • Os cursos de preparação técnica e os cursos online em franco crescimento;
  • Temos profissões inusitadas;
  • Formas de compartilhamento de atividades e parcerias;
  • O mundo digital em diversos segmentos;
  • Necessidade de diferencial competitivo;
  • O trabalho realizado em pool;
  • A diversificação de interesses;
  • A economia colaborativa;
  • A administração do network;
  • Novas formas relacionais e inter-relacionais entre Trabalho e o Ser Humano.

Diante desse novo cenário precisamos encarar o Plano B como algo natural, algo que deve fazer parte da vida das pessoas, SEMPRE (independentemente se está empregado ou não). O mundo do emprego formal CLT acabou? Não acabou, mas precisamos inserir na vida aspectos sobre ele de uma forma serena e realista em que entra em pauta a possibilidade de Ser independente do modelo já conhecido.

Vamos assumir o Plano B como uma forma de condução de vida e não só de trajetória profissional. Vamos considerar que este seja o cenário e independentemente de você estar empregado ou não, com crise ou sem crise, vamos construir um caminho!

Primeiro passo. Vamos entender que o Plano B precisa ser coerente com os seus interesses e habilidades. Precisamos alicerçar o Plano B em pilares, tais como: perfil pessoal e profissional, competências, interesses, demanda de mercado, entre outros.

A proposta é: Não vamos esperar o mar se abrir para atravessarmos, vamos marchar para que o mar se abra.

Rosangela Claudino tem vivência em culturas organizacionais de portes e segmentos diferentes, como: Laborterápica Bristol e American Express. Com experiência em áreas de recursos humanos passou a atuar em consultoria própria de seleção, desenvolvimento de pessoas e implantação de gestão estratégica de RH, agregando conhecimentos e compartilhamento em outros segmentos como: alimentação, tecnologia e financeiro. Pós-graduada em Administração com foco em RH e Marketing, com Formação em Coach reconhecida pelo ICF (International Coaching Federation) e Psicanalista formada pelo Centro de Estudos Psicanalíticos, atua também em conselho de administração e atende em consultório particular. Mentora e Coach do programa, PROVOCA – Programa Vocação e Carreira, desenvolve e atua em seus atendimentos valendo-se de técnicas de Coaching, ferramentas de RH e gestão estratégica de negócio, associadas a escuta diferenciada da psicanálise.
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