fbpx

O caminho para igualdade de gênero

O papel da mulher no mercado de trabalho está cada vez mais na pauta das grandes organizações, o movimento está evidente, mas a realidade está distante da meta a ser alcançada.

O caminho para igualdade de gênero: Será que a realidade ainda está distante?

O caminho para igualdade de gênero:
Será que a realidade ainda está distante?

O papel da mulher no mercado de trabalho está cada vez mais na pauta das grandes organizações, o movimento está evidente, mas a realidade está distante da meta a ser alcançada. O que evidenciamos é a visível discrepância de homens ocupando cargos de liderança. E por mais que homens estejam se engajando no movimento de equidade de gênero, muitos não sabem como iniciar essa jornada. Seja por raízes opostas da igualdade, seja por falta de incentivo das lideranças superiores nas empresas.

Esse fato vem despertando o interesse de como inserir essa pauta na liderança masculina. Está evidente que muitos homens não possuem essa maleabilidade por mais que tenham interesse, não sabem como lidar com esse cenário. Uma das alternativas que várias empresas estão adotando é um processo de conscientização dos líderes masculinos por meio da ampliação do conhecimento, ou seja, nada impositivo, mas de abertura de possiblidades para que enxerguem vantagens por meio da igualdade de gênero. E essa abordagem se dá por meio do demonstrativo do cenário vinculado a dificuldades que mulheres enfrentam.

O fato de as mulheres corresponderem a menos de 40% nos cargos de liderança no Brasil e no mundo está atrelado a alguns obstáculos que surgem no desenvolvimento profissional. Para reverter a situação, é preciso não apenas conhecê-los, mas saber como driblar esses quadros.

Vieses inconscientes

Entre os vieses que mais prejudicam o avanço das mulheres em suas carreiras está o de maternidade, ou seja, muitas empresas ainda não possuem o acolhimento necessário para esse momento. E o pior, muitas mulheres líderes precisam optar entre carreira e maternidade, não vislumbram essa conciliação, tendo em vista a cobrança da alta liderança  e uma autocobrança em virtude de ocupar altos cargos.

Outro viés importante é a masculinização. Ainda existe uma crença de que para serem respeitadas, as mulheres precisam masculinizar, mostrar força, posicionamento agressivo. Esse comportamento gera uma sensação ambígua, pois dentro da empresa a mulher precisa deste comportamento e fora não consegue sair deste papel, gerando um questionamento sobre personalidade, algo muito grave. O viável seria manter sua feminilidade com todas as características emocionais e quando necessário ser racional e se posicionar com firmeza.

Outro viés é a gestão do tempo, muitas mulheres absorvem diversas atividades dentro da empresa, até para provar sua capacidade e quando sai do ambiente corporativo se depara com atividades de casa, filhos, estudo – ou seja, uma sobrecarga enorme que prejudica inclusive a saúde mental.

Conciliar e conscientizar

Estes são alguns dos vieses que várias empresas estão trabalhando para melhorar o ambiente profissional, mas a pergunta que fica é: como conscientizar a liderança masculina de que o melhor caminho é a igualdade de gênero?

Eu acredito que por meio da conscientização dos problemas enfrentados, como também pela conciliação dos papéis de cada um. Os trabalhos desenvolvidos tanto por homens quanto por mulheres podem ser complementares em muitas atividades. O que falo aqui é de igualdade de direitos.

Por sorte, tenho observado muitas empresas investindo em treinamento para homens e mulheres na temática de igualdade de gênero. Infelizmente, ainda estamos em um processo lento, haja vista, a cultura organizacional machista que ainda predomina nas organizações.

O Brasil ocupa a 78ª posição no ranking que mede igualdade de gênero em 144 países. O dado faz parte do Índice de Gênero dos ODS 2022, desenvolvido pela Equal Measures 2030, um relatório global que avalia a evolução dos países em metas e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

A pontuação atingida de 66,4 posiciona o Brasil abaixo de vizinhos da América do Sul, como Uruguai (31º), Argentina (44º), Chile (49º) e Paraguai (74º). Os brasileiros caíram uma posição em comparação à última edição, realizada em 2019, quando eram 77º. Em se tratando de casos de liderança, no Brasil apenas 37,4% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme a pesquisa, o percentual é inferior ao registrado na edição anterior da mesma pesquisa, quando elas ocupavam 39,1% desses postos de trabalho. Ainda que, tenham mais anos de estudo e frequentem mais a escola, as mulheres recebem apenas 77,7% do rendimento dos homens.

Ou seja, a realidade ainda está distante do cenário ideal

Mas o que precisamos nos atentar é o movimento de conscientização que está ocorrendo: incentivar cada vez mais e dar luz à solução para que possamos aumentar a igualdade de gênero com mais celeridade – esse é um processo que está nas mão de cada um.

E você está fazendo a sua parte?

Gostou do artigo? 

Quer saber mais sobre como incentivar cada vez mais e dar luz à solução para que possamos aumentar a igualdade de gênero com mais celeridade? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Luciana Soares Passadori
https://www.passadori.com.br

Confira também: Olhar para dentro para buscar a compreensão

 

Luciana Soares Passadori é mentora, coaching de desenvolvimento humano e facilitadora de autoliderança, liderança integral e liderança situacional. Possui vasta experiência no atendimento de grandes empresas para desenvolvimento de soluções em treinamentos comportamentais. Realizou a formação em Coaching Integrado – Coaching Executivo, Life Coaching pelo ICI Integrated Coaching Institute – Credenciado pelo ICF International Coach Federation, formação em DISC Profiler Solides e formação em Mentoria pela Enora Leader, formação em liderança feminina com Sally Helgesen. Criou e conduz, juntamente com Reinaldo Passadori, o curso Autoliderança Transformadora que tem um modelo de programa de autodesenvolvimento que potencializa as competências profissionais e pessoais. Advogada de formação, pós-graduada em Psicologia Transpessoal e especializada em Psicologia Forense. Iniciou sua jornada na carreira jurídica, onde atuou com Direito de Família por 12 anos. É Diretora estratégica do IVG, participa do comitê executivo do Programa Mentoria Colaborativa – Nós Por Elas do Instituto Vasselo Goldoni. E coautora do livro Mentores e suas histórias inspiradoras – Editora Leader.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa