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No Jogo Emocional a regra é: DOMINE ou SEJA DOMINADO!

Incerteza, tensão, ansiedade... É preciso aprender o fundamento básico: Não são os fatores externos que determinam como nos sentimos ou agimos e sim, nossa forma de interpretar o que acontece.

Considere o que acontece com um atleta na final de Copa do Mundo, no momento de bater um pênalti (qualquer semelhança é mera coincidência). Nessa “hora da verdade” onde a importância da partida encontra a incerteza do resultado, a tensão se apresenta através da ansiedade com seus sintomas típicos como a aceleração dos batimentos cardíacos, falta de ar, contrações, tremores e tensão muscular em maior ou menor grau. Por isso é preciso aprender o fundamento básico – não são os fatores externos que determinam como nos sentimos ou como agimos/interagimos e sim, nossa forma de interpretar o que acontece.

Portanto, nos momentos decisivos de nossas vidas, seja nos esportes ou nos negócios, se começarmos a lembrar de pênaltis perdidos e pensarmos… “será que vou errar outra vez?”… estaremos produzindo a química do nervosismo e preocupação que se caracteriza pelo excesso de ansiedade, tão improdutiva nesse momento onde uma grande carga hormonal atingirá a corrente sanguínea e invadirá o conjunto de músculos responsáveis por essa ação, diminuindo nossas chances de sucesso. Ao contrário, podemos optar por pensamentos mais produtivos como… “se Deus me convocou para essa missão é porque tenho condições e vou fazer o meu melhor”… que num estado mental e emocional muito mais favorável.

O ex-tenista Timothy Gallwey nos ensina que: “O adversário que mais interfere no rendimento, independente da área de atuação, é o adversário interior. Estado interno cujo oponente se encontra na forma de pensar e não no adversário externo. É ele quem produz distrações através de diálogos internos e julgamentos, capazes de provocar desconcentração, desmotivação e descontrole emocional, até mesmo nos grandes jogadores”.

A palavra “Emoção” tem sua origem no latim “movere”, que significa mover/agir/lutar/enfrentar e “e-movere”, afastar/fugir/esquivar, referindo-se ao conjunto de comportamentos e sentimentos gerados por pensamentos específicos.

Portanto, a capacidade de aprender a dominar nossas emoções começa com a gestão de nossa forma de pensar e se torna um diferencial do alto desempenho porque emoções improdutivas põem em risco os resultados e a carreira de atletas como os momentos de “sequestro neural” (explosão emocional) protagonizados pela cabeçada de Zidane e a mordida de Soares em Copas do Mundo.

É necessário desenvolver a Competência Emocional que corresponde às habilidades de autodomínio pessoal e interpessoal que podem ser aprendidas e por isso o psicólogo Daniel Goleman nos alerta: “Embora haja pontos que determinam o temperamento, muitos dos circuitos cerebrais são maleáveis, portanto, temperamento não é destino. A incapacidade em lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e carreiras porque o controle dos impulsos emocionais é à base da força de vontade e do caráter”.

Competência Emocional, portanto, refere-se à habilidade que podemos adquirir ou desenvolver para agir de forma mais estratégica frente aos desafios e revezes da vida. Para ser competente emocional é preciso exercitar um conjunto específico de aptidões – cognitivas (mentais), emocionais e motoras. Esse é um trabalho possível de ser feito e que exige prática sistematizada com foco na dinâmica do PSAI – PENSAR, SENTIR, AGIR e INTERAGIR, onde compreendemos que a forma como encaramos os desafios e problemas da vida, determina como nos sentimos e lidamos com eles.

Portanto o desenvolvimento da Competência Emocional passa por: 1) Reconhecer que nossa forma de pensar determina o que sentimos, como agimos e interagimos; 2) Podemos monitorar e modificar nossa forma de pensar optando por pensamentos mais inteligentes e produtivos; 3) Mudança em nossa forma de pensar altera nossa forma de encarar os desafios e problemas; 4) É possível desenvolver a inteligência emocional a partir de exercícios mentais (diálogos internos e mentalizações).

Nem tudo na vida está sob nosso controle, mas aprender a dominar nossa maneira de pensar poderá fazer toda a diferença do mundo porque maus hábitos mentais nos criam problemas ou até mesmo pioram os que já temos. Além disso, também dificultam nossa tarefa de encontrar soluções nos induzindo a erros de interpretação ou julgamentos sobre o que nos aconteceu. É exatamente quando a gente não pensa direito que criamos e aumentamos os sentimentos de ansiedade, tristeza, culpa, raiva e estresse.

Aprender a gerenciar a dinâmica do PSAI – Pensar-Sentir-Agir-Interagir, nos ajuda a perceber que somos capazes de produzir estados emocionais de maior qualidade como a alegria, entusiasmo e esperança mesmo diante das diferentes provocações da vida.

A ênfase está no papel do “jeito certo de pensar” para o alivio do sofrimento emocional se estivermos dispostos a assumir a responsabilidade pela parte que nos cabe desse aprendizado.

Pense nisso e até nosso próximo encontro!!!

Suzy Fleury Author
Suzy Fleury é Psicóloga (CRP 06/24888-4 – IUP/1985), Pós Graduada em Marketing (Escola Superior de Propaganda e Marketing – 1989), Fundadora da Academia Emocional (1991), Ministra Palestras, workshops e Cursos (desde 1991), Trabalha com as melhores Equipes esportivas do Brasil (1993), Membro da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Futebol (1998 – 2000), Autora do Livro Competência Emocional (Ed. Gente, 1998), Mestre Psi Esporte (U. Autônoma Madri e Comitê Olímpico Espanhol, Reg.27472 – 2005), Especializada em Psicologia Cognitiva (Instituto de Terapia Cognitiva, CFP 013/07 – 2008), ICC – International Coaching Certification Training (Lambent, Reg.4289 – 2008), Profa. Miami Ad School/ESPM SP e RJ – Liderança e Inteligência Emocional (2013), e Membro da ICF – International Coaching Federation (2014).
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