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Não está bom o bastante? Faça Melhor! 

E se a busca cega por automação e inteligência artificial estiver sabotando sua empresa? Conheça os perigos ocultos e mergulhe em uma jornada de descobertas reveladoras sobre o futuro dos negócios.

Não está bom o bastante? Faça Melhor! Os impactos da falta de treinamento, de comunicação e de documentação nas empresas

Não está bom o bastante? Faça Melhor!
Os impactos da falta de treinamento, de comunicação e de documentação nas empresas

A nova onda de inteligência artificial não nos traz propriamente a inteligência, mas um componente crítico dela: a previsão. As máquinas de previsão não fornecem julgamentos. Apenas os humanos o fazem, porque apenas os humanos podem expressar as recompensas relativas de realizar ações diferentes. (Ajay Agrawal[1]) 

Vivemos intensamente a fase do deslumbramento tecnológico. As discussões intermináveis sobre ética e inteligência artificial tomam as salas de reuniões em todos os lugares.

No entanto, assim como as previsões, que se mostraram totalmente infundadas, de que o Cinema e o Teatro teriam fim com o advento da televisão – em nenhum momento se discute se sabemos realmente, o que queremos com tantas possibilidades e soluções que a tecnologia nos oferece.

O nível de serviços que alcançamos com uso de celulares é algo maravilhoso, temos uma vasta gama de serviços bancários, de transporte, alimentação, saúde, educação, entre outros – na palma da mão.

Quando olhamos as questões de produtividade e automação em escritórios e na indústria – para a geração que fez a transição do analógico para o digital – rapidamente identificamos um número muito grande de atividades que deixaram de existir e agora estão nos computadores e nas soluções de App para gestão.

No entanto, me deparo em várias situações, com a clara confusão que se estabelece nas rotinas de trabalho; Os empregadores, com o passar do tempo e com a evolução das soluções, passaram a usar automação como meio de “segregação” e “controle” das atividades, criando lacunas entre os colaboradores e total ausência de cooperação e entendimento das tarefas que, em última análise, são realizadas com objetivo único de atender o Cliente final.

Desta forma nenhum colaborador da empresa tem a visão total da tarefa, suas etapas, finalidades e pontos de avaliação. Quando o cliente, aquele que pagou pela solução, entra em contato e aponta um problema – começa a “saga” em busca da solução – além da demora, a falta de documentação e clareza quanto ao que provocou o problema – não gera aprendizado para a equipe, para a empresa.

Estes fatos, apenas como ilustração para o ponto acerca do uso de tecnologia, me fazem questionar a capacidade humana para “treinar IA”. A tecnologia, sozinha, não faz nada. Tudo o que uma máquina faz, foi escrito, orientado, desenvolvido pelo ser humano.

De fato, caso não tenhamos objetividade e responsabilidade para o que estamos fazendo a automação pode gerar um grande desastre – assim como líderes ruins fazem.

As empresas estruturaram muito bem o conjunto de “benefícios” para atrair as pessoas aos seus quadros. Basta olhar as vagas publicadas em sites especializados. A descrição das demandas para o cargo a ser ocupado x as qualificações começam a te dizer como é o pensamento daquela empresa.

Tenho certeza que você já está cansado de ver anúncios onde a descrição da Vaga x a Qualificação requerida = não se conversam.

Efetivamente contratado, começam os problemas, tudo o que existe na empresa sobre a atividade descrita no anúncio, é o que está no anúncio. Documentação interna não existe – nem digital – nem papel.

O cuidado, absolutamente necessário à sobrevivência das empresas, relativo à documentação e guarda do histórico das atividades – boas ou com resultados diferentes do esperado – geram aprendizado de como reagir a problemas ou reversão de expectativas.

Inteligência é a capacidade de absorver informação em tempo real. De fazer perguntas que façam sentido. É ter boa memória. É traçar pontes entre assuntos que não parecem estar relacionados e inovar ao fazer essas conexões. (Bill Gates)

Em uma reunião recente, um diretor me perguntou sobre a finalidade da documentação em um tempo em que a forma e os dados (ingredientes) de um problema mudam todos os dias. Bem, a forma e os dados mudam, no entanto, os problemas são os mesmos. Sem documentação você fica sem a informação sobre como aconteceu e o que de fez, a cada vez que acontece o mesmo problema.

Caso, este diretor tivesse tido o cuidado de ter esta documentação, ele teria descoberto – sem ajuda de um Consultor – que todas as vezes foi uma questão de falta de treinamento do Recurso Humano responsável pela tarefa.

A tecnologia ter mudado e/ou o consumidor final ter mudado – não impactou a questão. A falta de treinamento, Comunicação e documentação – SIM.

Você que é um gestor na sua empresa precisa saber:

  •  O processo de cada tarefa e os erros e acertos documentados;
  •  Ter clareza sobre a participação das pessoas, das tecnologias, das regras – em cada acerto e em cada erro;
  • Considerar que esteve certo para ontem e repetir a solução – não vai garantir um novo acerto – mas poderá estar correto para amanhã – quem vai decidir é um Recurso Humano que você treinou para tomar decisões;
  • Trocar a tecnologia “todo dia” para buscar uma ferramenta que afinal “acerte” não é a solução para nenhum problema;
  • Treinar, Comunicar, Cooperação na execução das tarefas; Documentar erros e acertos – o tempo todo podem garantir resultados muito importantes.

Ter em mente que criatividade nos processos de desenvolvimento e solução também geram erros – errar é parte do aprendizado.

Cada vez que um colaborador é demitido porque errou, na tentativa de inovar, faz com que todos os demais colaboradores sigam apenas o que você quer que seja feito. Você estará sempre sozinho e sem referências.

Gostou do artigo? Quer conversar mais sobre os impactos da falta de treinamento, de comunicação e de documentação nas empresas? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em conversar sobre o tema.

Sandra Moraes
https://www.linkedin.com/in/sandra-balbino-moraes

[1] O professor Agrawal é pesquisador associado do National Bureau of Economic Research em Cambridge, MA, cofundador do The Next 36 e NextAI e fundador do Creative Destruction Lab.

Confira também: A Crise do Amor: Um Redescobrimento Necessário

 

Sandra Moraes é Jornalista, Publicitária, Relações Públicas, frequentou por mais de 8 anos classes de estudos em Filosofia e Sociologia na USP.É professora no MBA da FIA – USP. Atuou como Executiva no mercado financeiro (Visa International (EUA); Banco Icatu; Fininvest; Unibanco; Itaú e Banco Francês e Brasileiro), por mais de 25 anos. Líder inovadora desenvolveu grandes projetos para o Varejo de moda no país (lojas Marisa – Credi 21), ampliando a sua larga experiência com equipes multidisciplinares, multiculturais, altamente competitivos, inovadores e de alta volatilidade.
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