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NÃO DÁ MAIS: Examinando agora para não sofrer depois!

O sentimento de “não dá mais” é cruel e causa um desconforto muito grande naqueles que chegaram a essa fase. Confira 5 dicas para afastar esse sentimento.

NÃO DÁ MAIS: Examinando agora para não sofrer depois!

NÃO DÁ MAIS: Examinando agora para não sofrer depois!

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço”
(O tempo e as jabuticabas – Rubem Alves)

Neste excelente texto, Rubem Alves faz interessantes reflexões sobre aquela fase da vida em que percebemos que restam poucas jabuticabas em nossa bacia e passamos então a examinar como vivemos até aquele momento. Nessas ocasiões o arrependimento se faz presente e o sentimento que surge é: agora não dá mais

O sentimento de “não dá mais” é cruel e causa um desconforto muito grande naqueles que chegaram naquela fase. Por já ter saboreado multas jabuticabas, quero compartilhar algumas dicas para que, quando elas estiverem terminando, não surjam muitos sentimentos de arrependimento.

1. Como você equilibra trabalho e tempo para a família?

Quantas vezes priorizamos o trabalho em detrimento da família? Um comportamento geralmente autojustificado pela chancela de necessitar de muitos recursos financeiros para manter a “casa”. O que nem sempre é verdade. Isso porque a cada patamar social alcançado, um novo é proposto e, a união familiar pode começar a dissolver com essa prática.

Gastamos a maior parte de nossa vida trabalhando por dinheiro a fim de nos mantermos e a fim de que possamos trabalhar por mais dinheiro. Se permitirmos que nosso trabalho controle nossas vidas, não estaremos realmente ganhando a vida com o trabalho.

Os filhos crescem e podemos nos tonar apenas seus mantenedores em lugar de amigos e parceiros.

2. Atendendo a expectativa que nossos pais têm sobre nós

Sempre é muito bom termos um excelente relacionamento com nossos pais. Contudo, o que não podemos e não devemos, é viver conforme a expectativa que eles fazem de nós. E tirando do âmbito de nosso julgamento o futuro que imaginamos.

Claro que escutar conselhos dos mais velhos é salutar, mas direcionar a nossa vida conforme desejo dos outros, está longe de uma vida futura feliz.

Em minha área profissional tenho encontrado muitos médicos, engenheiros, advogados infelizes que trilharam por essas profissões apenas para satisfazer o desejo dos pais. Desejos que nasceram nas cabeças deles por não terem tido oportunidade de seguir por aquele caminho.

3. Deixar a saúde em segundo plano

Você já usou alguma destas frases?

  • Segunda-feira vou começar a praticar algum esporte.
  • No mês que vem começo a fazer caminhadas pelo meu bairro.
  • Vou parar de fumar no meu aniversário.

Todos nós já as usamos e continuamos usando essas afirmações que nunca as cumprimos. Mais tarde, quando as jabuticabas estiverem terminando, então essas atitudes cobrarão o seu preço. E, na melhor das hipóteses, surgirão alguns problemas físicos inconvenientes que poderiam ser evitados com algum tipo de prática física ao longo do tempo.

4. Não cultivar as amizades

Amigos auxiliam a escrever a nossa história.

Você ainda mantém contato com colegas do ensino médio? E da faculdade? Você ainda encontra amigos da adolescência?

Nunca se esqueça que eles fizeram parte de sua vida, você os influenciou assim como eles influenciaram você. Portanto existe um pouco de cada um no outro. Por qual motivo estar longe então? Perderam-se pelo caminho?  Não se esqueça que este argumento não se aplica mais em tempos de Internet.

No futuro, você sentirá falta deles e o sentimento será então, mais uma vez: “não dá mais...”

5. Qual o legado que você deixará às gerações futuras?

Certa vez, conversei com um senhor de idade muito avançada e então escutei dele com voz embargada:

“Daqui a alguns anos ninguém se lembrará mais de mim. Não vou deixar nada para meus netos e bisnetos, apenas uma boa situação financeira…”

Não seremos lembrados pelos bens materiais, mas pelas modificações que fizemos no mundo ao nosso redor. No que deixamos na memória das pessoas. O quanto oferecemos nosso ombro amigo.

O que você pretende deixar por aqui?  Do que as pessoas, no futuro, se lembrarão então de você?

Pare um pouco e faça assim uma boa reflexão. Tenha sua Vida Examinada e veja se não está deixando para depois, o que de fato deve ser feito agora. Isso porque, quando menos perceber, estará roendo o caroço e com saudades das jabuticabas suculentas.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre como se livrar do arrependimento e do sentimento de não dá mais? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Cleyson Dellcorso
https://www.dellcorso.com.br/

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Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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