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Modelo Canvas: Como utilizá-lo para Ser Palestrante?

Você sabe o que é o Modelo Canvas? Você sabia que ele também pode ser utilizado no seu projeto de se tornar palestrante? Aprenda os 11 passos necessários.

Modelo Canvas: Como utilizá-lo para Ser Palestrante?

Modelo Canvas: Como utilizá-lo para Ser Palestrante?
Desenvolver projetos é o recurso viabilizador da materialização de sonhos.

Quantos desejos você já teve a partir de um insight, de uma inspiração, de uma ideia criativa? Vendo-se no futuro uma pessoa bem-sucedida e muito rica, com sua invenção sendo utilizada por milhares de usuários e propagada pela utilidade e praticidade? Tendo sido o pioneiro daquele projeto idealizado com sua cabeça no seu travesseiro em uma noite mal dormida ou em uma prancheta na sua oficina ou então diante do seu computador?

Certamente cada um de nós teve, a partir de necessidades, vontades ou insight alguma ideia que revolucionaria o mundo, ou parte dele, tornando-o melhor sob alguma perspectiva. Seja no campo material com algum produto ou serviço novo. Seja em uma adaptação de algo existente, por curiosidade, indignação diante de um sistema antiquado e falido. Uma nova teoria, um jeito diferente de ver a realidade. A substituição do padrão estabelecido pela cultura ou tradições, usos e costumes ou de mentalidades antiquadas que estabeleceram o modus vivendi de uma sociedade.

Toda ação revolucionária ou propósito começa com uma ação, como por exemplo: modificar, transformar, cuidar, educar, desenvolver, facilitar, apoiar, ensinar, inspirar, viabilizar, criar, reverter, substituir, renovar, resgatar. Nesse cenário, confesso, uma das minhas frustrações de quando menino não ter colocado em ação uma ideia que surgiu da necessidade de economizar energia elétrica.

Gostava de ver TV à noite, e naquela época não havia controle remoto, então tinha que me levantar para desligá-la. Assim era comum eu dormir e, ao acordar, verificar que a TV ficou ligada toda a noite e isso se repetiu muitas vezes. Um dia imaginei um aparelho acoplado a um relógio, com a devida ligação de energia, que assim que os ponteiros se cruzassem desligaria a televisão. Imaginava até que poderia criar esse produto, patenteá-lo e ficar rico com minha ideia. Ele se chamaria desligador automático de aparelhos elétricos. Já pensava até em outras possibilidades de uso, como desligamento de lâmpadas e outros aparelhos, de acordo com a necessidade de cada um.

A minha “invenção” ganhava contornos. Imaginei vários formatos, cores, botões com diversos tipos, estilos e modelos, até que vi uma propaganda na própria TV de um aparelho chamado “Timer”. Esse aparelho fazia exatamente aquilo que eu tinha imaginado, gerando-me um sentimento de frustração e um grande aprendizado. De nada adianta termos ideias maravilhosas se ficam no campo da intenção. Em outras palavras, sem ação. Para isso, muitos recursos têm sido desenvolvidos, pois tudo começa com um projeto e seu respectivo planejamento.

Um desses recursos simples e eficazes é o Canvas – Modelo de estruturação de negócios, criado por Alex Osterwalder, autor do livro Business Model Generation – Inovação em Modelos de Negócios.

A partir da sua estrutura básica ajudou muitas empresas a se adaptarem e assim conquistarem melhores resultados. Sugerindo a apresentação de várias partes em um gráfico e facilitando a interpretação de várias forças que se interligavam e precisavam fluir em harmonia. Tais etapas a saber: parcerias e atividades chave, propostas de valor, recursos chave, relacionamentos, canais, segmento de clientes, estrutura de custos e fontes de receitas.

Como toda boa ideia é aproveitada, observei que o modelo Canvas foi inspiração para outras formas de estruturar um projeto. Uma forma de facilitar a visualização de suas etapas, viabilizando melhores resultados. De fato, surgiram modelos para projetos e empreendimentos, propostas de valor para indústrias, treinamento presencial, entre outros. Um desses modelos adaptados foi feito por Soani Vargas da Learn Space. Ela criou o modelo Canvas para Experiência de Aprendizagem, que adaptei para um projeto específico da nossa empresa (Passadori) que é a Formação de palestrantes.

Modelo Canvas para Formação de Palestrantes

O que apresentarei a seguir é a subdivisão das diversas etapas desse projeto. O intuito é facilitar a percepção dos pontos fortes e dos gargalos que inspiram maiores cuidados para a sua concretização.

Confira os 11 Passos do Modelo Canvas para Formação de Palestrantes, a saber:

1. Necessidade de aprendizado

Ao definir ser palestrante como carreira e tendo seu próprio negócio, fundamental é a percepção que há uma grande quantidade de etapas a superar, mas tudo começa com o conhecimento do que precisa ser aprendido. As questões básicas desse tópico refletem as necessidades de aprendizado. Desde as competências que precisam ser trabalhadas e o que precisa ser desenvolvido nas pessoas. Independentemente de sua consciência ou não, frente aos desafios a serem enfrentados.

2. Objetivos de aprendizagem

Parece óbvio, mas esse quesito evidencia a pluralidade de conhecimentos necessários a considerar nesse processo. Desde elementos de empreendedorismo, tipos de palestras que serão desenvolvidas, recursos de comunicação, storytelling, entre outros. Em síntese, é o que se espera que os participantes conheçam ao final do treinamento.

3. Objetivo do desempenho

É a etapa na qual se estabelece o que se espera com o aprendizado adquirido, com a parte teórica, as alternativas e respectivas práticas. Todos têm seus objetivos. A empresa que fornece o curso com todas as suas nuances e possibilidades. Os alunos que buscam conhecimentos e ferramentas para o desempenho nessa nova condição: a de palestrante.

4. Conteúdo

São inúmeras as matérias que compõem esse projeto. Desde crenças e valores às informações sobre as 7 dimensões da Comunicação verbal que são: intrapessoal, interpessoal, voz, corpo, técnica, intelectual e emocional; como conhecer conduzir o raciocínio, como engajar os participantes, como atingir os objetivos propostos pela palestra. Além disso, conhecimentos de mercado, ações de marketing, vendas, empreendedorismo, contabilidade etc.

5. Cronograma

Significa os prazos das diversas etapas nesse aprendizado, organizados para que tudo flua conforme o tempo previsto. E, dessa maneiro, todo o conteúdo seja devidamente disponibilizado.

6. Orçamento

O valor necessário para se empreender nessa jornada, envolvendo diversos profissionais como por exemplo: o gestor do projeto, designer instrucional, divulgação do programa, avaliações dos candidatos, local, recursos instrucionais, programa, conteúdo e pagamento dos profissionais envolvidos, como o pessoal de marketing, vendas e facilitadores. Da parte dos participantes, os valores a serem pagos pelo serviço, se há facilitações, formas de pagamento e demais detalhes conforme cada situação.

7. Público-alvo

Levando em consideração não apenas a quantidade de pessoas, mas a qualificação em função de profissionais que tenham potencial; conteúdo, habilidades, crenças e propósitos existenciais, de fato, atinentes a esse tipo de atividade. Além disso, qual a experiência de cada um, se já tem experiências como palestrantes, se dominam um tema, se possuem uma especialidade e ainda se isso tem a ver com os valores fundamentais dos envolvidos.

8. Experiência de aprendizagem

Formas de aferir o quanto foi incorporado do que foi disponibilizado por meio das metodologias utilizadas, das orientações dos facilitadores, dos exercícios praticados. Se temos autoridade para oferecer um trabalho dessa magnitude, nossa expertise, referências e credibilidade construída ao longo do tempo.

9. Estruturas e requisitos

Desde o filtro para seleção dos interessados a partir da sua competência e vocação, dos recursos audiovisuais e  ferramentas para a condução das aulas e exercícios; do espaço a utilizar, habilidade e experiência dos facilitadores, instalações, tecnologia atualizada em consonância com as mídias digitais.

10. Alianças estratégicas

Incluem-se aí fornecedores, parceiros para a venda de palestras, agências de divulgação, assessoria de imprensa, editora para a elaboração de livros dos participantes e, além disso, palestrantes para compartilhar suas experiências para fluírem como exemplos.

11. Papéis e responsabilidades

Enfocando toda a infraestrutura necessária para que o programa seja desenvolvido a contento, conforme planejado. Envolve-se aí um quadro de profissionais especialistas, conteudistas, designer instrucional, revisores e principalmente o responsável pelo projeto.

Imagine agora um gráfico com 11 subdivisões e apresentada de uma forma simples e objetiva. De tal forma que ao visualizar, você possa observar e comparar informações, avaliar pontos fortes e fracos de cada um e verificar o que melhor precisa ser aprimorado. Além disso, o nível de satisfação dos quesitos já satisfatórios até que todos os itens estejam alinhados para se avançar no projeto.

Claro que você poderá utilizar essa ferramenta para seus próprios desafios. E, ao fazê-lo, espero que o sucesso lhe sorria, pois o esforço é regiamente recompensado.

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o Modelo Canvas para Formação de Palestrantes? Então, fale comigo, terei o maior prazer em responder.

Reinaldo Passadori
https://www.passadori.com.br/

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Reinaldo Passadori é fundador, palestrante e CEO da Passadori – Comunicação, Liderança e Negociação, especialista em comunicação e mestre em neuromarketing pela FCU – Florida Christian University. É idealizador e apresentador do programa Comunicação Executiva, no qual promove entrevistas e debates do mundo corporativo. Com 33 anos de história formou mais de 100.000 pessoas na habilidade da comunicação verbal, não verbal e liderança. É Autor dos livros Comunicação Essencial, As 7 Dimensões da Comunicação Verbal, Media Training e Quem Não Comunica, Não Lidera.
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