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Mediação de Conflitos: Como é feito o Mapeamento do Conflito?

Descubra como é feito o mapeamento do conflito na mediação, identificando as partes envolvidas, seus interesses e necessidades. Saiba a importância dessa ferramenta para um desfecho feliz.

Mediação de Conflitos: Como é feito o mapeamento do conflito?

Mediação de Conflitos: Como é feito o Mapeamento do Conflito?

Os mediadores ao enfrentar um conflito sabem que para a mediação seguir seu fluxo necessário, é preciso mapear a situação conflituosa.

O mapeamento é a ferramenta que mais ajuda o profissional a encontrar as pedras que deverão ser lapidadas para o desfecho feliz da situação.

Ao mapear o conflito se pode encontrar a natureza do conflito e o porquê da situação conflituosa, que levou ao litígio.

Para isso, se faz necessária a identificação das partes, e estar seguro quem são os protagonistas e os terceiros que podem estar influenciando a situação.

  • O que representa no contexto cada uma das partes?
  • Que tipo de relação envolve as partes?
  • Quais são os valores, necessidades e interesses que permeiam no conflito?
  • Como é a dinâmica do conflito?

Todos estes elementos ajudam a encontrar qual a melhor estratégia para a atuação do mediador, que está envolvido nesse questionamento.

Ao coletar todas essas informações, o mediador analisa a dinâmica do conflito e interpreta as informações de acordo com os critérios diferentes sobre as ideias e o comportamento dos envolvidos.

Análise esta, que jamais será para qualificar ou julgar as partes. Essa análise é tão somente para entender como o conflito desencadeou.

Saber como vivem os mediandos. Quais são seus ideais, suas religiões ou quaisquer outras crenças que fazem parte de suas vidas, também podem ajudar o mediador a compreender, de fato, as razões que os levam ao embate.

A comunicação existente entre as partes é de fundamental importância para entender o mecanismo preponderante no caso o mediador deve perceber a comunicação, porque esta pode ser o maior motivo do desequilíbrio no diálogo entre eles, uma vez que a comunicação quando não compreendida pode estar gerando o impasse entre os envolvidos.

Todas as informações possíveis devem fazer parte do mapeamento do conflito, para que o mediador não tropece em informações equivocadas, deficientes ou até mesmo na ausência de informação.

Saber como as partes interpretam os dados oferecidos e quais os interesses envolvidos na causa objetivam o andamento do processo de mediação.

  • São esses interesses de cunho competitivo, reais ou psicológicos?
  • Como estão sendo interpretados os pontos de vista das partes sobre o que é realmente importante para a situação?
  • Existe algum interesse quanto ao procedimento a ser adotado, para que se efetive a elucidação das questões apresentadas?
  • Quais os problemas estruturais que podem ser elencados?
  • Existem padrões destrutivos de comportamento?
  • O controle, posse ou distribuição de recursos é desigual?
  • O poder e a autoridade das partes figuram como desiguais?
  • Existem fatores geográficos, físicos ou ambientais que impeçam a cooperação entre os envolvidos?
  • Acontece a pressão de tempo para a solução?

Todos esses fatores são significativos para o bom deslinde da situação e iniciam-se a qualquer momento do desenvolvimento da disputa.

Quanto aos fatores para coleta de dados são estes os necessários:

  • Estrutura para análise e informações básicas adequadas;
  • Método apropriado;
  • Pessoa adequada;
  • Estratégia para a coleta e para construir rapport e credibilidade entre as partes;
  • Abordagens adequadas nas entrevistas, que encorajam respostas válidas;
  • Perguntas apropriadas e escuta atenta durante as entrevistas.

A minha intenção com este breve e sucinto relato sobre o mapeamento dos conflitos é para que conheçam um pouco sobre a função do mediador formado e preparado para o desempenho dessa função.

E, ainda que pareça simples e que qualquer pessoa possa realizar o processo de mediação, é preciso entender que negociação assistida não é mediação de conflitos.

A mediação envolve mais do que um simples resultado negociado, a mediação busca resolver o conflito para que não se vire a esquina e continue o conflito, ainda que feito o acordo.

Gostou do artigo? Quer saber mais como mapear os conflitos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em orientar.

Luísa Santo
https://www.linkedin.com/in/luisasanto/

Confira também: Por que o excesso de paternalismo pode prejudicar a resolução de conflitos?

 

Luísa Santo Author
Luísa Santo é advogada, mestra em resolução de conflitos e negociação pela Universidade Kürt Bosch-Suiça, na Argentina. Coach para conflitos pessoais e interpessoais, Analista corporal e comportamental. Atua na área de conflitos pessoais e interpessoais desde 1998. Acresceu aos seus conhecimentos diversas técnicas ao longo do tempo, para que a construção do diálogo entre partes e com seu próprio EU se tornassem mais profícuas. Trabalha com grupos ou individualmente e forma grupos com no máximo dez participantes, para que se ajudem a encontrar soluções para aquilo que buscam. Isso os desperta para a importância e a necessidade das relações, bem como para o desenvolvimento pessoal, e com isso aprendam que juntos sempre serão mais fortes.
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