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Manipulação Emocional nos relacionamentos afetivos (parte II) 

Descubra como identificar e enfrentar a manipulação emocional em relacionamentos. Conheça os 5 sinais mais comuns que podem ajudar você a identificar facilmente a manipulação emocional e aprender a se proteger dela.

Manipulação Emocional nos relacionamentos afetivos (parte II) 

Manipulação Emocional nos relacionamentos afetivos: O que é, como identificar e como lidar com ela? (parte II)

Na primeira parte deste artigo (leia aqui) falamos sobre Manipulação Emocional como sendo quando uma pessoa se utiliza de palavras, gestos ou simulação de sentimentos para influenciar o outro consciente com o objetivo de conseguir o que deseja.

Nem sempre a Manipulação Emocional é fácil de ser identificada e pode estar presente principalmente em relacionamentos afetivos, se apresentando de forma sutil ou explícita, e pode ser compreendida como chantagem emocional.

Ao identificar um manipulador, algumas pessoas podem sentir vontade de ajudar e podem até mesmo acreditar que com elas essa pessoa será diferente. Mas, infelizmente, não é bem isso o que acontece na prática. Por isso, é muito importante que estejamos sempre atentos ao espaço que oferecemos para algumas pessoas em nossas vidas – isso inclui até mesmo o relacionamento entre familiares.

Pensar em si mesmo não é um defeito, afinal, isso faz parte do nosso crescimento e amadurecimento e, inclusive, é recomendado por psicólogos e psiquiatras. Mas é importante que isso não seja motivo para submeter outras pessoas a situações degradantes apenas em busca de benefícios próprios.

Sendo assim, o ideal é que, ao identificar uma pessoa manipuladora, você se afaste completamente para que a sua própria saúde emocional seja preservada.

Em casos em que o afastamento não seja uma opção (como num ambiente de trabalho, por exemplo), você ainda pode manter um contato estritamente profissional com essa pessoa, sem ter uma relação estreita ou de amizade.

Lidar com a manipulação de um chantagista emocional não é fácil. É necessário autocontrole, autoconfiança e saber dizer “não”. Não acredite em tudo o que uma pessoa manipuladora fala. Ela estará de olho em seus pontos fracos, e irá usá-los para obter o que deseja.

A manipulação emocional pode ser muito sutil. Vamos destacar os 5 sinais mais comuns que você pode facilmente identificar:

1. Utilização das palavras

Um manipulador pode dizer várias coisas de uma maneira que pareçam extremamente genuínas e honestas. Eles, geralmente, são treinados na arte de esconder suas verdadeiras intenções.

O manipulador tem como base a ideia de sempre sentir que está tirando proveito de qualquer situação e, principalmente, de que sempre está no controle da própria vida e da vida do outro. Quando contestados, manipuladores irão inverter a situação e buscar alguma falha anterior do outro, para justificar a sua ação.

2. Autopunição

Ao ser confrontado sobre o seu comportamento ou quando não concorda com atitudes alheias, o chantagista irá demonstrar inconformidade e pode recorrer à autopunição.

Frases como “eu não mereço isso”, “você não pode fazer isso comigo” ou o inverso, como “eu realmente mereço isso”, “sou a pior pessoa do mundo”; são recorrentes em discussões com manipuladores.

3. Distorcer fatos

Um comportamento muito comum dos manipuladores é o de distorcer situações e fatos para não se prejudicarem ou simplesmente não assumirem qualquer tipo de erro.

Com isso, facilmente invertem todo o contexto de uma situação, sendo capazes até mesmo de envolver terceiros numa história apenas para “provar” a sua razão.

Eles têm o hábito de estruturarem tão bem as suas convicções que conseguem fazer com que as pessoas acreditem em suas histórias. Manipuladores são pessoas que não suportam a ideia de ter qualquer falha em evidência.

4. Fazer com que o outro se sinta culpado

A culpa é uma das grandes armas da Manipulação Emocional, em especial quando o manipulador está dentro de um relacionamento afetivo.

É importante sempre lembrarmos que os manipuladores estão o tempo inteiro em alerta, para jamais se sentirem prejudicados em qualquer situação que seja. A busca pelo próprio bem-estar, é o combustível dessas pessoas.

Por isso, quando um manipulador está num relacionamento, ele tende a culpar o outro por tudo o que não vai bem na relação, sem jamais cogitar a hipótese de que ele também tem responsabilidade naquilo que não está bom.

Frases comuns nesse tipo de relação: “Você está me cobrando, mas não tem olhado para os próprios erros”; “Eu não fico cobrando você o tempo inteiro das coisas que eu não gosto”;  “Você não confia em mim”; “Você só sabe reclamar e por isso a nossa relação está indo de mal a pior” – mesmo que nada disso seja verdade, o manipulador na maioria das vezes consegue convencer o outro de que, realmente, a culpa não está nele.

5. Minimizam a dor e a insegurança do outro

Manipuladores possuem pouca ou quase nenhuma responsabilidade afetiva. Para eles, a tristeza, a dor e a vulnerabilidade do outro são, certamente, caracterizadas como frescuras e fraquezas de personalidade. Isso acontece porque eles têm dificuldade em enxergar as outras pessoas com empatia.

Sendo assim, ao ouvir a queixa de alguém sobre uma angústia ou um conflito, seja no trabalho ou na vida pessoal, certamente o manipulador dirá que aquilo é bobagem e que o outro está fazendo “tempestade em copo d’água”, fazendo essa pessoa realmente pensar que aquele sofrimento não é importante.

Até lá! Espero vocês em Outubro.

Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre a Manipulação Emocional, como identificar esse processo e como lidar com os seus impactos na sua saúde mental? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito.

Ercília Canali
http://www.erciliacanali.com.br/

Confira também: Manipulação Emocional nos relacionamentos afetivos (parte I) 

 

Carreira ascendente, dedicada à área de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano. Encantada pelo olhar humanizado que pode existir nas relações interpessoais, coloca todo seu conhecimento e amor pelo trabalho a serviço do desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer ser humano. Graduada em Serviço Social-FMU, Pós-Graduação em Gestão de Consultoria Interna-FAAP, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas-FAAP, Professional & Self Coach, Practioner PNL, Analista Comportamental SOAR-FCU; Mentora de Mulheres para desenvolvimento profissional e afetivo; Orientadora Vocacional; Consultora de Carreira, Conselheira em Agência de Publicidade; Membro do Grupo de Estudo dos Profissionais de RH do Sinapro.
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