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Luto: Como Superar e Lidar com a dor com Coragem e Compaixão

Você sabe o que vem a ser o luto? Sabe lidar com isso, seja seu ou do outro? Quais dificuldades encontrarmos? Descubra a importância de viver o luto e como lidar com ele com coragem e compaixão, encontrando espaço para a dor e a cura.

Luto: Como Superar e Lidar com a dor com Coragem e Compaixão

Luto: Como Superar e Lidar com a dor com Coragem e Compaixão

Você sabe o que vem a ser o luto? Sabe lidar com isso, seja seu ou do outro? Quais dificuldades encontramos?

Você já teve alguma situação na qual foi pego de surpresa quando o luto aparece no meio de um treinamento?

Bem, posso dizer que foi a primeira vez que fiquei abalada, pois estava ministrando Oficinas de Diálogos Construtivos e uma questão de luto apareceu logo de início.

Já havia vivenciado isso em uma das imersões que participei. O luto, apesar de fazer parte da minha vida desde muito cedo, foi algo que eu não havia ainda vivenciado na CNV. Eu me lembrei naquele momento de uma das frases do Marshall quando ele diz que: “CNV é exercitar na luz para saber como lidar na sombra.”

Precisei respirar e me dar autoempatia, refletindo o que estava acontecendo, o que estava pensando, o que estava sentindo e o que era importante para mim e como poderia dar empatia para a pessoa que estava a minha frente.

Minha postura foi deixar a pessoa expressar o que ela estava sentindo, sustentar o silêncio e ela pediu para eu seguir em frente, que voltasse depois e com respeito foi o que fiz.

Mesmo assim precisei respirar para continuar, pois havia mais pessoas na sala. Observei que todos deram espaço para essa pessoa manter seu luto e silêncio, sem querer tirá-la da dor.

Passado algum tempo, fui voltando para as pessoas que pediram um tempo para se organizar. Ao final perguntei com todo respeito o que ela gostaria de fazer. Ela respondeu que gostaria de continuar.

No mesmo instante veio uma luz e perguntei ao grupo se poderíamos incluir quais as necessidades seriam importantes para nos sustentarmos entre si.

Todos aceitaram a ideia e então distribui a lista de necessidades. Pedi que em grupo pudessem escolher quais as necessidades seriam importantes, escrevemos no flit chart e combinamos que ao final voltaríamos para saber se foi possível atendê-las.

A sensação que tive foi que essa situação levou as pessoas a se manterem em estado de presença e conectadas além do que normalmente acontece.

De acordo com Roberto Gonzáles:

“Tanto no luto quanto no sofrimento existe uma perda ou ausência de alguma coisa valiosa ou preciosa. 

No sofrimento há a ausência e uma rejeição da ausência. Tal rejeição envolve sempre uma história ou pensamento sobre a perda.

No luto, a ausência é mantida junto com a preciosidade daquilo que é valoroso. Existe uma tristeza profunda, mas ela é mantida com a consciência da totalidade do que é precioso.”

Posso dizer que passamos alguns processos com relação ao luto. Lembro-me de algumas situações as quais foram muito difíceis para mim e que, em algumas delas, eu neguei sentir luto.

Na verdade, eu tive várias situações desde minha tenra infância.

Isso deve ter acontecido com vários de nós. Negar o luto para não deixar o sofrimento tomar conta, por causa do medo de não sair mais dele. Ou então, para esconder o sofrimento, passar por cima do luto e não vivê-lo.

Outra situação foi quando minha mãe morreu em um acidente de carro em que estávamos juntas. Como precisava cuidar da minha filha que estava também no carro e tinha perdido a fala, eu me foquei nela. Assim, não dei espaço para a minha dor e não vivi o meu luto.

Quando fui diagnosticada com câncer, no primeiro momento fiquei com raiva e queria culpar o mundo. Depois fiquei me perguntando por que eu, o que tinha feito de errado, em vez de focar na dor que sentia, pois se morresse não poderia ver minha filha crescer.

Para somar eu ainda ouvia das pessoas, a quem contava muita simpatia, que eu era forte, guerreira, que iria dar conta, que já havia sido curada. Dessa forma, me vi na posição de não poder sentir dor e viver o luto, porque afinal eu era forte. Quando, na verdade, eu precisava ser acolhida na minha dor e isso que seria a verdadeira empatia.

Em nenhum momento eu olhei verdadeiramente para mim e percebi meus sentimentos e necessidades. E, no processo da dor e do luto, isso é de fato imprescindível.

Foram muitos anos até em vivências em diversas abordagens como, por exemplo, em oficinas de comunicação não violenta, para dar espaço para as dores e lutos que fazem parte da minha história.

Viver o luto requer coragem, compaixão e aceitação para se deixar sentir e como estamos sempre correndo dele, procuramos positivar o que não existe.

Enlutar é dar um espaço dentro de si para a dor, perceber que ela precisa de um tempo para que você possa se levantar e continuar em frente.

Para mim, fugir do luto ou da dor é fugir de si mesmo.

E você, como lida com a dor e o luto na sua vida? Se precisar de ajuda venha conversar comigo.

Gostou do artigo?

Quer saber mais o que é o luto, a importância de vivê-lo e como lidar com ele com coragem, compaixão e aceitação? Entre em contato comigo. Terei o maior prazer em ajudar.

Um grande abraço,

Wania Moraes Troyano
Especialista em Resiliência Científica e Neurociências
http://www.waniamoraes.com.br/

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Wania Moraes Troyano possui MBA em Gestão de Negócios e Coaching, Pós-Graduada em Dinâmicas dos Grupos Administradora de Empresas e Pedagoga, com mais de 30 anos com sólida carreira corporativa em empresas multinacionais e em cargos de gestão e assessoria executiva. Foco em Desenvolvimento Humano, especialista em CNV-Comunicação Não Violenta, Coach em Resiliência, Profissional, Vida e Executivo, Neurocoaching, mentora e supervisora para líderes e coaches, com mais de 1000 horas em processos de Coaching. Facilitadora de Grupos. Especialista nos assessments de Estilos de Liderança e Resiliência. Palestrante e Facilitadora de Grupos. Facilitadora em Barras de Access – Expansão da Consciência. Co-autora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Capítulo Quantos Antes Melhor! Programa Mulheres Poderosas, na alltv.com.br, todas as terças-feiras, 15h00 às 16h00. Voluntária em programas de Jovens Aprendizes.
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