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Inovação contra o preconceito

Desde a mudança dos métodos de contratação até a exigência de relatórios de disparidades salariais, muito mais pode ser feito contra o preconceito.

preconceito

Contra todo tipo de preconceito é necessário sabermos que sempre há uma relação de poder e de opressão na qual quem pratica atos de violência, seja física, moral, psicológica, contra o outro se sente superior e intitulado para tal.

“Desde a mudança dos métodos de contratação até a exigência de relatórios de disparidades salariais, muito mais pode ser feito”.

Este é o subtítulo de um artigo publicado em 2018 pelo The Guardian, jornal britânico de grande circulação, que mostra o que o governo britânico, empresas e cidadãos podem fazer para combater os preconceitos no país.

Um estudo conduzido pela Universidade de Yale resultou num teste para avaliar e medir o nível de preconceitos inconscientes. Como resultado, observou-se que entre 90 a 95% dos ingleses carregam algum tipo de preconceito. Tabus, racismo, sexismo, xenofobia, preconceitos contra idades e até o peso das pessoas estão presentes e assim revelam atitudes guiadas por preconceitos velados.

O The Guardian publicou uma série de artigos sobre PRECONCEITOS com relatórios sobre os preconceitos inconscientes (unconscious bias) em todas as esferas da vida e seus efeitos sobre a desigualdade.

Dentre as ações sugeridas para efetivamente promover a igualdade, várias delas já amplamente praticadas por empresas britânicas, algumas até já se tornaram leis, a saber:

1) Mude o processo de seleção

Adote o formato de “name-blind recruitment”, ou seja, seleção às cegas na qual os currículos não devem ter fotos, nome, estado civil, idade nem o nome das instituições onde se graduou ou teve outras formações. Desde 2016, empresas e órgãos do governo britânico têm utilizado a plataforma Applied que garante estes termos nos CVs.

2) Lidere de cima para baixo

Inquestionável que o papel do líder e o exemplo é fundamental para que os preconceitos sejam eliminados dentro das corporações e reflita na sociedade. Cabe então ao líder estar atendo aos menores sinais de preconceito e promover treinamentos contra o preconceito.

3) Converse sobre o assunto com os colaboradores, vizinhos, amigos, familiares

Procure saber se já sentiram ou já praticaram algum ato de preconceito. Pergunte o que sentiram ou sentiriam se estivessem na pele de quem sofre preconceito. Traga reflexões sobre métodos e estratégias, obviamente não violentas, para promover assim a igualdade e eliminar os preconceitos.

4) Confronte os estereótipos

Traga exemplos de pessoas que quebram os estereótipos negativos e construíram uma imagem positiva e impactante como Martin Luther King, contra o racismo, Freddie Mercury ou Daniela Mercury contra a homofobia, Jô Soares ou Fabiana Karla, contra gordos, Angela Merkel e Michelle Obama, contra mulheres…

5) O governo e o setor publico precisa ser o exemplo

Criando objetivos mensuráveis para combater a lacuna de etnia nos empregos, adotando políticas de igualdade desde a educação infantil, fortalecendo as cotas e promovendo a igualdade. Órgãos e políticas de combate à violência em todas as esferas sejam delegacias para mulheres, leis contra o racismo, contra machismo, contra todos os tipos de assédio ou intimidação.

6) Jamais em tempo algum seja agente de promoção de qualquer tipo de pré-conceito

Use sua voz, denuncie, se sensibilize.

Podemos e devemos inovar seja em leis, processos, ações ou produtos contra o preconceito. Começamos com pequenos atos de amor, empatia e compaixão.

Cris Ferreira
https://soucrisferreira.com.br/

Confira também: Qual será o novo normal?

 

Cristiane Ferreira é Coach formada pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching, Professora da Fundação Getúlio Vargas com cadeiras em Liderança, Coaching, Inteligência Emocional, Técnicas de Comunicação e Empreendedorismo, Palestrante, Empresária do setor de Educação desde 1991, Graduada em Letras pela UFMG e Pós-graduada em Linguística Aplicada pela UFMG, MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Formada em Inglês pela University of New Mexico, EUA, Apresentadora do Programa Sou Múltipla, Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras de Betim, Ex-Presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora da Federaminas (2014/2016), Destaque no Empreendedorismo feminino, recebeu vários prêmios entre eles o “Mulheres Notáveis – Troféu Maria Elvira Salles Ferreira” da ACMinas, troféu Mulher Líder, “Medalha Josefina Bento” da Câmara Municipal de Betim, “Mulher Influente” do MG Turismo e o “Mérito Legislativo do Estado de Minas Gerais”, Comenda Amiga da Cultura da Prefeitura Municipal de Betim.
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