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Vivendo e aprendendo a jogar (ou a viver!)

Descubra como suas histórias pessoais e memórias do passado moldam e enriquecem seu presente e certamente seu futuro. Aprenda com suas histórias de vida e cresça por meio deste importante elemento de autoconhecimento.

Histórias de Vida: Vivendo e aprendendo a jogar (ou a viver!)

Histórias de Vida: Vivendo e aprendendo a jogar (ou a viver!)

Um ano novo chegou e com ele nos vem uma lufada de ar fresco, esperança e motivação para construir aquilo que desejamos. Eu desejo à você, leitor, leitora desta coluna, um ano esplendoroso, de realizações e alegrias.

Este mês quero compartilhar histórias inspiradas pela vivência de revistar situações do meu passado neste tempo de pausa das festas de final de ano.

Fui visitar minha família no interior e então encontrei uma caixa com minhas agendas da época de adolescência e juventude, de uns 30 anos atrás. Você fazia agendas, diários? Ainda faz? Ler minhas próprias experiências naquelas páginas foi um processo muito interessante e então fiquei me perguntando por que eu parei de fazer isso. Quanta riqueza poder acessar-me novamente.

A Juliana de 50 anos lendo a Juliana de 20 e poucos anos, suas alegrias, preocupações, desventuras, lutos, conquistas e tudo mais do movimento da vida que a vida contém.

Quando as pessoas chegam para a Mediação eu sempre peço para narrarem suas histórias de vida. Acho importante a visão de processo das coisas. Temos uma tendência a dizer que as coisas, especialmente as crises, acontecem “do nada”, mas não é assim.

As situações vão sendo construídas e tudo que fazemos, ou deixamos de fazer, vão traçando mais uma parte do caminho.

Os sonhos que temos, como os meus lá do passado, partem do contexto daquele momento passado e, na maioria das histórias de vida, não se realizam como se imagina. Por isso, aprendi que a importância do sonho não é realizar-se, mas nos dar uma direção para sair do lugar.

Em um processo dialógico no qual trabalho, chamado Investigação Apreciativa, o sonho tem um papel fundamental. É a partir dele que planejamos os próximos passos (numa próxima coluna falarei mais sobre essa metodologia).

Meu convite aqui neste início de ano é olharmos para a narrativa que temos escolhido de nossa história. E sim, a mesma história pode ter muitas versões de narrativas, a depender do sentido que queremos dar à ela, de para quem estamos contando e qual a nossa intenção ao contar de uma forma e não de outra.

Eu escolho hoje narrar minha história a partir de tudo que aprendi com meus fracassos e sucessos, versão essa que adquiri quando me permiti errar também. E ler aquelas minhas histórias de vida nas agendas antigas me mostrou que muitas coisas que faço hoje eu já gostava há tantos anos e elas dizem muito sobre mim. E que algumas das minhas antigas preocupações se dissiparam com os aprendizados da vida.

Recebo pessoas em situação de conflito, portanto, frustradas, tristes, com raiva, decepcionadas. Essas emoções nublam a visão sobre os aprendizados e convidam a versão dolorosa das histórias de vida a emergirem.

Ao narrar essas histórias de dor, vai se tornando possível a versão aprendiz, que aceita o que foi e sente esperança no que há de vir.

Sempre estamos contando recortes escolhidos por nós de nossas histórias de vida, assim, como as pessoas com as quais conversamos, por isso, lembre-se que você nunca sabe ou saberá a história toda de alguém.

Olhe para o que está vivo em você hoje sobre sua história. O que você escolheria contar? Quais são os sentimentos que surgem dessa narrativa? O que você destacaria como um dos aprendizados que já adquiriu?

Esse processo de olhar para nossa história pode ser muito rico para nosso presente. É um importante elemento de autoconhecimento. Saber de que forma você foi impactado pelas coisas que viveu pode economizar muito tempo e energia de seu momento atual.

Se quiser ir além, então escreva. Eu me propus a retomar essa prática. Há muitos trabalhos sobre a escrita terapêutica e sabe-se que é um recurso muito útil. E, apesar de saber disso, eu não vinha praticando como quero voltar a fazer.

Se isso te inspira, coloque esse projeto em prática. Anote sua percepção de si mesmo ao começar esse processo e ao longo do ano vá observando se olhar para suas histórias de vida fora do modo automático lhe trouxe ensinamentos. E compartilha comigo, vou querer saber desse processo.

Gostou do artigo? 

Quer saber como suas histórias de vida moldam seu presente e certamente o seu futuro e o quanto elas podem ajudar você a economizar muito tempo e energia de seu momento atual? Então, entre em contato comigo para saber como funciona e tirar suas dúvidas. Terei o maior prazer em ajudar.

Um abraço,

Juliana Polloni
https://www.linkedin.com/in/juliana-polloni

Confira também: Respeito: A Pedra Angular do Desenvolvimento Humano

 

Juliana Polloni é mediadora de conflitos em organizações e famílias, com experiência de mais de 15 anos de atuação. É facilitadora de conversações colaborativo-dialógicas com Certificado Internacional de Práticas Colaborativo-Dialógicas pelo Houston Galveston Institute, Taos Institute e Interfaci e especialista em Comunicação Não-Violenta. Advogada, Mestre e Doutora, coautora de livros, treinadora e palestrante com foco em comunicação, relações interpessoais e gestão de conflitos. Por meio da Plural Desenvolvimento Humano tem aperfeiçoado equipes de trabalho para uma melhor convivência e maior bem-estar relacional e emocional dentro das organizações.
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