fbpx

Vale Tudo! Odete Roitman Não Morreu!

Fidelização não é um cartão de pontos; é vínculo, respeito e diálogo. Descubra como o cancelamento sem empatia machuca clientes fiéis, rompe confiança, causa impacto emocional e expõe a falta de inteligência relacional nas empresas.

Fidelização do Cliente: O Impacto do Cancelamento Sem Empatia - Vale Tudo! Odete Roitman não morreu!

Vale Tudo! Odete Roitman Não Morreu!
O Impacto do Cancelamento Sem Empatia na Fidelização do Cliente.

Olá!

Mais uma vez por aqui para falar de um tema que tem aparecido cada vez mais: o descaso com a fidelização.

Sabe aquele cartão de “compre dez e leve um grátis”? Pois é, isso não é fidelizar de verdade.

Fidelizar é construir confiança, ter comunicação clara e real interesse em entender o outro.

Recentemente vivi isso na pele. Era cliente antiga, fiel, e mesmo assim fui cancelada — sem aviso e sem conversa. A empresa prestava serviços para mim há mais de cinco anos. Claro que mudanças acontecem e ciclos se encerram, mas, quando isso é inevitável, o mínimo é comunicar com cuidado, antecedência e empatia. Quando nada disso acontece, o impacto emocional é grande.

Fidelidade não é só sobre contrato; é sobre vínculo. E quando esse vínculo é rompido de forma fria, mexe com o sentimento de lealdade, reconhecimento e pertencimento.

Dizer “sinto muito” é bem diferente de pedir desculpas. Assim como dizer “as mudanças foram necessárias” é bem diferente de explicar o porquê delas. Ignorar o lado humano mostra falta de inteligência emocional — e até empresarial.

Quando uma empresa decide encerrar um serviço ou mudar regras, precisa apresentar motivos sinceros e oferecer alternativas reais, com tempo para adaptação. Quando isso não acontece, a perda do cliente é quase certa. E o que mais dói não é perder o serviço, mas o respeito.

Para quem é cliente antigo, o peso é ainda maior.

O vínculo não é só comercial — é simbólico, afetivo. A empresa não pode tratar a confiança construída ao longo do tempo como apenas um número no sistema. Quando o rompimento vem sem diálogo, o sentimento é de traição.

A sensação é algo como: “Eu sempre escolhi vocês, mesmo com tantas opções. E agora é assim que acaba?” É o corte de um laço de pertencimento, de uma história compartilhada.

Depois do choque, vem o luto e, aos poucos, a reflexão. Às vezes, esse rompimento forçado nos leva a buscar relações mais coerentes, parcerias mais humanas e serviços que realmente respeitem quem somos. Ser cancelado depois de anos de lealdade não é só uma questão comercial; é uma ferida emocional.

Mas o tempo traz clareza.

A gente percebe que a lealdade fala mais sobre quem somos do que sobre quem a recebe. Que o compromisso verdadeiro vem de dentro e não depende do reconhecimento alheio.

Ser fiel e, ainda assim, ser descartado é, de certo modo, um convite para despertar. Para redescobrir o próprio valor e buscar vínculos que reconheçam nossa confiança.

O cancelamento não apaga a fidelidade — apenas redireciona sua força para quem realmente merece estar do outro lado. Nos primeiros dias, vem a rejeição; depois, a frustração; e, com o tempo, a reconstrução emocional. O processo é lento, mas essencial. A dor vai cedendo espaço para a lucidez, e a fidelidade machucada dá lugar à maturidade.

Reconhecer a dor é o primeiro passo.

Validar o que se sente é fundamental para seguir em frente. Separar o pessoal do institucional também ajuda: na maioria das vezes, o cancelamento não é contra você, mas é uma decisão impessoal. Mesmo assim, a forma como é comunicada faz toda diferença e deve ser respeitosa no âmbito individual.

Recontar a própria história ajuda a ressignificar o que aconteceu. Colocar no papel sua versão, reconhecer o quanto foi fiel e o que aprendeu com isso. É um jeito de desapegar, de transformar a dor em aprendizado. Cuidar da autoestima é parte dessa cura. Não é esquecer — é lembrar sem doer.

Quando alguém fiel e dedicado é descartado, o autorrespeito balança. A gente então se pergunta: “Fiz algo errado? Será que não sou mais importante?” Essa dúvida nasce da incongruência entre o cuidado que oferecemos e o tratamento que recebemos.

E há frases que pioram tudo — como “somente você está reclamando” ou “você não está entendendo, vou te explicar melhor”.

Essas falas, dentro de um contexto de rompimento, são ofensivas. Soam condescendentes, deslegitimam o sentimento do cliente e geram o que chamamos de gaslighting corporativo — quando a empresa faz você duvidar da própria percepção. São uma forma de abuso emocional.

Frases assim minam a confiança e o respeito. São microagressões simbólicas que, quando repetidas, corroem a relação. Seria tão mais humano dizer: “Entendo que isso foi frustrante” ou “Obrigado por compartilhar sua percepção, é importante para nós”.

No fim, o cliente fiel não sente apenas a perda de um serviço; sente a perda do respeito. E respeito é o pilar de qualquer relação, seja comercial ou humana. Mas o autorrespeito não depende de validação externa. Ele nasce da coerência entre o que acreditamos e o que fazemos, mesmo quando o outro não reconhece.

Com o tempo, essa experiência se transforma em espelho de maturidade.

A gente entende que fidelidade é virtude, não ingenuidade. E que o cancelamento diz muito mais sobre a postura da empresa do que sobre o nosso valor. Quando o luto vira lucidez, o respeito por si mesmo renasce — mais forte, mais consciente e mais inteiro.

Portanto, Odete Roitman não morreu, continua o “Vale Tudo”; somente aquele cartão de aniversário não fideliza o cliente. O que mantém seu cliente feliz é atendê-lo mesmo quando as coisas mudam, oferecendo algum suporte para atravessar a mudança.

Se você enxergar isso pessoal e empresarialmente, você sobrevive; do contrário, muitos ainda vão “baleá-lo” por anos, como aconteceu com a Odete Roitman.


Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre como a fidelização verdadeira do cliente exige respeito, diálogo e empatia — e por que o cancelamento sem cuidado destrói vínculos? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em falar a respeito!

Mônica Barg
https://www.monicabarg.com.br

Confira também: Viver com Propósito: O Sentido nas Pequenas Escolhas

Palavras-chave: fidelização do cliente, cancelamento sem empatia, vínculo com o cliente, respeito ao cliente, experiência do cliente, fidelização de clientes, cancelamento sem comunicação humana, impacto emocional do cancelamento, respeito e vínculo na fidelização, gaslighting no atendimento
Mônica Barg Author
⚙️ Viste o site
Mônica Barg é uma profissional experiente, atuando como Coach, Mentora e Psicanalista. Ela é caracterizada por sua curiosidade incessante, sua acolhida calorosa, sua produtividade incansável e seu espírito empreendedor. Sua busca constante é pela melhor informação e conteúdo, seja relacionado a temas ou indivíduos. Tem uma crença profunda no potencial individual de cada pessoa e adota abordagens inovadoras para se conectar com a essência única de cada indivíduo, buscando a evolução e a entrega do melhor em desenvolvimento humano. Com uma carreira de mais de 30 anos, acumulou experiência executiva em diversas áreas, incluindo atendimento ao cliente, desenvolvimento de novos negócios e gestão comercial. Possui um amplo conhecimento dos processos e estruturas corporativas, bem como uma compreensão profunda da cultura organizacional. Além disso, tem uma extensa experiência de mais de 1500 horas em atendimentos individuais para orientação e desenvolvimento de pessoas, bem como orientação para o desenvolvimento e implementação de ações empreendedoras e processos organizacionais. Sua abordagem é caracterizada por uma visão sistêmica, combinada com uma profunda percepção do indivíduo, o que lhe permite traduzir em estratégias de atuação tanto em nível individual quanto empresarial. Possui uma formação sólida, sendo Mentora certificada pela FGV-RJ e Escola de Mentores, Mestranda em Gestão do Conhecimento pela FUNIBER, com Pós-Graduação em Psicologia Positiva e Coaching pela UCAM-RJ, bem como certificações em Coaching pela SBP e Crescimentum. Ela é Psicanalista certificada pela SBPI-SP, com Pós-graduação em Administração e Psicanálise do Século XXI, ambos pela FAAP. Adicionalmente, Monica possui certificações em Coaching Evolutivo, Coaching de Liderança e Formação em Psicanálise pela AEDP em Nova York. Sua formação acadêmica inclui uma graduação em Arquitetura pela UFRJ.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa